Não demorou muito para o Google ser inundado com pedidos de “esquecimento” após a justiça europeia decidir que pessoas poderiam remover da busca links que julgassem prejudiciais à sua imagem. Já são mais de 12 mil pedidos desde que o formulário foi colocado no ar.
A empresa possui sistemas para remoção de conteúdo automatizados em outras plataformas, como o YouTube, mas eles não serão aplicados neste caso. Assim, cada formulário deverá ser analisado por humanos, que decidirão se o link será removido das buscas ou não.
Os dados apresentados pelo Google mostram que há casos muito sérios entre as solicitações de remoção. A empresa informa que 31% dos pedidos são ligados a casos de fraude, 20% são referentes a crimes sérios ou violentos, enquanto 12% tem a ver com prisões por pornografia infantil.
Antes de deletar um link, serão levados em conta se ele leva a informações desatualizadas sobre a pessoa e se há interesse público, contendo, por exemplo, dados sobre fraudes financeiras, negligência profissional, condenações penais ou sobre a conduta de funcionários de governo.
O fato é que, apesar de obedecer à demanda judicial, o Google não está satisfeito com a situação, devido ao fato de ter de equilibrar problemas de censura e de privacidade. Também não estão satisfeitos ativistas dos direitos digitais, como Raegan MacDonald, da Access, uma organização que defende a privacidade online. Em contato com a Reuters, ela diz que “empresas não deveriam receber a tarefa de ponderar sobre direitos fundamentais ou fazer decisões sobre adequação, legalidade ou relevância das informações publicadas.”
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