MARCO ANTÔNIO MARTINS
O Exército brasileiro montará 12 equipes para atuar na defesa cibernética das cidades sede da Copa do Mundo, que começa em junho.
O objetivo é trabalhar no combate a ataques de hackers a sistemas e serviços que, se comprometidos, afetarão a segurança do Mundial.
A seleção vem sendo realizada desde dezembro entre militares das três forças (Marinha, Aeronáutica e Exército). As equipes funcionarão 24 h e se reportarão a um comando central, em Brasília.
A PF (Polícia Federal) e o Exército têm informações de que grupos ou hackers solitários de diferentes pontos do mundo aproveitarão a Copa para atacar. Além dos sites do evento, o esquema de vigilância engloba desde o sistema de telecomunicações do país até sinais de trânsito.
Filipe Rocha/Editoria de Arte/Folhapress
"O desafio é ver tudo o que acontece nos estádios", afirma o coronel Eduardo Wallier Vianna, chefe da Divisão de Operações do Centro de Defesa Cibernética.
A preocupação tem motivo. Nos Jogos de Londres, em 2012, por exemplo, foram registrados 46 mil ataques ao sistema do Parque Olímpico durante os 17 dias de evento.
Durante a Rio+20, em 2012, apesar de toda a vigilância, hackers invadiram a página do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), a maior empresa pública do país de serviços de tecnologia da informação.
Na visita do papa Francisco ao Rio, em 2013, o site oficial da Arquidiocese do Rio foi hackeado, e uma página falsa da Jornada Mundial da Juventude foi criada para capturar dados dos usuários.
No Brasil, a PF informa registrar cerca de 3.000 ataques por dia ao seu sistema.
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