Todo mundo diz que o Brasil vai parar durante a Copa 2014. Na verdade, será o contrário. Alguns setores trabalharão mais do que nunca, recebendo um fluxo grande e diferenciado de pessoas. Empresas, escolas, indústrias podem até ajustar seus cronogramas e dispensar os funcionários nos dias de jogos. Mas o que dizer do varejo, especialmente bares, restaurantes, redes de fast-food e todo o setor de alimentação? E os hotéis?
Essa realidade, que segue na contramão de quem está esperando algum descanso e lazer durante a Copa, obriga esses setores ainda mais aquecidos a pensarem em seus serviços de TI que não poderão parar. Serão essenciais no olho do furação da Copa pelo aumento de volume de suas atividades de modo geral.
Por exemplo, pouquíssimas operações de varejo tem monitoramento de caixa. O que temos constatado é que essas empresas, no máximo, conseguem saber através de soluções pontuais se o caixa está online ou offline; se o link caiu ou não. Esse estágio bastante inicial dos serviços de TI no varejo se refletem diretamente nos clientes e funcionários. Não precisamos organizar uma Copa para saber que o pessoal que opera redes de fast-food, por exemplo, reclama quase que diariamente da TI: "Puxa, a TI não atende" ou "Por que o link de internet da loja cai toda hora?”
Outro exemplo corriqueiro. Alguns varejistas ainda pensam: "Eu posso desligar quantos caixas eu quiser em qualquer momento do dia". Esse tipo de decisão é tomada apenas com base na percepção levando-se em consideração as filas de clientes. Uma percepção vaga. Mas não é assim que a coisa funciona. Existe uma legislação que controla isso. Se, por algum motivo, alguém decidiu fechar o caixa, não poderá reabri-lo naquele dia de forma aleatória. Leitura X e Redução Z são atividades que o caixa tem de realizar no começo e final do dia. Caso elas não sejam executadas, o caixa não abrirá no dia seguinte. E como se prevenir em relação a esse tipo de 'incidente'? Monitorando o caixa.
Com os serviços de TI bem ajustados, com um monitoramento adequado, os comerciantes conseguirão dispor de informações suficientes para tomar esse tipo de decisão. Suas perguntas serão respondidas com exatidão: "Eu posso fechar dois caixas às 20 horas sem correr o risco de perder vendas?" ou "Não temos filas na loja agora, mas se eu fechar esse caixa terei um problema daqui a duas horas?"
O varejo precisa tomar decisões com base em informações seguras e não simplesmente baseado no 'olho do dono', que pode ter experiência e, via de regra, tem mesmo. Ou pior, não pode tomar decisões com base nas motivações erradas. O dia está difícil, faltou funcionário, o gerente vai lá, fecha o caixa e pronto. Mas se os serviços de TI estão ativos, o histórico da loja pode ser medido, registrado e será possível mapear os picos durante o dia e tomar essa ou aquela decisão.
Com serviços de TI é possível trazer a informação 'no olho' do executivo dentro do escritório e lhe dar respostas às perguntas:"Eu posso desligar ou não posso desligar? Por que a impressora parou? Por que o caixa não está vendendo? Quando vai acabar a memória dessa impressora? A impressora está na loja correta?". Isso é monitoramento.
Outra realidade: o envio da Nota Fiscal Eletrônica para a Secretaria da Fazenda é um processo que deve obedecer a uma sequência. Se não ocorrer da forma correta, trava a operação. Existem empresas que dependem 100% do canal digital para fazer emissão de nota fiscal e mesmo esses não têm monitoramento nenhum nesse processo. É como operar às cegas. Os serviços de TI poderiam ajudar bastante a operação. Por que não monitorar em tempo real a taxa de conversão de um e-commerce e tomar providencias para aumentá-la quando uma queda for detectada? É possível e é acessível.
Serviços de TI: a onipresença do 'olho do dono'
O que queremos alertar é que a hora de ativar seus serviços de TI é agora. Durante a Copa haverá muitas distrações para que qualquer decisão seja tomada. E não será só na Copa. Também teremos as Olimpíadas e outros eventos que trazem milhares de pessoas a uma mesma cidade ou local. Você acha que nesses dias quase insanos o atendente da rede de fast food, por exemplo, vai prestar mais atenção no que ele está fazendo? Não. O indivíduo que está trabalhando lá na lanchonete ou restaurante, que vai estar no meio daquele movimento todo, deve se concentrar em servir o cliente. Então, é mais importante ainda que as coisas estejam funcionando a contento e seu estabelecimento sendo monitorado 100% do tempo.
Que fique claro: ninguém conhece a operação melhor do que o dono, mas não é seu foco garantir que tudo esteja funcionando do ponto de vista de tecnologia. O varejista em si não precisa entender de TI, mas tem que saber qualificar o serviço que ele contrata. Deve parar de pensar que é caro, pois é muito mais barato do que todos os riscos que envolvem uma operação sem qualquer automação e controle.
O varejo deve buscar empresas de TI que consigam conversar, entender quais são as dores e os problemas de sua operação e fornecer um serviço que garanta uma alta disponibilidade ao famoso 'sistema'; e que ele será alertado sobre fatos importantes de sua operação. Os responsáveis pelos serviços de TI devem ter autonomia e competência para tomar as ações necessárias para resolver as demandas.
Também é importante analisar a questão da compra de serviços de TI versus a compra de produtos de TI. Ou seja, nem sempre é vantajoso adquirir um produto que depois o próprio usuário tenha que ficar monitorando. A automação existe para resolver problemas e não para somá-los. A compra de serviços de TI pode resolver vários desafios de uma só vez e ainda atualizar tecnologicamente o business: seu negócio passará a ser monitorado, poderá operar através da nuvem, terá os custos reduzidos em função do maior controle e ainda estará preparado para a Terceira Plataforma, um conceito difundido pela consultoria IDC e fundamentado sobre quatro forças de transformação de TI -- Cloud Computing, Mobilidade, “Negócios Sociais” e “Big Data”. De acordo com o IDC, a Terceira Plataforma será uma arquitetura fundamental para qualquer empresa.
O que insistimos é que o varejo adquira a cultura dos serviços de TI. E que esse serviço garanta a continuidade do negócio no calor do dia a dia. Que esse serviço 'olhe' para a TI e faça a ativação dos fornecedores responsáveis pelo que parou de funcionar e por cada detalhe. Que tenha o 'olho' e o inconformismo do dono para não deixar o negócio parar nunca. Que busque parceiros que entreguem um serviço e não apenas um software.