Taipé- As seis fabricantes de chips de memória DRAM de Taiwan estão enfrentando dificuldades para se manter nos negócios, diante da queda de preços e da feroz concorrência que as sobrecarrega com perdas. Embora não estejam a ponto de quebrar, está chegando a hora das empresas fazerem escolhas difíceis quanto ao seu futuro.
Os chips DRAM, presentes nos computadores, há muito são vistos como commodity, mas sua produção requer grandes investimentos para a manutenção da competitividade, apesar da contínua queda de preços: o recuo do começo de 2011 até agora é de 50 por cento.
Para os fabricantes taiuaneses, os menores da indústria e desprovidos dos recursos generosos da líder setorial Samsung Electronics, as opções são adotar a produção de chips de valor mais elevado, formar parcerias com companhias estrangeiras a fim de ganhar escala, buscar ajuda do governo ou simplesmente aceitar o fim.
"O setor de DRAM é um mercado de crescimento zero", disse Andrew Norwood, analista do grupo de pesquisa tecnológica Gartner. "As pequenas empresas taiuanesas só tem a escolha de abandonar os chips DRAM ou desaparecer lentamente."
Os seis fabricantes taiuaneses de memória DRAM são: Nanya Technology, Promos Tech e Winbond Electronics, que fabricam marcas próprias; e Inotera Memory, Powerchip e Rexchip, que são fabricantes terceirizados.
Os números demonstram as dificuldades que eles enfrentam. Os três fabricantes com marcas tem participação de mercado de menos de 7 por cento ante os 45 por cento da Samsung, no trimestre mais recente, e tiveram prejuízos totais combinados de cerca de 215 bilhões de dólares de Taiwan (7 bilhões de dólares) de 2007 para cá.
Além disso, o setor deve cerca de 2 bilhões de dólares aos bancos com vencimento para o ano que vem, de acordo com a corretora Jih Sun Securities.
E os problemas não se limitam a Taiwan. A japonesa Elpida Memory oscila ao peso das dívidas, e a sul-coreana Hynix Semiconductor acaba de ser adquirida, depois de ser salva pelos credores de uma crise de dívida em 2001.