quinta-feira, 3 de julho de 2014

Folha De S. Paulo: Sistema da Microsoft é o alvo preferido da 'gangue do boleto'



A gangue dos boletos, grupo que espalha vírus dos EUA para interceptar pagamentos bancários, também furtou mais de 83 mil endereços de e-mails vinculados a empresas da Microsoft e suas senhas de acesso -a maior parte de usuários brasileiros.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

E-mails com extensão hotmail.com, hotmail.com.br, live.com, entre outros, foram o alvo da quadrilha, que também utiliza essas contas para espalhar o vírus no Brasil.

Ainda segundo a RSA, 78% das 192 mil máquinas infectadas tinham o Windows 7 e metade acessava a internet via Windows Explorer.

A Microsoft está ciente. A reportagem enviou perguntas sobre a segurança do sistema Windows à companhia, mas não houve resposta até a conclusão desta edição.

Por meio de comunicado, a Microsoft só disse que "seu software de segurança detecta e remove os vírus conhecidos como 'Bolware'".

A Folha revelou que essa quadrilha está sendo investigada pela Polícia Federal e pelo FBI, depois de ter sido descoberta pela RSA, uma das maiores empresas do mundo em segurança.

Infiltrados da RSA em comunidades de hackers conseguiram chegar aos computadores da quadrilha, nos EUA, onde havia 496 mil boletos com datas dos últimos dois anos, totalizando R$ 8,7 bilhões (US$ 3,75 bilhões).

A investigação policial segue sob sigilo no Brasil e nos EUA. Ainda não se sabe quantos foram afetados pela fraude nos mais de três países em que a quadrilha atua. O Brasil responde pela maioria dos ataques da gangue.

Os pagamentos com boletos no país representam 9% do total de transações, segundo o Banco Central. A Febraban, a associação dos bancos, diz que as fraudes com boletos somam 3% do total e não quis comentar sobre a atuação da quadrilha.

Os bancos costumam pagar quem foi lesado em fraudes eletrônicas, mas não são obrigados. No caso do vírus da gangue do boleto, por exemplo, não ocorre um ataque ao site do banco, e, sim, do computador do cliente. A culpa seria do cliente, que se deixou infectar pelo vírus.

Mesmo assim, na maior parte dos casos, os bancos costumam arcar com o prejuízo para evitar exposição.
sintomas

Segundo a RSA, é difícil perceber a contaminação pelo vírus. Um dos sinais é a queda da velocidade de navegação na internet e de processamento do computador.

Ainda segundo a RSA, ele ainda escapa imune à grande maioria dos antivírus. "Fizemos testes com alguns dos principais e foram negativos", disse Marcos Nehme, diretor da RSA. Segundo ele, o vírus é mutante. Já está na 19ª versão e cada vez que ele muda é preciso aprimorar os programas de antivírus.


Folha de S. Paulo: Justiça dos EUA diz que lei contra ciberbullying viola a Constituição


A mais alta corte de Nova York disse na terça-feira (1º) que uma lei desenvolvida para criminalizar o ciberbullying é tão ampla que viola a Primeira Emenda da Constituição norte-americana, marcando a primeira vez que um tribunal dos Estados Unidos considerou a constitucionalidade de uma lei do tipo.
A lei de 2011 do Condado de Albany proibiu a comunicação eletrônica que visa "atormentar, incomodar, ameaçar... ou de outro modo causar dano emocional significativo a outros".

A lei foi questionada com base na Primeira Emenda por Marquan Mackey-Meggs, que aos 15 anos de idade em 2011 se declarou culpado sob a lei por ter criado uma página no Facebook que incluía comentários com conteúdo sexual explícito junto a fotos de colegas de classe de sua escola na região de Albany.

O Tribunal de Recursos declarou, em uma decisão por 5 votos a 2, que é possível aprovar uma lei que proíba o bullying através de mídias sociais ou mensagens de texto que ao mesmo tempo respeite os direitos à liberdade de expressão, mas que o estatuto do condado foi longe demais.

"Aparentemente a provisão criminalizaria uma ampla gama de discursos fora do entendimento popular de ciberbullying", escreveu a juíza Victoria Graffeo para a corte, "incluindo, por exemplo, um e-mail revelando informações particulares sobre uma corporação ou uma conversa por telefone visando incomodar um adulto".

A maioria do Tribunal rejeitou a possibilidade de cortar as disposições que violaram os direitos de liberdade de expressão e deixar o resto da lei intacta. Discordando, o juiz Robert Smith disse que a lei poderia ter sido salva ao aplicá-la apenas para crianças e apagando certos termos vagos.

Justin Patchin, copresidente do centro de pesquisas Cyberbullying Research Center e professor na Universidade de Wisconsin-Eau Claire, disse que se sentiu encorajado, pois o tribunal disse que as leis sobre cyberbullying não são automaticamente inconstitucionais.

"O problema é, será bem difícil criar uma lei que é abrangente em sua cobertura do bullying e ao mesmo tempo passe pelo crivo constitucional", disse ele.

Uol: Apple, Facebook, Google e Twitter oferecem 69 vagas no Brasil



Quatro gigantes do setor de tecnologia, Apple, Facebook, Google e Twitter, reúnem 69 oportunidades de trabalho nas cidades de Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Nenhuma delas divulga o valor das remunerações.
As empresas buscam profissionais para preencher postos em diversas áreas. Domínio de inglês e curso superior são requisitos básicos para a maioria das vagas abertas.
Apple

A empresa tem 28 vagas abertas em São Paulo e Rio de Janeiro nas áreas de engenharia de software, vendas, marketing, finanças, recursos humanos, jurídica, administrativa, entre outras. Veja a lista de cargos oferecidos no endereço:http://zip.net/bfnVHz.
Facebook

Existem dez vagas abertas na cidade de São Paulo (SP): http://zip.net/bllq0g. As oportunidades são para as áreas de comunicação, soluções, vendas, segurança e negócios. 

O Facebook São Paulo oferece diversos benefícios e regalias "para que sua vida seja tão satisfatória quanto o seu trabalho" como refeições e lanches gratuitos, licença maternidade paga aos novos pais e ajuda de custo para academia.
Google

São oferecidas 24 oportunidades de trabalho nas cidades de São Paulo (SP): http://zip.net/bnnVWQ e Belo Horizonte (SP): http://zip.net/bnnVWT. Há vagas nas áreas de finanças, marketing, programação, parcerias, vendas entre outras.
Twitter

Disponibiliza sete vagas no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP) nos setores de marketing, negócios, mídia e outros. Acesse o seguinte endereço para ver as vagas abertas: http://zip.net/bcnVGk.


G1: Microsoft tira do ar sistemas usados por vírus que monitorava webcam

Altieres Rohr

Praga conhecida por Njrat é mais usada em países árabes.
Após medida, milhões de sites legítimos saíram do ar.
A Microsoft derrubou diversos servidores de controle usados por uma praga digital chamada de Njrat ou Bladabindi. Embora tenha capacidade de realizar diversas atividades, a praga é bastante usada para monitorar a webcam das vítimas. Desenvolvida por um kuaitiano, o malware é, segundo a fabricante de antivírus Symantec, mais popular no Oriente Médio e no norte da África. Há diversas instruções em árabe para uso da ferramenta.

De acordo com Gary Warner, especialista em segurança da Malcovery, o Njrat tinha capacidade controlar totalmente o sistema infectado, permitindo o roubo de dados e senhas bancárias, mas seu uso popular era o monitoramento das vítimas pela webcam.

Em seu blog, Warner mostra comunidades do Facebook em que usuários da Njrat trocavam "escravas", como são chamadas garotas vitimadas pelo vírus ─as comunidades já foram deletadas pelo Facebook.

Na ação autorizada por um tribunal dos Estados Unidos, a Microsoft tomou posse de 22 domínios pertencentes à norte-americana Vitalwerks, um provedor de internet responsável pela manutenção do "No-IP". Esse serviço permite que usuários de internet que usem IPs dinâmicos –como é o caso de conexões residenciais– consigam endereços fixos na internet para abrigar sites ou outros serviços, como jogos. Chamado de "DNS Dinâmico", o serviço pode ser oferecido pelos próprios roteadores de conexão à rede.

Além de serem usados pela praga, os serviços da Vitalwerks também são usados para fins legítimos. Ao tomar posse dos domínios, a Microsoft não conseguiu manter os sites inocentes no ar. Nesta terça-feira (1º), a Microsoft admitiu ao site "Computerworld" que houve um "erro técnico", mas que a situação já havia sido normalizada.

Para a Vitalwerks, os problemas continuam. A empresa reclama de não ter sido contatada pela Microsoft para retirar os domínios ligados ao vírus. Segundo a companhia, se houvesse comunicação, a derrubada dos sites maliciosos não afetaria usuários inocentes. O intuito da Microsoft era retirar 18 mil endereços. De acordo com a Vitalwerks, só dois mil deles estavam on-line no momento da intervenção da Microsoft; os outros 16 mil foram derrubados pela própria Vitalwerks.

A Vitalwerks não foi acusada de nenhuma ilegalidade, mas por não ter feito o bastante para tirar usuários maliciosos de sua rede. A Microsoft, porém, acusou o kuaitiano Naser Al Mutairi, autor do Njrat, o argelino Mohamed Benabdellah e outros 500 indivíduos ainda não identificados de terem usado os softwares maliciosos Njrat e Njworm para infectar computadores com Windows. Segundo a Microsoft, essas pragas foram detectadas 7,4 milhões de vezes nos últimos 12 meses pelos produtos antivírus da companhia. Essa é a décima operação da Microsoft para derrubar servidores de controle de uma rede zumbi.

Folha de S. Paulo: Executiva do Facebook pede desculpas por experimento sem aval de usuários

Brian Snyder

Sheryl Sandberg é chefe operacional do Facebook
A chefe operacional do Facebook, Sheryl Sandberg, desculpou-se nesta quarta-feira (2) pelo polêmico estudo psicológico que a rede social conduziu com quase 700 mil usuários, diz reportagem do "Wall Street Journal".

O site virou alvo de protestos após divulgar, na semana passada, uma pesquisa realizada em 2012 na qual filtrou e manipulou sem qualquer tipo de aviso prévio o feed de notícias dos usuários, observando as emoções às quais as pessoas eram expostas.

"Pedimos desculpas pela falta de comunicação. Nunca quisemos aborrecê-los", disse a executiva durante um encontro com anunciantes em Nova Déli, na Índia.

Segundo ela, o estudo foi parte de pesquisas que empresas realizam para testar seus produtos.

"Encaramos privacidade e segurança com muita seriedade no Facebook, pois é isso que permite às pessoas compartilhar opiniões e emoções", completou Sandberg.

TESTE PSICOLÓGICO

A pesquisa, conduzida em parceria com as universidades de Cornell e da Califórnia, em São Francisco, teve duração de uma semana e foi feita para avaliar se o contato com diferentes emoções influenciava o tipo de postagem dos usuários.

Por meio da manipulação de fluxo de vídeo, fotos, links e comentários de amigos, a empresa descobriu que, quanto mais histórias negativas os usuários recebiam, mais negativas ficavam suas próprias postagens, e vice-versa.

Advogados, ativistas da internet e políticos manifestaram preocupação com o experimento. Há receio de que o mecanismo possa ser usado para fins políticos.

No momento, autoridades britânicas estão investigando se o Facebook violou leis de proteção de dados ao realizar a pesquisa.

Info:Celular já pode recarregar bilhete único em São Paulo



O Bilhete Único já pode ser recarregado por celular. Um aplicativo gratuito lançado nesta quarta-feira (2) pela São Paulo Transporte (SPTrans), gerenciadora do sistema de transportes da capital paulista, permite ao usuário saber quanto se tem de crédito no cartão e até mesmo colocar mais dinheiro. A utilidade do bilhete, no entanto, não deve parar por aí. A Prefeitura estuda habilitá-lo para pagar até sessões de cinema.

Por enquanto, segundo a empresa Rede Ponto Certo, que também administra a recarga dos cartões em postos espalhados pela cidade, cerca de 60 tipos de aparelho celular já são compatíveis para o download do aplicativo. Ele pode ser encontrado na loja virtual do Google Play pelo nome de Ponto Certo Bilhete Único.

A partir do dia 4 de agosto, de acordo com a SPTrans, o pagamento por débito poderá ser feito pelo aplicativo. Hoje, quem quer carregar o cartão pelo celular tem de imprimir o boleto e pagar no banco. Depois de realizado e confirmado o pagamento, basta aproximar o Bilhete Único da parte de trás do celular, onde fica a bateria, e esperar que a recarga seja feita. A Prefeitura estima que ao menos 2,5 milhões de pessoas podem ser beneficiadas pelo aplicativo.


G1: Copa 'esquenta' aplicativos de paquera como Tinder e Grindr


Apps de smartphones viram seu público no Brasil aumentar em até 50% desde o início do torneio.
O inglês Stuart Pennycook (à direita) diz que o aplicativo ajuda a superar a barreira do idioma com as brasileiras.

O canadense Clayton James, de 22 anos, está no Brasil com mais três amigos para a Copa do Mundo. Eles vieram não só para acompanhar algumas partidas do torneio e aproveitar o clima de festa, mas também para matar a curiosidade sobre as brasileiras. Para isso, James lançou mão de um aplicativo.

Há um ano, ele usa o Tinder, um programa para celular em que pessoas avaliam os perfis umas das outras e indicam aquelas que despertam seu interesse. Se a atração for mútua, os usuários trocam mensagens entre si para se conhecerem melhor e até marcar um encontro.

"Como a Copa do Mundo atrai um público predominantemente masculino, assim fica mais fácil conhecer garotas", diz James, que chegou a sair com algumas brasileiras que conheceu pelo aplicativo.

"O meu perfil diz que sou do Canadá, e isso parece atrair muitas meninas. Uma delas inclusive parecia mais disposta a me encontrar do que o normal porque disse que nunca tinha conhecido um canadense".

Paquera
James não é exceção. Muitos dos brasileiros e dos 600 mil estrangeiros esperados no país durante a Copa do Mundo estão recorrendo a aplicativos de paquera. O número de usuários só do Tinder no Brasil aumentou quase 50% desde o começo da competição.

"Esperávamos um aumento, mas não tão alto assim", diz Rosette Pambakian, porta-voz do Tinder, que não divulga números exatos. "Isso fez com que o país superasse a Austrália como o nosso terceiro maior mercado, atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido".

Foi por causa da Copa que a paulista Valentina (nome fictício), de 33 anos, resolveu dar mais uma chance ao programa. Ela conta que usou o Tinder quando o aplicativo ficou conhecido por aqui no ano passado, mas que estava quase abandonando o programa porque "o nível caiu muito de uns tempos para cá".

"Mudei de ideia porque a Copa do Mundo é uma chance de conhecer gente do mundo inteiro", diz ela.

"Adoro conhecer pessoas de outros países e ajudá-las quando estão por aqui. Tentei ser voluntária. Como não consegui, resolvi usar o aplicativo".

Valentina se encontrou com um suíço e um americano, mas diz ter ficado só no bate-papo nas duas ocasiões.

"Não tem tanto aquela coisa de pegação. Com o suíço, ele levou um amigo e eu, uma amiga, para assistirmos a um jogo num bar. A noite acabou só de manhã, mas na padaria, com todo mundo tomando café da manhã junto", diz.

Superando barreiras
O inglês Stuart Pennycook, de 25 anos, considera que uma das vantagens de um programa de paquera é superar a barreira do idioma.

Isso porque é possível usar um tradutor on-line para traduzir mensagens e se comunicar com pessoas em outra língua, algo nada prático em um encontro cara a cara.

"Fica bem mais fácil bater papo, mas não resolve tudo. Demorei para entender que 'rsrs' significa 'risos'", diz ele.

Pennycook se inscreveu no Tinder em março e resolveu usá-lo por aqui não só para conhecer brasileiras, mas também para descobrir os melhores lugares para sair à noite. A estratégia vem dando certo.

"Bem mais meninas retribuíram meu interesse aqui do que na Inglaterra", diz ele.

Pennycook nunca tinha se encontrado com uma mulher que conhecera pelo programa até vir ao Brasil para a Copa. Quando estava em Brasília, levou seus amigos para seu primeiro encontro com uma moradora da cidade e suas amigas. Mas nem sempre a tecnologia garante uma boa noite.

"Foi divertido. Mas também foi mais estranho do que pensava que seria quando conversávamos pela internet. Uma das meninas disse que meu amigo era a cara do príncipe Charles, o que deixou ele bem bravo. Na verdade, ela queria dizer príncipe William, o que é só um pouquinho melhor", diz Pennycook.

"Também tive problemas porque só tinha internet Wi-Fi no celular, então, quando uma menina marca com você na Vila Madalena (bairro boêmio de São Paulo escolhido com ponto de encontro de muitos torcedores durante a Copa), fica inviável".

A paulista Loana Alves, de 32 anos, também tentou a sorte no Tinder, mas acabou não se encontrando com ninguém. Ela diz que os estrangeiros "são mais lentos" do que os brasileiros.

"Ou estão muito bêbados quando você fala com eles", diz ela.

Fora do armário
Não foram só os torcedores heterossexuais que recorreram a programas de celular durante a Copa. O aplicativo Grindr, voltado para homens gays, também teve um aumento de 31% de usuários no Brasil na últimas duas semanas.

"Isso não me surpreende", diz Joel Simkhal, criador do Grindr. "Há cada vez mais jogadores saindo do armário, então, sejam torcedores ou atletas, há gays entre eles."

Que o diga o gaúcho Douglas Rodriguez, de 22 anos. Ele diz que, desde que a Copa começou, tem saído "três ou quatro vezes por semana" com homens que conheceu pelo Grindr.

"Tem argentino brotando do chão em Porto Alegre, mas também muitos franceses e americanos, todos muito gentis e bonitos", diz ele.

"Não sou de sair para a balada nem para bar, então, usar o aplicativo pra mim é mais cômodo".

Nesse encontro com diferentes nacionalidades, Rodriguez notou algumas diferenças em relação aos estrangeiros.

"Os brasileiros enrolam demais antes de um encontro, mas depois somem e nem querem saber seu nome. Os estrangeiros são mais objetivos, mas trocam contatos, convidam você para conhecer o país deles. Parecem menos preocupados com o que os outros vão achar".

Folha de S. Paulo: Órfãos do Orkut rejeitam Facebook e migram para VK, rede social russa

Alexandre Orrico 


Usuários que ainda movimentam comunidades do Orkut, resistentes à decadência da rede social que já foi a maior do Brasil, começam a escolher um novo serviço para onde possam migrar.
Escanteado pelo próprio Google, a infestação robôs de spam e o surgimento do G+ já eram um prévia do anúncio feito nesta semana : em setembro, o serviço que mais de 40 milhões de brasileiros reuniu em seus tempos áureos, fechará definitivamente as portas.

A pergunta nas comunidades sobre futebol, séries de TV e animações japonesas é uma só: para onde ir?

A VK, rede social com mais de 100 milhões de usuários ativos, é uma das respostas mais apontadas pelos órfãos. O serviço é a maior rede social da Europa e líder na Rússia, mas está disponível em várias línguas, incluindo o português.

"O número de inscrições do Brasil nos últimos dois dias aumentou em 2.000% e continua a crescer rapidamente" escreveu George Lobushkin, relações públicas da VK, em postagem no serviço russo.

A VK já tem quase 200 mil brasileiros e cerca de 20 comunidades em português –a maioria sobre futebol ou que fazem menção à condenada rede do Google, como a "Sobreviventes do Orkut".

E O FACEBOOK?

"O Facebook não atende as necessidades dos usuários do Orkut", diz Aluizio Hamann, 29, frequentador das comunidades "Futebol Alternativo" (7.389 membros) e "São Paulo FC Tricolor" (1.137.437 membros) no Orkut, ambas com dezenas de tópicos com novas postagens diárias.

"Insistimos no Orkut por causa do sistema de comunidades, que é bem superior ao esquema de grupos do Facebook", diz Hamann. O Google+ é rejeitado pelo mesmo motivo.

"O VK é um meio-termo, não chega a ser tão bom quanto o Orkut, mas é a nossa melhor opção", completa.

O Orkut ainda conta com cerca de 5 milhões de usuários no Brasil, segundo dados da consultoria Ibope Nielsen. Os usuários têm até o dia 30 de setembro para salvar todo o conteúdo do perfil.