quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

G1: Celular pirata deve representar 12,7% do mercado em 2012, prevê estudo


Índice de pirataria de smartphones é de 6,5% no país.
Os consumidores brasileiros devem adquirir 11,6 milhões de celulares piratas este ano. O volume de aparelhos não homologados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), também conhecidos popularmente como ‘xing ling’, representa 12,7% dos 91,2 milhões de aparelhos que devem ser vendidos em 2012, conforme prevê a consultoria Strategy Analytics. Considerando somente smartphones, o índice de pirataria é de 6,5%, ou 1,7 milhão de aparelhos este ano.

O estudo mostra que participação do ‘mercado cinza’ de celulares no Brasil está acima da média mundial de 9,2% prevista para este ano, mas ainda é inferior ao índice dos países do Oriente Médio e da África, onde as vendas de celulares piratas representam 16% do mercado. A Tanzânia e o Sudão são os países com maior participação de celulares piratas, com 21%. 

No primeiro trimestre de 2013, as principais operadoras de telefonia móvel – Caro, Oi, Tim e Vivo – colocam em prática um sistema para barrar a ativação de chips de celulares não homologados no país. A iniciativa também contará com o suporte de fabricantes de aparelhos, conforme um acordo assinado na sexta-feira (14), envolvendo as empresas LG, Motorola, Nokia, Samsung e Sony.

Canal de vendas

Embora as vendas de celulares piratas devam registrar uma ligeira queda em relação a 2011, quando o segmento tinha participação de 13% no Brasil e de 9,8% no mundo, o índice ainda é preocupante e pode diminuir com a distribuição concentrada nas operadoras, avalia Linda Sui, analista da Strategy Analitics.

"Embora a campanha de repressão do governo possa aliviar a onda de telefones piratas, de certa forma, a maneira mais eficaz de reduzir a mercado cinza de telefonia móvel é controlar a distribuição de aparelhos através de operadoras", disse Linda ao G1. O relatório anual finalizado em meados de novembro se baseou em dados de fornecedores de componentes e em entrevistas com consumidores.

Na avaliação de Bruno Freitas, analista de mercado e dispositivos móveis da consultoria IDC Brasil, concentrar as vendas somente nas operadoras pode restringir o canal varejista, que deve registrar 30% dos aparelhos comercializados no país este ano. Em 2011, a representatividade do varejo era de 20%. “Na minha opinião, o controle independe do canal de venda porque a operadora estará envolvida no processo para ativação e oferta de serviços mesmo que o aparelho seja comprado em outro canal”, afirma.

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