Zaznu começa a operar no Brasil para valer a partir do Rio de Janeiro.
São Paulo será próxima a receber o app, que diz ser mais barato que táxi.
Helton Simões Gomes
Aplicativo brasileiro de caronas Zaznu chega aos
iPhones e entra em operação no Brasil a partir do
Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação/Zaznu)
O aplicativo brasileiro de caronas Zaznu estreou na App Store nesta terça-feira (11) e já pode ser baixado em iPhones e iPads. Com isso, a operação no Brasil começa para valer, a partir do Rio de Janeiro, onde 216 motoristas já têm registro ativo e estão prontos para dar caronas. Em todo o Brasil, no entanto, mais de 6 mil motoristas já se cadastraram. Já os interessados em pegar caronas passam dos 3 mil (Veja aqui).
Segundo Yohathan Faber, um dos cofundadores da empresa que desenvolve o aplicativo, o objetivo é criar mais opções de transporte. “O nosso negócio vai ajudar todo mundo. Traz benefício para o trânsito, para o passageiro, para o motorista, e até diminui a poluição.”
O Zaznu importa o modelo de pedir caronas pelo celular de um aplicativo famoso em San Francisco, na Califórnia, onde Faber e seu sócio moram. Presente em 24 cidades norte-americanas, o Lyft já é tido como responsável por reduzir a quantidade de carros nas ruas da cidade californiana e por empregar pessoas sem ocupação, mas que possuíam um veículo.
Por outro lado, também nos EUA, surge a discussão se o modelo de caronas vai acabar com os táxis. Por aqui, essa classe de trabalhadores já torceu o nariz para a novidade, argumentando que os motoristas que dão carona, na verdade, exercem a profissão sem autorização.
Até agora, o aplicativo, já disponível para celulares Android, estava em fase de testes. Com a chegada aos iPhones, começa a operação para valer. Apenas colhendo cadastros até então, registrou 6.382 motoristas em todas as 12 cidades sede da Copa do Mundo.
Com o aplicativo, tanto motoristas podem oferecer caronas como passageiros podem pedi-las. Mas antes, é preciso se registrar na plataforma do Zaznu. Nessa etapa, motoristas e “caronistas” seguem caminhos distintos.
Os interessados em dar caronas tem que preencher uma ficha e enviar documentos ao Zaznu, como carteira de motorista e de identidade, comprovante de residência e seguro do carro. A equipe responsável pelo app confere se o candidato tem passagens pela polícia, se mantém todos os documentos em dia e até checa a página do sujeito no Facebook. Depois disso, ocorre uma entrevista.
Aplicativo brasileiro de caronas Zaznu chega aos
iPhones e entra em operação no Brasil a partir do
Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação/Zaznu)
Já quem pleiteia se sentar no banco do passageiro se cadastra utilizando o perfil do Facebook e tem de fornecer o número do cartão do crédito. Segundo Faber, esses procedimentos são necessários para dar maior segurança a quem utiliza o aplicativo. “O nosso serviço é muito mais seguro do que o táxi. O cara que cadastra o cartão de crédito não vai entrar no seu carro e te assaltar.”
Para não configurar um serviço remunerado de transporte, os passageiros fazem uma doação, não um pagamento, diz Faber. “A gente usa o valor do quilômetro, que é a tabela do táxi, menos 20%, mas, se quiser, o usuário não precisa pagar nada”, afirma. Segundo a empresa, uma viagem no Rio, do Galeão ao Flamengo, que sairia por R$ 42,70 se feita em um táxi ficaria em R$ 37,70 pelo Zaznu.
Após a viagem, é possível avaliar motorista e passageiro. Até o começo de abril, o Zaznu deve chegar a São Paulo. Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Florianópolis também devem receber o serviço.
Dentro de dois meses, uma nova atualização do aplicativo deve ser lançada, contendo uma ferramenta que tentará unir passageiros e motoristas com gostos similares. O aplicativo fará isso baseado nas preferências dos perfis do Facebook usados no cadastro. Para colocar no mesmo carro pessoas com gostos similares, o Zaznu vai considerar ainda se a distância entre elas não impeditiva.
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