Segundo pesquisa, 49% dos internautas brasileiros têm conta no site.
Veja como salvar o seu perfil e visitar comunidades.
Comunidade do Orkut "Eu odeio acordar cedo"
Chega ao fim nesta terça-feira (30) aquela que foi a primeira rede social a se tornar pop entre os brasileiros. Criado há dez anos, oOrkut não já não recebia novas contas desde quando sua morte foi anunciada em junho e agora comunidades, “scraps”, depoimentos e outros registros no site se tornaram um museu virtual. A aposentadoria ocorre, no entanto, no momento em que 7% dos internautas brasileiros ainda acessavam o Orkut, segundo a empresa de pesquisa Global Web Index (GWI).
De acordo com o Google, os usuários existentes poderão exportar seus álbuns de fotos para o Google+, outra rede social da companhia, até 30 de setembro de 2014. Também será possível salvar, no computador, seus perfis, "scraps" (publicações de outros usuários deixadas na página), depoimentos e postagens usando a ferramenta Google Takeout (clique aqui). Isso poderá ser feito até setembro de 2016.
Um arquivo com todas as comunidades públicas do Orkut, um dos principais recursos da rede social, foi criado para imortalizar a área de discussões do serviço. Acesse aqui. No entanto, novos tópicos ou mensagens não poderão ser criados. Os usuários que não quiserem que alguma postagem seja arquivada deverão excluí-la até 30 de setembro de 2014. Outra opção é apagar todas de uma só vez ao remover o Orkut da conta do Google.
Segundo o Google, que mediu os acessos em agosto, o índice de acesso defende a existência do Orkut, ao mesmo tempo que vai contra o site. Advoga em nome do site por demonstrar que ainda há internautas que se conectam a ele. Vai contra, porém, por mostrar que o nível não é nem próximo do total de 49% dos internautas brasileiros que têm conta na rede.
Esse índice mostra que Brasil é um dos países com mais usuários no Orkut, ao lado da Índia, onde 52% dos internautas possuem perfil no site – mas 12% se conectam. Para a GWI, o abismo entre os usuários inscritos e aqueles que a utilizam é dos motivos para o encerramento.
No resto do mundo, situação é mais crítica. Enquanto 12% das pessoas que se conectam à internet possuem uma conta na rede social, apenas 3% a acessam. Essa audiência não é pouca coisa e ainda garante ao Orkut um lugar no top 10 das redes sociais fora da China, que incluem Facebook e Twitter, por exemplo. Se apenas esse fator fosse analisado isoladamente, não seria motivo para a aposentadoria.
Debaixo do guarda-chuva do Google, o Orkut é a rede social menos curtida. Divide espaço com o Google+, que recebe todas as atenções. A gigante da tecnologia compartilhou essa rede social de todas as formas possíveis: era preciso criar conta no Google+ para abrir um Gmail (o que se tornou opcional), para comentar em vídeos do YouTube, em posts de blogs do Blogger e em fotos do Picasa.
A estratégia de integrar os serviços à rede social, porém, não a fazia descolar do chão, e, no momento em que era marcado para morrer, o Orkut era mais popular que seu primo rico. Para a GWI, prosseguir com uma rede social tão popular como o Orkut poderia minar os esforços de expandir o Google+.
Outro motivo para o Google jogar uma pá de cal no Orkut é a inexistência de usuários fora do Brasil, Índia, Tailândia, Emirados Árabes e Arábia Saudita, aponta a GWI.
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