terça-feira, 3 de abril de 2012

Notícias - CIO: Dez recomedações da UIT para uso da banda larga na redução das emissões de carbono




Dez recomedações da UIT para uso da banda larga na redução das emissões de carbono
Além do papel da banda larga, o estudo destaca a importância das parcerias público-privadas para a aceleração das melhorias na neutralização das mudanças climáticas.
Computerworld/PT

A banda larga pode ajudar a baixar os níveis de carbono das economias, confirma estudo recentemente lançado pela União Internacional das Telecomunicações (UIT). O “The Broadband Bridge: Linking ICT with Climate Action”

O estudo é resultado de análises realizadas pelo grupo de trabalho da comissão de banda larga sobre mudanças climáticas, e foi divulgado durante a quinta reunião da referida comissão, realizada nesta segunda-feira, 2/4, em Ohrid, na Macedônia.
Além do papel da banda larga, o estudo destaca a importância das parcerias público-privadas para a aceleração das melhorias na neutralização das mudanças climáticas. “A compreensão dos benefícios que a banda larga pode trazer está num ponto de inflexão. O seu papel no crescimento do PIB, na concretização dos objecivos de desenvolvimento do milênio (Millennium Development Goals), e a compensação dos efeitos da alteração climática, só agora começam a ser percebidos, uma vez que a sua implementação está, finalmente, acontecendo e os benefícios podem ser verificados. No clima de economia atual, as sociedades precisam se desenvolver, e com soluções voltadas para a mudança climática podemos acelerar um novo tipo de crescimento sustentável enquanto apoiamos os objetivos globais de desenvolvimento sustentável”, disse Hans Vestberg, presidente da comissão e CEO da Ericsson.
Com base nos acordos alcançados na Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas em 2011 (COP-17), o relatório destaca as soluções transformadoras que são disponibilizadas pela banda larga. Fornece exemplos práticos de como a banda larga pode contribuir para diminuir os gases de efeito de estufa (GHGs), reduzindo e adaptando aos efeitos das mudanças climáticas, e promovendo a eficiência dos recursos, construindo ao mesmo tempo sociedades mais prósperas e inclusivas.
Dez recomendações aos líderes
Tendo em perspectiva a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) – agendada para Junho de 2012 – o relatório apresenta dez recomendações para os políticos e líderes mundiais. Todas procuram reforçar o poder das TIC e da banda larga para aceleração do processo global rumo a uma economia de baixo carbono:

1 - Liderar com visão: adotar um plano/estratégia nacional de banda larga de longo-prazo baseado na acessibilidade universal, na abertura de mercados e inovação, ligando-os conscientemente com as metas climáticas;

2 - Promover a convergência: empregar o conceito de convergência na formulação de políticas das TIC para que se alinhem com as políticas de outras áreas como energia, saúde, educação, clima, de forma a maximizar seu impacto;

3 - Garantir regulamentação: garantir regras claras e regulação sobre o clima e banda larga para criar um quadro de investimentos seguro;

4 - Ser um exemplo: conduzir processos de colaboração interministerial e tomadas de decisão integradas para alinhar metas ambientais e digitais, e usar os contratos públicos de aquisições para enviar sinais adequados ao mercado.

5 - Promover a flexibilidade: identificar e eliminar as barreiras políticas e regulamentares que impedem atualmente a investigação e investimento em infraestruturas de banda larga baseadas nas TIC e em soluções de baixo carbono;

6 - Disponibilizar Incentivos: promover a adoção de soluções de baixo carbono e apoiar as mudanças no mercado ao premiar ou incentivar comportamentos de consumo desejados. Estimular a inovação entre indivíduos, organizações e setores.

7 - Desenvolver o Mercado: financiar e facilitar projetos piloto escaláveis para demonstrar a viabilidade e eficácia da banda larga enquanto facilitadora de soluções de baixo carbono e construir um estudo comercial forte para atrair investimento privado;

8 - Formar Parcerias: cultivar conectividade e ’co-criatividade’ entre os setores público, privado, não governamental e indústrias para ajudar a desenvolver uma mentalidade de colaboração, objetivos partilhados e uma linguagem comum para ajudar a quebrar os silos;

9 - Medir e Padronizar: desenvolver métricas, medidas harmonizadas e normas comuns para calcular os impactos ambientais das TIC e da contribuição positiva da tecnologia para outros setores – de produtos individuais para sistemas e de lares individuais para a cidade/ou níveis nacionais.

10 - Partilhar conhecimento e sensibilizar: divulgar ativamente os resultados de projetos, partilhar as melhores práticas e aprender com os erros para identificar fatores de sucesso e facilitar os avanços tecnológicos, especialmente entre os mercados menos desenvolvidos. Comunicar as oportunidades e sinergias que podem ser alcançadas através de uma abordagem integrada e transectorial para infraestruturas de desenvolvimento digital e soluções de baixo carbono.

O grupo de trabalho foi composto por vários membros da comissão da ONU, representantes da indústria, organizações internacionais e ONGs. O estudo é baseado em entrevistas, casos de estudo e conteúdos disponibilizados por mais de 20 líderes e especialistas na área.


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