O ano de 2012 poderia ter sido bem melhor - a projeção inicial era de um crescimento de 35% em relação a 2011, em função da expectativa em torno das redes 3G e 4G, mas a indústria brasileira de telecomunicações ainda tem o que comemorar, uma vez que registrou um incremento de 14% - ficando abaixo apenas do setor de energia na indústria eletroeletrônica.
A imposição da construção de infraestrutura de rede - para atender a demanda e a exigência de melhor qualidade de serviço pelas teles - impulsionou a receita - que está projetada para ficar em R$ 22,68 bilhões. "Quase 60% do investido na área foi para infraestrutura", confirmou o vice-presidente da Abinee, Paulo Castelo Branco.
Mas o 4G - grande expectativa - atrasou e poucos investimentos foram realizados este ano. "As teles investiram até setembro R$ 17 bilhões, quase que o total aportado em 2011 - R$ 18 bilhões, e 2012 pode ser um dos melhores anos em termos de aporte de recursos nos últimos tempos. Mas a assinatura dos contratos 4G atrasou; a crise internacional pesa e ainda há uma retração nos pedidos", acrescentou Aluisio Byrro, também vice-presidente da Abinee.
Para 2013, o setor de Telecom apresenta uma projeção muito cautelosa. O crescimento previsto - mesmo com o 4G - é de 7% - metade do que está sendo previsto para 2012, muito em função dessa 'retração' dos pedidos nas redes 3G, 4G e IP, para o mercado corporativo. Se na área de rede há uma preocupação evidente com a manutenção dos pedidos de compras das teles, os smartphones crescem e aparecem.
É verdade que o telefone celular não é mais a 'estrela maior' da balança comercial do setor eletroeletrônico. Mas o Brasil está, sim, substituindo a sua planta fabril de celulares tradicionais - 2G - para os smartphones, segundo os dados apurados pela Abinee. Não à toa, em unidades o mercado de celulares fecha o ano de 2012 com uma queda de 11%, mas com as vendas de smartphones crescendo 78%. Por sua vez, os celulares tradicionais tiveram uma queda de 25%.
De acordo com os números da Abinee, o Brasil vai vender 59,33 milhões de celulares este ano, sendo 16 milhões em smartphones e 43,3 milhoes de celulares tradicionais. No ranking, os smartphones, este ano, ficam com 27% do mercado total. Em 2011, respondiam por 13%. Para o ano que vem, esse percentual deverá chegar a 40%.
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