Órgão de investigação criará base de dados com informações dos olhos da maioria dos criminosos dos Estados Unidos
O FBI está tocando um projeto que fica no limite entre a segurança e a invasão da privacidade dos cidadãos norte-americanos. Até 2014, o órgão de espionagem criará uma base de dados que compilará detalhes da íris de criminosos e que poderá ser usada para identificar qualquer pessoa, com 100% de certeza. O projeto já está sendo desenvolvido e custará US$ 1 bilhão aos cofres públicos.
Hoje em dia, o escaneamento da íris é usado praticamente só por agentes federais e por cientistas e outros profissionais que trabalham em projetos de segurança máxima, principalmente para dar acesso a salas restritas.
A ideia do órgão de investigação é implantar a tecnologia em prisões federais e estaduais norte-americanas, e com isso conseguir dados relativos a todos os prisioneiros do país. Algumas prisões do estado do Missouri já testam o sistema.
O programa está sendo desenvolvido em parceria com uma empresa privada, a BI2 Technologies. Ele poderá ser usado para complementar as bases de dados que o FBI já tem, como a de imagens biométricas da face e da palma das mãos.
Mas o ambicioso projeto está causando polêmica e já tem os seus críticos, que afirmam que tal tecnologia serviria apenas a um estado excessivamente vigilantista e autoritário. Mais ou menos nos moldes do 'Big Brother' imaginado por George Orwell. Como disse ao Mashable a advogada Jennifer Lynch, ligada à Eletronic Frontier Foundation (EFF), "você pode mudar o número do seu cartão de crédito, mas não os seus dados biométricos".
E você, o que acha? O governo deveria ter o direito de captar e usar dados do rosto e da íris das pessoas para fins de segurança ou isso é um desrespeito ao direito à privacidade?
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