Os crescentes ataques de cibercriminosos a empresas de diferentes países provocaram perdas de US$ 2,1 bilhões nos últimos dezoito meses.
Os dados são de um relatório da RSA, divisão de segurança da multinacional de tecnologia EMC, que mostra o avanço do número de ataques de phishing - quando os criminosos tentam descobrir informações confidenciais de consumidores e clientes na web.
Segundo a pesquisa, o número de ataques desse tipo cresceu 19% no primeiro semestre deste ano em relação ao último semestre de 2011.
De janeiro a setembro deste ano, foram contabilizados 594,7 mil iniciativas de phishing.
O Brasil responde por 4% do total de empresas atacadas em setembro, atrás somente de Estados Unidos, Reino Unido e Austrália, com 29%, 10% e 5% do volume de marcas atingidas pelas fraudes.
Um dos principais motivos para o aumento do volume de ataques é a adoção das redes sociais, diz o diretor da divisão técnica da RSA para a América Latina e Caribe, Marcos Nehme.
"Os criminosos veem a mídia social como uma maneira fácil de obter informações pessoais, sem que as pessoas percebam que é uma ação criminosa", explica.
"O fator confiança, muito presente nas redes sociais, é algo fundamental no ataque de phishing."
BRASIL EM DESTAQUE
De acordo com um estudo da Microsoft, citado no relatório da RSA, em 2010, o phishing realizado por meio das redes sociais correspondia a 8,3% do total de ataques.
No final do ano passado, essa participação subiu para 84,5%.
Segundo Nehme, a pesquisa também mostra como o Brasil tem se tornado cada vez mais um alvo para os criminosos.
Hoje o quarto país mais "atacado", há um ano o Brasil sequer aparecia na lista, diz o especialista.
"O Brasil está crescendo e se torna mais exposto. A tendência é que isso aumente ainda mais, com eventos como Olimpíada e Copa do Mundo, que põem o país em evidência."
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