Gustavo gusmão
Segundo a ferramenta, a conta do próprio Twitter tem 65% de chance de ser um bot – nesse caso, não prejudicial
Com seus mais de 230 milhões de usuários, o Twitter é povoado de bots, contas que postam tudo automaticamente. Mas nem sempre é fácil distinguir esses robôs e usuários falsos de alguém que usa a rede social apenas para retuítar notícias, por exemplo. E é justamente nessa parte de "investigação" que a ferramenta BotOrNot quer ajudar.
Desenvolvido por pesquisadores na Universidade Indiana, em Bloomington, nos EUA, o programa funciona de forma simples. Basta digitar a identificação de uma @ no campo em branco e clicar em um botão para que ela comece a agir. Ela logo traz o resultado, indicando em um gráfico qual a probabilidade de a conta ser de um bot ou não.
O processo executado pela aplicação de big data, no entanto, é bem mais complexo. O algoritmo dela analisa diversos dados públicos do Twitter, incluindo postagens na timeline, retuítes, menções, hashtags utilizadas e até o sentimento presente nos posts. Até a porcentagem de substantivos e adjetivos que aparecem nos textos é levada em conta. Ao todo,segundo o IDG, são mais de 1.100 os pontos estudados para diferenciar uma conta real, de um usuário que escreve as próprias postagens, de uma conta robótica.
Todas as informações são mostradas em diferentes gráficos após essa varredura, logo abaixo da conclusão, para que os próprios usuários as estudem. Com isso, dá até para tentar distinguir um robô útil, que retuíta notícias de sites e publica posts agendados, de outros mal-intencionados, que propagam boatos mentirosos e ataques a personalidades, por exemplo.
O BotOrNot ainda está em fase beta, e de acordo com o IDG, seus desenvolvedores estão trabalhando no polimento do algoritmo utilizado pela ferramenta – que, obviamente, pode apresentar falhas na identificação. Para testá-la, acesse-a por aqui, dentro dos domínios da Universidade. Para usar, é preciso antes fazer login com uma conta do Twitter e autorizar o acesso do aplicativo.
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