Chips poderão operar em frequências de 450 MHz, 700 MHz ou 2,5GHz.
Executivos da empresa americana estiveram com Dilma nesta quarta.
Priscilla mendesDo G1, em Brasília
A empresa de tecnologia Qualcomm anunciou nesta terça-feira (21) que pretende desenvolver tecnologia para chips que possam operar em diferentes faixas de frequência no Brasil para a transmissão de dados em aparelhos móveis que operam no sistema 4G. O anúncio foi feito após reunião da cúpula da multinacional com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, em Brasília.
A faixa de frequência selecionada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a internet 4G no país é de 2,5 GHz, diferentemente dos Estados Unidos – país de origem da Qualcomm –, onde a transmissão de dados sem fio em alta velocidade se dá na faixa de 700 MHz.
Segundo Cristiano Ramon, presidente da divisão de semi-condutores da Qualcomm no Brasil, a empresa se comprometeu a desenvolver tecnologia para operar nas faixas escolhidas pelo Brasil, inclusive na faixa de 450 MHz, definida pela Anatel para oferta de serviços de voz e dados em áreas rurais.
"A Qualcomm é uma empresa líder de comercialização de semicondutores para a tecnologia de 4G e hoje nós temos sistema de operações em mais de 15 bandas. E um dos compromissos que nós fizemos é o de incorporar todas as bandas que o Brasil está considerando para 4G, não só de 700 MHz, mas de 2,5GHz, como também o de 450MHz para banda larga rural e incorporar aos nossos chips globais de forma que a economia de escala esteja presente para todas as faixas de frequência que o Brasil está contemplando na tecnologia de quarta geração", afirmou Ramon.
Investimentos
Em abril, a empresa já havia anunciado a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento no Brasil com foco em tablets, além de um laboratório para apoiar o desenvolvimento de aplicativos para smartphones e tablets, ambos na cidade de São Paulo.
O valor a ser investido nas unidades ainda não foi definido, de acordo com Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm na América Latina. "Não foi fixado ainda o valor, o número exato, mas acreditamos que além das pessoas em si, o valor do projeto é o valor multiplicativo que ele tem. Não somos fabricantes, somos detentores de tecnologia, portanto, quando conseguimos movimentar o Brasil a uma tecnologia mais nova, esse investimento vai se multiplicar", afirmou.
Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, - que também participou do encontro com Dilma -, a presidente se mostrou bastante interessada no assunto e afirmou que o país está interessado em utilizar a tecnologia móvel para monitorar a qualidade dos serviços públicos.
"Basicamente precisamos ter transparência e informação. São instrumentos absolutamente importantes para melhorar a qualidade do serviço público", afirmou o ministro. "[Dilma Rousseff] nos encomendou para discutir com a Casa Civil a possibilidade de incrementar, melhorar nossa rede de monitoramento, de controle, baseada em dispositivos móveis", disse.
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