Você pagaria para usar o Twitter? Mais de 12 mil pessoas responderiam que sim.
YURI GONZAGA
Esse é o número de usuários que já tem o site App.net, espécie de versão paga do microblog, que terminou seu financiamento inicial --realizado no estilo do site Kickstarter-- na semana passada. Em troca das "doações" entre US$ 50 e US$ 1.000, os apoiadores ganharam acesso à rede social por um ano.
Conhecido no Vale do Silício por criticar a mentalidade do Facebook, centrada em anúncios, o fundador do App.net, Dalton Caldwell, ultrapassou em 60% a meta de US$ 500 mil com a promessa de criar "o que o Twitter poderia ser".
Página na App.net mostra o perfil de seu fundador
e CEO, Dalton Caldwell
e CEO, Dalton Caldwell
Para Cadwell, os 140 caracteres do microblog foram tomados por publicitários e celebridades, que venceram uma guerra contra o "bem": desenvolvedores que poderiam ter feito do Twitter a melhor das redes sociais se houvesse liberdade para criar aplicativos internos ao serviço --o que o App.net oferece.
O site tem mensagens públicas e de até 256 caracteres. Por enquanto, é um fórum com aparência semelhante à do Twitter, com tema que não vai muito além de discutir o próprio serviço e seu futuro.
Não está claro o que realmente buscam no App.net seus "early adopters", como são chamados os que apostam em serviços tecnológicos recém-nascidos: maturar um "serviço que todos desejamos que existisse", como defende Cadwell, ou interagir apenas com pessoas dispostas a pagar para participar de uma rede social de nicho.
Mas o código aberto do site já cria frutos reais: foram iniciadas dezenas de projetos que visam integração entre a plataforma e dispositivos móveis, navegadores e sistemas operacionais --sem propaganda.
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