Um cidadão chinês processou um operador de telecomunicações devido ao bloqueio das buscas do Google, informaram nesta sexta-feira (5) as autoridades, em um caso que evidencia o controle que Pequim exerce sobre a internet.
Um sofisticado sistema de censura, chamado de "Grande Muralha informática", bloqueia na China qualquer acesso a sites considerados sensíveis, às redes sociais Facebook e Twitter e à plataforma de vídeos YouTube. Mas o Google desviava relativamente desta censura até agora.
Wang Long, de 25 anos, que se descreve como funcionário jurista, entrou com um processo contra o grupo público China Unicom ante um tribunal de Shenzhen, que examinou o caso na quinta-feira (4), segundo um documento publicado on-line pelo departamento de assuntos jurídicos da cidade.
"O Google é acessível normalmente?", perguntou o juiz ao advogado da China Unicom, relatou Wang em um testemunho publicado em sua conta de microblogs.
Vacilante e incomodado, o advogado respondeu que "não estava certo de poder responder", o que gerou as risadas do público, antes que o juiz pedisse que fosse anotado que os sites do Google não eram acessíveis, relata Wang Long.
O Google se retirou parcialmente da China popular em 2010 e levou seus servidores a Hong Kong, ao se recusar a aceitar as severas normas da censura chinesa.
Responsáveis do tribunal de Shenzhen, contactados pela AFP, não puderam comentar o caso. É aguardada uma sentença antes de outubro, segundo o jornal oficial "Global Times".
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