O Brasil recuou duas posições no ranking dos países da América Latina mais avançados na adoção da banda larga móvel. O país, que liderava a lista em 2008, recuou para o terceiro lugar no levantamento mais recente, baseado em dados de 2010. Foi ultrapassado pelo Chile, que agora está em primeiro lugar, e pela Argentina.
O Índice de Prontidão da Banda Larga Móvel (IPBLM) faz parte de um estudo feito pela consultoria A.T. Kearney para a GSM Association (GSMA), órgão que reúne as principais operadoras de telefonia móvel do mundo. "Não foi o Brasil que piorou, mas a Argentina e o Chile que se desenvolveram mais em algumas coisas", afirma ao Valor o diretor da GSMA para a América Latina, Sebastian Cabello.
O índice é composto por 13 critérios, que têm pesos diferentes. A adesão da população à banda larga móvel, o alcance da cobertura de terceira geração de telefonia (3G), a presença de smartphones e o uso das tecnologias de informação e comunicações (TIC) pelo governo são alguns dos critérios.
O Brasil avançou no acesso à banda larga móvel, mas perdeu posições em parâmetros como proporção da população coberta pelas redes 3G e velocidade dos acessos de internet pelo celular.
Segundo o documento, intitulado GSMA Mobile Observatory, o Chile assumiu a liderança porque aumentou as velocidades de conexão móvel. A Argentina melhorou principalmente no acesso de sua população a esses serviços.
"O Brasil tem de assumir seu papel de liderança na América Latina", afirma Cabello.
O diretor da GSMA aponta melhorias feitas pelo país nos últimos anos. Entre elas está o crescimento da chamada teledensidade a mais de 120% - ou seja, a existência de mais de 120 aparelhos celulares para cada grupo de cem habitantes - e a expansão da banda larga móvel como alternativa de acesso à internet em localidades onde não há banda larga fixa. "A telefonia móvel cresceu de maneira expressiva e tem levado conexão a pessoas que não tinham outra forma de acesso à internet", observa o executivo.
No entanto, o diretor da GSMA também menciona aspectos que dificultam uma expansão mais rápida da banda larga móvel no país. Um deles é a elevada carga tributária incidente sobre os serviços de telecomunicações.
Outro fator apontado por ele é a demora do governo em definir novas faixas de espectro para uso pelas empresas de telefonia móvel. Cabello defende a ideia de que as operadoras tenham acesso às frequências de 700 megahertz (MHz), que será desocupada com o apagão da TV analógica previsto para 2016. "É um recurso estratégico para reduzir o dividendo digital do país", diz. "Hoje em dia, as pessoas querem mais internet que televisão."
O Brasil terminou o ano passado com 18,5 milhões de conexões de banda larga fixa e o dobro disso na internet móvel, segundo dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A tendência é que a diferença a favor da banda larga móvel se amplie no país, assim como no restante da América Latina.
O estudo da A.T. Kearney estima que o total de conexões de banda larga móvel na América Latina vai chegar a 318 milhões em 2015 - o total era de 42 milhões no ano passado. Ao mesmo tempo, a base de telefones móveis na região poderá passar de 630 milhões para 750 milhões nesse mesmo intervalo.
O mercado de telefonia móvel movimentou US$ 175 bilhões na América Latina no ano passado (incluindo operadoras e outros participantes da cadeia). O número equivale a 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) regional.
Foi a primeira vez que a GSMA elabora esse levantamento sobre o mercado latino-americano. "Queríamos mostrar quais são as conquistas e o potencial do setor", afirma Cabello.
O Índice de Prontidão da Banda Larga Móvel (IPBLM) faz parte de um estudo feito pela consultoria A.T. Kearney para a GSM Association (GSMA), órgão que reúne as principais operadoras de telefonia móvel do mundo. "Não foi o Brasil que piorou, mas a Argentina e o Chile que se desenvolveram mais em algumas coisas", afirma ao Valor o diretor da GSMA para a América Latina, Sebastian Cabello.
O índice é composto por 13 critérios, que têm pesos diferentes. A adesão da população à banda larga móvel, o alcance da cobertura de terceira geração de telefonia (3G), a presença de smartphones e o uso das tecnologias de informação e comunicações (TIC) pelo governo são alguns dos critérios.
O Brasil avançou no acesso à banda larga móvel, mas perdeu posições em parâmetros como proporção da população coberta pelas redes 3G e velocidade dos acessos de internet pelo celular.
Segundo o documento, intitulado GSMA Mobile Observatory, o Chile assumiu a liderança porque aumentou as velocidades de conexão móvel. A Argentina melhorou principalmente no acesso de sua população a esses serviços.
"O Brasil tem de assumir seu papel de liderança na América Latina", afirma Cabello.
O diretor da GSMA aponta melhorias feitas pelo país nos últimos anos. Entre elas está o crescimento da chamada teledensidade a mais de 120% - ou seja, a existência de mais de 120 aparelhos celulares para cada grupo de cem habitantes - e a expansão da banda larga móvel como alternativa de acesso à internet em localidades onde não há banda larga fixa. "A telefonia móvel cresceu de maneira expressiva e tem levado conexão a pessoas que não tinham outra forma de acesso à internet", observa o executivo.
No entanto, o diretor da GSMA também menciona aspectos que dificultam uma expansão mais rápida da banda larga móvel no país. Um deles é a elevada carga tributária incidente sobre os serviços de telecomunicações.
Outro fator apontado por ele é a demora do governo em definir novas faixas de espectro para uso pelas empresas de telefonia móvel. Cabello defende a ideia de que as operadoras tenham acesso às frequências de 700 megahertz (MHz), que será desocupada com o apagão da TV analógica previsto para 2016. "É um recurso estratégico para reduzir o dividendo digital do país", diz. "Hoje em dia, as pessoas querem mais internet que televisão."
O Brasil terminou o ano passado com 18,5 milhões de conexões de banda larga fixa e o dobro disso na internet móvel, segundo dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A tendência é que a diferença a favor da banda larga móvel se amplie no país, assim como no restante da América Latina.
O estudo da A.T. Kearney estima que o total de conexões de banda larga móvel na América Latina vai chegar a 318 milhões em 2015 - o total era de 42 milhões no ano passado. Ao mesmo tempo, a base de telefones móveis na região poderá passar de 630 milhões para 750 milhões nesse mesmo intervalo.
O mercado de telefonia móvel movimentou US$ 175 bilhões na América Latina no ano passado (incluindo operadoras e outros participantes da cadeia). O número equivale a 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) regional.
Foi a primeira vez que a GSMA elabora esse levantamento sobre o mercado latino-americano. "Queríamos mostrar quais são as conquistas e o potencial do setor", afirma Cabello.