Conteúdo não é software
A primeira distinção que deve ser observada parece simples, mas nem sempre é observada: conteúdo não é software. A melhor forma de explicar este fato é pensarmos no carro e na gasolina. O carro você compra uma vez, mas irá precisar encher o tanque com frequência para usá-lo. Carro é software, gasolina é conteúdo. Empresas precisam renovar periódicamente sua comunicação, seu catálogo de vendas, seu portfólio de produtos, realizar novas ações de marketing, etc. Isto é conteúdo, basicamente imagens, vídeos, texto, tabela de preços. Num app, software e conteúdo, estes dois elementos distintos, estarão “misturados”, isto é, para qualquer tipo de alteração mesmo que mínima no conteúdo, o app terá que ser aberto e editado. Numa plataforma, o conteúdo está separado do software. Isto dá total independência para editar, apagar, alterar, renovar qualquer parte do conteúdo sem precisar “abrir” a plataforma. Para empresas que desejam usar tablets nas áreas de vendas e marketing por exemplo, isto representa maior agilidade, menor custo e controle da comunicação.
Independência das “lojas virtuais”
Quando o assunto é edição ou publicação de novos conteúdos, as plataformas oferecem ainda uma vantagem adicional: independência das lojas virtuais, tais como Apple Store ou Google Play. Uma plataforma permite que o conteúdo seja atualizado sem a necessidade deste “passar pela loja virtual”. Isto dá maior independência e agilidade para as áreas de produto, marketing e vendas para fazer as atualizações. Apps estão amarradas às lojas virtuais. Pior ainda: é impossível garantir que um cliente (ou até mesmo um vendedor) esteja usando a última versão do app. Caberá sempre ao usuário final a decisão da atualização do app, o que pode não ocorrer.
Plataformas e sistemas de gestão
Uma plataforma está muito além do tablet, é um sistema. Uma plataforma oferece gestão do conteúdo, controle de acesso e histórico dos usuários, controle de versão, workflow para aprovação e publicação de conteúdos, compartilhamento e colaboração. Uma plataforma oferece ferramentas de back-end que irão auxiliar a empresa no dia-a-dia das ações de marketing e vendas. Com um app, isto não existe. Haverá sempre a necessidade de se fazer um novo software, testá-lo, publicá-lo na loja virtual, aguardar que os usuários baixem. Enfim, um ciclo de uso complexo, lento e de maior custo.
Métricas
Empresas podem obter diferentes métricas quando adotam um app, mas são sempre as mesmas, restritas a quantidade de downloads e dados demográficos. Com uma plataforma, basta elaborar KPIs (Key Performance Indicators – Indicadores Chave de Performance) no momento da concepção do conteúdo, e será possível visualizar estas métricas em relatórios de BI (Business Intelligence) personalizados. Além disso, os dados coletados pelas plataformas podem ser integradas diretamente ao CRM corporativo, facilitando a avaliação do resultado de ações multi-canais por exemplo.
Evidentemente que existem casos em que apps podem ser adotadas por empresas, mas dentro de um universo muito restrito. Considerando a dinâmica dos negócios, adotar uma plataforma é o melhor caminho.
Notas
App – acrônimo para applications ou aplicativo – Android app iPhone app por exemplo. Um programa de computador desenvolvido para ser instalado em dispositivo móvel tais como tablets ou smartphones.
Links
Fonte: Murer, Ricardo . "Tablet e uso corporativo – Adote uma plataforma não um app." Eu virtual RSS. http://info.abril.com.br/noticias/rede/eu-virtual/2013/12/02/tablet-e-uso-corporativo-adote-uma-plataforma-nao-um-app/ (accessed December 2, 2013).
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