CONVERGÊNCIA DIGITAL: Banda Larga: Oi divide com Governo má qualidade do serviço na Região Norte
Principal alvo das queixas de parlamentares da região Norte, a Oi esquivou-se das críticas à péssima cobertura e qualidade dos serviços com promessas de melhorias no futuro, escudou-se em cronogramas aprovados pelo Ministério das Comunicações e ainda reclamou da falta de instalação de fibras ópticas pelo Estado.
“A Oi não cumpriu nenhum dos prazos. O backhaul, na região Norte, é medíocre e essa empresa ainda inventa cobranças aos municípios que sequer existem nos regulamentos. Além disso, se a oferta no varejo é mínima, os estados do Norte foram banidos de ofertas no atacado”, disparou o deputado estadual Marco Antônio da Costa (PSD), mais conhecido como Chico Preto.
Embora críticas ainda mais severas tenham ficado para uma audiência pública a ser realizada em Manaus, na próxima semana, Chico Preto não foi uma voz solitária durante debate nesta quarta-feira, 21/3, no Senado Federal. Os senadores Ângela Portela (PT-RR), Anibal Diniz (PT-AC) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) fizeram coro às reclamações.
“A Oi cumpriu todos os prazos”, rebateu o diretor de relações institucionais da concessionária, Marcos Mesquita. “As metas são nacionais, não regionais, e serão cumpridas até 31 de dezembro de 2014”, explicou, referindo-se ao acordo das teles com o Minicom para oferta de serviços de acesso à Internet por R$ 35, para 1 Mbps.
Segundo a senadora Ângela Portela, a Oi recebeu recursos do BNDES para a implantação de fibras ópticas que ainda não se materializaram. A operadora argumentou que metade dos recursos – de um total previsto de R$ 890 milhões – não foi liberada. Além disso, o diretor da empresa sustentou que parte das conexões não aconteceram porque a tele ainda aguarda a conclusão da linha de transmissão da usina de Tucuruí, no Pará, em direção a Manaus e Macapá.
“Precisamos da infraestrutura, como do Linhão de Tucuruí, para comprarmos essa capacidade e prestarmos o serviço. Na medida em que a região Norte for servida de infraestrutura em geral, as telecomunicações virão atrás disso”, completou Mesquita.
Vale lembrar que parte das obrigações de implantação de infraestrutura foi imposta à Oi ainda no processo de aquisição da Brasil Telecom – condicionantes fixadas pela Anatel para a autorização da fusão. Mas não chega a surpreender que a empresa aguarde por outras empresas, especialmente do setor elétrico, fazerem a instalação das redes. Mesmo em estados prósperos e populosos, como Minas Gerais, a empresa depende das redes de energia para oferecer os serviços.
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