Em 2013, a Xiaomi era uma fabricante chinesa de celulares relativamente obscura. Mas, no segundo trimestre deste ano, tornou-se a maior vendedora de smartphones no maior mercado mundial de celulares: a China.
Relatório publicado pela Canalys, empresa de pesquisa sobre tecnologia, destacou o notável crescimento da Xiaomi, que deixou para trás gigantes como a Samsung e a Lenovo e se tornou a maior vendedora de smartphones na China. Em razão de seu grande crescimento em seu país, a Xiaomi se tornou a quinta maior fabricante mundial de celulares.
A Canalys calcula que no segundo trimestre a Xiaomi tenha entregue 15 milhões de celulares na China, ante 4,4 milhões no mesmo período em 2013.
A Xiaomi superou a Samsung, que vendeu 13,2 milhões de smartphones na China no trimestre passado, ante 15,5 milhões no período em 2013.
Zhang Jin - 22.jul.14/Xinhua
O presidente-executivo da Xiaomi, Lei Jun, conhecido como o 'Steve Jobs chinês', durante apresentação
O crescimento geral da Xiaomi chegou a 240% ante o segundo trimestre de 2013. Tem agora 14% do mercado chinês de smartphones.
Como isso aconteceu tão rápido? Chris Jones, analista da Canalys, disse que, enquanto a maior parte dos fabricantes chineses concorre em preço, a Xiaomi adotou caminho diferente para marketing e estratégia de vendas.
Para atrair compradores, a Xiaomi se concentra em oferecer software especial que os consumidores não podem obter em outros aparelhos Android. A companhia usa uma versão especial do Android, chamada Miui, cujo design os consumidores podem influenciar interagindo on-line com a empresa.
A Xiaomi lança uma versão atualizada de seu sistema operacional a cada sexta.
PREÇO
A companhia vende seus celulares praticamente pela mesma quantia que gasta na compra e na montagem dos componentes. Mas seus modelos ficam à venda por até 18 meses, prazo suficiente para que os preços dos componentes caiam.
Para ganhar dinheiro, a Xiaomi se concentra na venda de apps, jogos, temas especiais para o Android e serviços de internet.
O marketing da Xiaomi se baseia em festivais nos quais ela demonstra apreciação ao que chama de "Mi fãs". O presidente-executivo da companhia, Lei Jun, que a mídia chinesa chama de "o Steven Jobs da China", ajuda a atrair muita atenção para a empresa.
"Eles realmente mudaram a cara do mercado chinês", disse Jones. "Esses caras fizeram algo de diferente."
Em 2013, a Xiaomi também atraiu um importante executivo do Google, o brasileiro Hugo Barra, o que se provou especialmente útil, diz Jones.
Barra, que era vice-presidente da divisão Android do Google, vem usando sua influência no setor para ajudar a Xiaomi a formar novas parcerias com operadoras e se expandir a novos mercados, diz o analista. A companhia anunciou planos de entrar em dez novos mercados, entre os quais o Brasil.
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