Esse é um alerta para quem acha que o tema da privacidade é secundário. Oksana Romaniuk é uma ativista ucraniana. É bonita, articulada, e defende a liberdade de imprensa em parceria com a ONG Repórteres Sem Fronteiras. Ela foi uma das vozes públicas contra o presidente ucraniano Viktor Yanukovych, deposto recentemente.
Foi também vítima de um "ciberataque" personalizado. Seu computador foi invadido e sua vida vasculhada. Os invasores tiveram acesso aos e-mails, fotos pessoais, rascunhos de texto, músicas, livros etc. Tudo foi exposto publicamente para ridicularizá-la. Criaram até um site com o seu nome, chamado "Romaniukleaks".
Oksana reagiu criando uma campanha para informar jornalistas e ativistas sobre a necessidade de se proteger desse tipo de ataque. Nas palavras dela: "Psicologicamente, o que aconteceu comigo foi um golpe duríssimo. Ciberataques são reais e é preciso se precaver".
O caso de Oksana não é isolado. Outros ativistas de direitos humanos e também jornalistas reconhecidos tiveram sua privacidade violada e dados pessoais divulgados publicamente na Ucrânia.
Esse tipo de ataque vai se tornar cada vez mais comum em todo mundo e demanda medidas técnicas e jurídicas.
No campo técnico, é preciso criptografar tudo. Não transmitir nem armazenar nenhuma informação que não esteja encriptada. No campo jurídico, nunca foi tão importante criar leis robustas de proteção aos direitos fundamentais na rede. Afinal, privacidade e liberdade de expressão são lados da mesma moeda. E a democracia depende de ambos.
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