Empresas de tecnologia da informação articulam com o governo e com o Congresso Nacional uma mudança legal que reconheça a contratação de terceirizados na cadeia produtiva dos software. O objetivo é legalizar as subcontratações por meio de pessoas jurídicas para a realização de etapas da produção. “A cadeia produtiva do setor não é reconhecida”, lamenta o vice-presidente de articulação política da Associação das Empresas Brasileiras de TI (Assespro), Jeovani Salomão. “Não há reconhecimento, por isso a insegurança jurídica para que uma empresa contrate a outra”, diz ele.
“Quando se fala na cadeia produtiva do automóvel, quem faz o banco não é o mesmo que faz o pneu, que não é o mesmo que faz o motor. Ou seja, um conjunto de empresas faz serviços diferentes para sair um carro. Quando faz um software também”, explica Salomão.
Segundo ele, enquanto uma empresa faz a arquitetura de um software, outra faz a programação, uma terceira os testes, e ainda mais outra avalia a segurança. “Essas especialidades todas raramente estão inseridas na mesma empresa, até porque 94% são pequenas empresas”, insiste o vice-presidente da Assespro.
Parte da articulação foi feita no Congresso, em tratativas com os deputados Vicentinho (PT-SP) e Ronaldo Zulke (PT-RS). Segundo a Assespro, o parlamentar gaúcho deve apresentar um projeto de lei com o objetivo de reconhecer a contratação e subcontratação por empreitada.
“Falamos no Congresso, com o ministro do Trabalho e o presidente do TST sobre qual a forma de o governo reconhecer a cadeia produtiva, respeitando as especialidade, para a contratação via prestação de serviços. Uma das possibilidades é alterar a legislação com um projeto de lei e estamos buscando o consenso”, revelou Salomão.
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