Com a promessa de finalizar até sexta-feira os nomes do segundo escalão, o governador Rui Costa (PT) começou a anunciar ontem os titulares de órgãos que devem ser estratégicos em seu governo, a exemplo da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) e da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb).
A Conder, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), será dirigida por um nome já conhecido no meio do Poder Executivo. José Lúcio Lima Machado retorna após quase dois anos à Companhia, que deve assumir as principais obras do estado.
Ele atuou como diretor-presidente entre 2012 e 2013. O engenheiro civil e administrador de empresas foi superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) na Bahia e diretor-presidente da Embasa. Até dezembro de 2014, ele presidiu a Valec Engenharia Construções e Ferrovias.
Para a Agência de Fomento da Bahia (Desenbahia) foi nomeado, conforme já se apontava nos bastidores, Otto Alencar Filho, administrador de empresas e pós-graduado em Política e Estratégia. Ele é filho do senador Otto Alencar.
O administrador está na Odebrecht Ambiental desde 2011, onde desempenhava ultimamente a função de gerente financeiro.
A Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb) terá como novo gestor o também administrador de empresas Samuel Pereira Araújo, é diretor de Relacionamento e Atendimento do órgão desde 2008. Mestre em Finanças Corporativas, Samuel foi diretor administrativo e financeiro do Centro Internacional de Negócios da Bahia.
A espera se concentra agora sobre outros órgãos. O governador disse ontem que já tem mais da metade dos nomes definidos. “Muitos são de empresas, e para estas não tem nomeação, são elas que indicam em assembleia. Eu já pedi para convocar as assembleias dessas empresas”, afirmou.
Diante do cenário é grande a tendência de muita dança de cadeiras nos comandos, com trocas nas indicações partidárias. Nos bastidores consta que partidos terão a oportunidade de indicar representantes para postos diferentes, em relação ao período do ex-governador Jaques Wagner.
O PP, por exemplo, deve perder o Detran, um dos órgãos com maior alcance de cargos e poder financeiro, com as Ciretrans nos municípios e as muitas diretorias internas. Quem deve comandar a instituição agora é o PT.
Um dos nomes cotados para ser indicado ao cargo de diretor geral é o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro. A perspectiva é que os progressistas permaneçam apenas com uma das diretorias do órgão de trânsito.
Em compensação, a tendência é de que o PP possa comandar a Companhia de Engenharia e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb), Superintendência de Indústria e Comércio (Sudic), Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), Bahia Pesca e Empresa Gráfica da Bahia (EGBA).
O PSD além da Agerba, onde permanece Eduardo Pessoa, e da Desenbahia, deve indicar a Bahiafarma, que era do PCdoB. Os pessedistas vão indicar ainda a direção do SAC, sendo cotado o irmão do deputado estadual Ângelo Coronel, e a Adab, sendo cotada a ex-deputada federal Jusmari Oliveira.
Apesar dessa possível conjuntura, é certo que ainda existe clima de disputa, gerando insatisfações nas trocas dos comandos. N
os bastidores, lideranças e deputados avaliam onde devem perder e ganhar. No caso do PP, por exemplo, ninguém disfarça uma possível derrota com a perda do Detran. Além disso, há companhias muito cobiçadas, a exemplo da CAR.
Partidos querem espaço
Em meio aos pleitos pelos espaços, os presidentes de partidos justificam o merecimento. O dirigente estadual do PT, Everaldo Anunciação, disse que vai esperar a acomodação dos outros partidos da base para fechar a conversa com o gestor, mas nem por isso deixa de exaltar o peso da sigla que já encabeça o governo e tem membros no comando de cincos secretarias. “Lógico que mesmo com essa autonomia esperamos ter o espaço que consideramos ter e temos a segurança de que ele não vai deixar o PT de fora, nem de forma fragilizada”, enfatizou.
O PT pleiteou espaços que considera ter acúmulo de experiência, a exemplo da CAR, da Fundac, de órgãos vinculados ao Meio Ambiente, a Educação e ao Desenvolvimento Urbano. “Na mobilidade demos um salto significativo”, citou. Diante disso, é possível que o PT tenha influenciado nome de José Lúcio para a Conder, que deve ser uma das ‘meninas dos olhos’ de Rui.
O presidente estadual do PCdoB, deputado federal Daniel Almeida, afirmou que o partido espera ter pelo menos o mesmo tamanho que obteve na gestão de Jaques Wagner (PT). Nós temos um entendimento no sentido de manter espaços equivalentes ao governo de Wagner”, disse.
Até agora, o PCdoB ficou com a Secretaria de Políticas para Mulheres e a Secretaria do Trabalho. Eles tinham a Bahiafarma, a Bahiagás, duas superintendências na Secretaria de Saúde(Sesab), quatro diretorias na Bahiatursa e EBDA (ambas extintas), Fapesb e Embasa. É certo que o PCdoB continuará com a Bahiagás e a Sudesb, sendo mais forte o nome do ex-secretário da Secopa Ney Campello para o posto.
A Conder, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), será dirigida por um nome já conhecido no meio do Poder Executivo. José Lúcio Lima Machado retorna após quase dois anos à Companhia, que deve assumir as principais obras do estado.
Ele atuou como diretor-presidente entre 2012 e 2013. O engenheiro civil e administrador de empresas foi superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) na Bahia e diretor-presidente da Embasa. Até dezembro de 2014, ele presidiu a Valec Engenharia Construções e Ferrovias.
Para a Agência de Fomento da Bahia (Desenbahia) foi nomeado, conforme já se apontava nos bastidores, Otto Alencar Filho, administrador de empresas e pós-graduado em Política e Estratégia. Ele é filho do senador Otto Alencar.
O administrador está na Odebrecht Ambiental desde 2011, onde desempenhava ultimamente a função de gerente financeiro.
A Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb) terá como novo gestor o também administrador de empresas Samuel Pereira Araújo, é diretor de Relacionamento e Atendimento do órgão desde 2008. Mestre em Finanças Corporativas, Samuel foi diretor administrativo e financeiro do Centro Internacional de Negócios da Bahia.
A espera se concentra agora sobre outros órgãos. O governador disse ontem que já tem mais da metade dos nomes definidos. “Muitos são de empresas, e para estas não tem nomeação, são elas que indicam em assembleia. Eu já pedi para convocar as assembleias dessas empresas”, afirmou.
Diante do cenário é grande a tendência de muita dança de cadeiras nos comandos, com trocas nas indicações partidárias. Nos bastidores consta que partidos terão a oportunidade de indicar representantes para postos diferentes, em relação ao período do ex-governador Jaques Wagner.
O PP, por exemplo, deve perder o Detran, um dos órgãos com maior alcance de cargos e poder financeiro, com as Ciretrans nos municípios e as muitas diretorias internas. Quem deve comandar a instituição agora é o PT.
Um dos nomes cotados para ser indicado ao cargo de diretor geral é o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro. A perspectiva é que os progressistas permaneçam apenas com uma das diretorias do órgão de trânsito.
Em compensação, a tendência é de que o PP possa comandar a Companhia de Engenharia e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb), Superintendência de Indústria e Comércio (Sudic), Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), Bahia Pesca e Empresa Gráfica da Bahia (EGBA).
O PSD além da Agerba, onde permanece Eduardo Pessoa, e da Desenbahia, deve indicar a Bahiafarma, que era do PCdoB. Os pessedistas vão indicar ainda a direção do SAC, sendo cotado o irmão do deputado estadual Ângelo Coronel, e a Adab, sendo cotada a ex-deputada federal Jusmari Oliveira.
Apesar dessa possível conjuntura, é certo que ainda existe clima de disputa, gerando insatisfações nas trocas dos comandos. N
os bastidores, lideranças e deputados avaliam onde devem perder e ganhar. No caso do PP, por exemplo, ninguém disfarça uma possível derrota com a perda do Detran. Além disso, há companhias muito cobiçadas, a exemplo da CAR.
Partidos querem espaço
Em meio aos pleitos pelos espaços, os presidentes de partidos justificam o merecimento. O dirigente estadual do PT, Everaldo Anunciação, disse que vai esperar a acomodação dos outros partidos da base para fechar a conversa com o gestor, mas nem por isso deixa de exaltar o peso da sigla que já encabeça o governo e tem membros no comando de cincos secretarias. “Lógico que mesmo com essa autonomia esperamos ter o espaço que consideramos ter e temos a segurança de que ele não vai deixar o PT de fora, nem de forma fragilizada”, enfatizou.
O PT pleiteou espaços que considera ter acúmulo de experiência, a exemplo da CAR, da Fundac, de órgãos vinculados ao Meio Ambiente, a Educação e ao Desenvolvimento Urbano. “Na mobilidade demos um salto significativo”, citou. Diante disso, é possível que o PT tenha influenciado nome de José Lúcio para a Conder, que deve ser uma das ‘meninas dos olhos’ de Rui.
O presidente estadual do PCdoB, deputado federal Daniel Almeida, afirmou que o partido espera ter pelo menos o mesmo tamanho que obteve na gestão de Jaques Wagner (PT). Nós temos um entendimento no sentido de manter espaços equivalentes ao governo de Wagner”, disse.
Até agora, o PCdoB ficou com a Secretaria de Políticas para Mulheres e a Secretaria do Trabalho. Eles tinham a Bahiafarma, a Bahiagás, duas superintendências na Secretaria de Saúde(Sesab), quatro diretorias na Bahiatursa e EBDA (ambas extintas), Fapesb e Embasa. É certo que o PCdoB continuará com a Bahiagás e a Sudesb, sendo mais forte o nome do ex-secretário da Secopa Ney Campello para o posto.