terça-feira, 4 de dezembro de 2012

G1: EUA querem retirar discussões sobre internet de conferência da ONU



Enviados norte-americanos disseram estar trabalhando com outros países em uma proposta para retirar todas as discussões sobre uma possível regulamentação da internet da conferência de telecomunicações organizada pela ONU em Dubai. Representantes de 193 governos, incluindo o Brasil, estão reunidos desde segunda-feira (3) em Dubai para discutir normas que padronizem e regulamentem as telecomunicações.

Os norte-americanos presentes fazem reuniões nesta terça-feira (4) com a proposta de retirar da pauta todas as discussões relacionadas à internet. A União Internacional das Telecomunicações, formada por 193 países, faz suas primeiras grandes revisões em 25 anos durante a conferência.

O temor dos Estados Unidos é que as regulações na internet compliquem o comércio vitual e sejam usadas por países como China e Rússia para realizar ataques virtuais. Apesar disso, Hamadoun Toure, representante da ONU, diz que as conversas não irão limitar a liberdade de expressão da internet. Toure diz que a ideia é encontrar maneiras de expandir a internet em países em desenvolvimento.

Conferência da ONU

Representantes de 193 governos estão reunidos desde segunda-feira (4) em Dubai (Emirados Árabes) para discutir normas que padronizem e regulamentem as telecomunicações, em meio a temores de que os resultados afetem a liberdade da internet.

O Google está entre os principais opositores de possíveis limitações à "internet livre". A União Europeia, por sua vez, defende que o atual sistema de regulação funciona. "Se não está quebrado, não há o que consertar", disseram representantes do bloco à BBC.

Já a ONU, organizadora da conferência, alega que seu objetivo é apenas "mitigar tais temores" e afirma que é preciso "ampliar o acesso à rede".

São cerca de 900 propostas em discussão, incluindo o bloqueio de spams, cortes em taxas de roaming de celulares e formas de priorização de ligações de emergência.

O tratado resultante das discussões será transformado em lei internacional, mas a própria UIT reconhece que não há nenhum mecanismo legal que force os países a cumprir as regras acertadas. Outro empecilho é a falta de acordos entre os países, o que deve dificultar um consenso em torno de uma lei internacional.

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