Por Leonardo Pereira
Resumo: Impasse nas negociações entre trabalhadores e patrões em São Paulo gera clima de descontentamento
Os profissionais de TI de São Paulo estão cada vez mais próximos de uma greve geral, devido à problemática negociação entre os sindicatos dos trabalhadores e dos patrões sobre as melhorias que devem ser incorporadas neste ano.
O assunto se arrasta desde dezembro passado, quando o Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo) decidiu, em assembleia, o que reivindicaria ao Seprosp (Sindicato das Empresas de Processamento de Dados e Serviços de Informática do Estado de São Paulo).
"Todo ano há uma choradeira muito grande por parte do patrão", disse ao Olhar Digital o presidente do Sindpd, Antonio Neto. "No ano passado eles chegaram à mesa de discussão dizendo que o cenário para 2013 era muito ruim. Mas quando terminou 2013 percebemos que eles cresceram de forma bastante razoável, até acima da inflação. Aí, na mesa de 2014, chegaram dizendo que o cenário era tenebroso, mas nós não estamos discutindo o futuro, e sim a inflação de 2013, mais a performance do setor naquele ano. E toda a categoria tem consciência sobre a saúde do setor, ou seja, fica desconexo deixar de partilhar isso com os trabalhadores."
A conversa que decidirá se partem para a greve ocorrerá no sábado do dia 15, mas na segunda-feira, 10, haverá mais uma reunião com o sindicato patronal para tentar ajeitar os termos dos benefícios. "Eles sabem que, nos patamares em que apresentaram [os termos], precisam melhorar", comentou o presidente do Sindpd. Segundo ele, os profissionais exigiram que o sindicato fosse enérgico ao discutir com o Seprosp e estão "ávidos" pela paralização, por isso a chance de greve é alta.
Uma parcela desse setor é composta por profissionais liberais, pessoas que atuam como pessoas jurídicas. Estes não serão representados pelo sindicato, que os considera "patrões" ou funcionários ilegais. "Isso é uma forma irregular de contratação e as empresas que usam isso estão contra a lei", afirmou Neto.
A reportagem tentou, mais de uma vez, obter um posicionamento do Seprosp, mas não conseguiu ser atendida pela entidade.
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