Gigante de buscas apoiaria financeiramente a fabricante de smartphones.
Disputa de patentes de smartphones e tablets se desenrola desde 2011.
O Google se comprometeu, em um acordo privado fechado em 2012, a apoiar a Samsung financeiramente na disputa com a Apple por patentes de smartphones, disseram na terça-feira (22) os advogados da gigante californiana durante uma audiência.
Com a revelação, a defesa da Apple procura demonstrar a conexão existente entre Samsung e Google, já que um dos principais argumentos da fabricante sul-coreana é que não tem por que se responsabilizar pelo sistema operacional Android (de propriedade do Google), com o qual opera a maioria de seus smartphones e tablets e de cuja tecnologia derivam as alegadas infrações de patentes.
Segundo esse pacto, fechado quando a fabricante sul-coreana já litigava há um ano contra a Apple, o Google aceitava assumir parte dos custos judiciais da disputa, assim como indenizar a Samsung em caso de derrota.
Para demonstrar a existência do acordo, a defesa da Apple apresentou vários e-mails trocados entre executivos da Samsung e do Google – autenticados por um advogado do Google – em que estes últimos se comprometiam a indenizar total ou parcialmente os prejuízos econômicos que pudessem vir de quatro das patentes em disputa.
Dessas quatro patentes, duas saíram do caso, mas as outras, relativas a características da interação do usuário com o telefone (sincronização do fundo e sistema de busca universal), fazem parte do processo judicial retomado em uma corte federal de San Jose, na Califórnia.
Samsung e Apple disputam patentes de smartphones e tablets desde 2011, quando a empresa de Steve Jobs processou os sul-coreanos por terem copiado o projeto de seus produtos, ao que estes responderam rapidamente processando por sua vez a Apple por violações das patentes da tecnologia 3G.
Desde então, as ações entre os gigantes tecnológicos só aumentou. A maioria delas foi resolvida a favor da Apple até o momento, fazendo a Samsung ter de pagar quase US$ 1 bilhão aos seus concorrentes norte-americanos.
Mesmo assim, as duas companhias apelaram sem exceção em todas as decisões judiciais contrárias aos seus interesses, de modo que o processo vive agora uma segunda parte na qual os esforços de uma e de outra empresa se centram em tentar demonstrar os danos que os supostos plágios da concorrência causaram sobre vendas e planos de expansão.
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