Os níveis globais de spam continuaram a cair em 2012 e até mesmo o número de anexos maliciosos diminuíram. Ao menos é o que sugere as análises recentes realizadas pela empresa de segurança Kaspersky Lab.
A queda é relativa, claro. Mesmo com uma diminuição de oito pontos percentuais, spam ainda continuou responsável por incríveis 72% do total de e-mails enviados durante o ano - o equivalente a dezenas de trilhões de mensagens inúteis e arbitrárias sendo enviadas por meio da Internet.
A queda foi consistente ao longo do ano, diminuindo mês a mês, e chegando em um número abaixo dos 70% nos três últimos meses do ano, disse a Kaspersky.
O que está claro é que o percentual exato de spam enviado para um usuário ou rede varia por país e região. Em termos de distribuição, a China lidera a tabela, com uma em cada cinco mensagens de spam enviadas, seguida pelos EUA, com 15,6%. Tanto a América Latina quanto a Europa tiveram seu nível de ataques mais baixo. E a Ásia responde por um nível desproporcional de atividade, representando metade de todos os e-mails enviados.
Os anexos maliciosos também diminuíram ligeiramente, ficando com 3,4% - embora esse percentual não inclua as mensagens com links embutidos.
De acordo com a Kaspersky, a queda sem precedentes pode ser explicada pela melhoria gradual na filtragem de mensagens. E, indiscutivelmente, o rompimento de botnets - rede de computadores zumbis e o tipo de plataforma usada para enviar spam em massa - provavelmente teve um efeito maior, com a derrubada de várias grandes redes de distribuição - coincidindo com o início do declínio de spam em 2010.
Nesta semana, a botnet Virut - responsável pela maior parte de spam da Europa Oriental e dos EUA - foi encerrada, quando o secretário nacional da Polônia interrompeu seus domínios e servidores de comando e controle. Este é apenas o exemplo mais recente de uma sucessão de 'quedas' de botnet nos últimos dois anos.
Outro motivo poderia ser a existência de maneiras melhores de ganhar dinheiro com o cibercrime, não apenas se infiltrando em mídias sociais. "Essa queda é o resultado de uma saída gradual de anunciantes do spam para outros meios mais convenientes e legais de promover bens e serviços", disse Darya Gudkova, da Kaspersky Lab. "No entanto, isso não significa que spam desaparecerá de repente. Mensagens maliciosas, fraude e publicidade de produtos ilegais não podem simplesmente ou facilmente migrar para plataformas legais, devido à sua própria natureza criminal. Esperamos que a queda no volume de spam em 2013 seja insignificante na melhor das hipóteses."
Sem dúvida, alguns discordarão com os números da Kaspersky, que só refletem o que os seus clientes veem. Mas concordarão com o que outras empresas de segurança têm dito há dois anos. As porcentagens de spam analisadas durante 2012 pela empresa russa são as mesmas relatadas pela Symantec no final de 2011, por exemplo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
deixe aqui seu comentário