Milhares de pessoas em diversos países europeus se manifestaram contra a aprovação do acordo internacional antipirataria
O final de semana foi marcado por uma série de protestos em diversos países europeus contra a lei internacional de combate à pirataria, a ACTA. Milhares de pessoas foram às ruas pedir que a vigilância sobre o que cada usuário faz na internet não seja aprovada nos respectivos países, de acordo com o IT News.
Na Alemanha, mais de 25 mil manifestantes foram às ruas geladas de diversas cidades para marchar contra a ACTA. Em Sofia, capital da Bulgária, 4 mil pessoas pediram o fim do projeto. Os protestos normalmente envolvem jovens que querem a liberdade de baixar arquivos na web sem nenhum tipo de inteferência por parte dos governos ou de empresas da indústria do entretenimento.
"Nós não nos sentimos seguros mais. A internet era um dos poucos lugares que podíamos atuar com liberdade", afirmou a programadora Monica Tepelus, uma das 300 pessoas que fizeram parte do protesto em Bucareste, na Romênia.
O inverno europeu não impediu que diversas cidades pelo continente fossem palco da manifestação dos jovens que cresceram com a internet. Poloneses, tchecos, eslovacos, franceses, belgas e irlandeses também organizaram os seus protestos de oposição à ACTA.
"Não é aceitável que o direito à liberdade seja sacrificado pelos copyrights", afirmou Thomas Pfeiffer, que esteve com mais 16 mil pessoas nas ruas de Munique, na Alemanha.
O ACTA é um acordo internacional que visa diminuir a pirataria e aumentar a proteção dos direitos autorais. Opiniões contrárias ao acordo, porém, afirmam que para isso ele vai diminuir a liberdade e aumentar a vigilância na web. No Leste Europeu, o projeto é comparado à atuação de polícias secretas de regimes comunistas, pelos quais muitos dos países passaram até o começo da década de 1990.
O projeto prevê que quem baixar filmes e música ilegalmente pode ser sentenciado à prisão. Para isso, governos poderiam ter acesso ao que as pessoas fazem na web - ou seja, vigiariam as ações de todos os usuários da rede.
Oito países assinaram em outubro do ano passado um acordo para diminuir a pirataria online. O acordo é visto como um passo adiante para a aprovação da ACTA.
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