terça-feira, 18 de março de 2014

G1 - Celulares podem falhar no Itaquerão e Arena da Baixada, dizem empresas


Acordo para instalar antenas nos estádios foi assinado nesta segunda (17).
Sindicato das operadoras diz que obra pode não ficar pronta a tempo.

Fábio Amato


A instalação dos equipamentos para reforçar o sinal de celular dentro dos estádios do Corinthians, em São Paulo, palco da abertura da Copa do Mundo, e do Atlético Paranaense, em Curitiba, pode não ficar pronta até a data dos jogos, admitiu nesta segunda-feira (17) o diretor-executivo do SindiTelebrasil, entidade que representa as empresas de telefonia, Eduardo Levy. Segundo ele, por conta disso, os torcedores podem enfrentar falhas nas tentativas de chamadas e de acesso à internet móvel nesses locais.

Nesta segunda, o SindiTelebrasil anunciou que fechou acordo com Corinthians e Atlético-PR para a instalação da chamada "cobertura indoor". Dos 12 estádios que vão receber jogos durante a competição, apenas nesses dois ainda não havia entendimento, o que impedia o início da obra.

Com isso, as empresas de telefonia terão menos de 100 dias para fazer a implantação dos equipamentos, entre eles centenas de pequenas antenas que ficam espalhadas pelo estádio, além de uma rede de cabos de fibra óptica. De acordo com o SindTelebrasil, entidade que representa as operadoras, o prazo médio para a instalação dessa cobertura é de 150 dias.

"Há o risco de [os equipamentos] não estarem 100% prontos e testados [nos dois estádios até a data dos jogos]”, disse Levy ao G1. “Pode haver falha e congestionamento [de chamadas e envio de dados pela internet]”, completou ele.

Levy diz que a falta de tempo pode fazer com que parte das antenas não seja colocada ou, então, que não seja possível passar os cabos por alguns pontos dentro dos estádios. Se houvesse tempo suficiente, continuou ele, cada arena receberia cerca de 300 antenas para reforçar o sinal de telefonia.

Nos estádios de Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador, que receberam jogos da Copa das Confederações no ano passado, a cobertura está em fase de ajustes finais, segundo o SindiTelebrasil.

Em Cuiabá, Manaus, Natal e Porto Alegre, as obras começaram mais tarde, no final de 2013, mas, segundo a entidade, vão ficar prontas até a Copa.

Impasse
A demora no acordo do SindiTelebrasil com Corinthians e Atlético-PR ocorreu por falta de entendimento quanto ao valor do aluguel que as empresas de telefonia têm que pagar pela sala que vão ocupar dentro dos estádios com seus equipamentos. A entidade não informou os termos do acordo com os dois clubes.

O SindiTelebrasil estima que serão investidos cerca de R$ 200 milhões para garantir aos clientes das operadoras acesso aos serviços de telefonia e internet móvel dentro dos 12 estádios que vão receber jogos da Copa.

Esse dinheiro será aplicado, por exemplo, na instalação de antenas dentro das arenas, que vão levar sinal até telefones e tablets além de captar chamadas ou dados enviados pelos usuário. Nos seis estádios da Copa das Confederações, no ano passado, haviam 767 dessas antenas.

As informações captadas pelas antenas, nas arquibancadas, camarotes e até nos vestiários, são levadas por cabos de fibra óptica até esta sala onde fica um equipamento que identifica e separa o tráfego de cada uma das cinco operadoras – Vivo, TIM, Claro, Nextel e Oi. Dali os dados são enviados para fora do estádio, para a rede de cada uma das empresas.

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