quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Info: Baidu, o “Google chinês”, abre escritório high tech em SP

Maurício Grego

Seis meses depois de começar a operar no Brasil, o Baidu, conhecido como o “Google chinês”, inaugurou seu escritório em São Paulo. A empresa quer conquistar uma fatia do mercado de buscas na web, no qual o Google tem quase um monopólio no Brasil.

Yan Di, diretor geral do Baidu no Brasil, diz que o buscador já tem 50 milhões de usuários no país. “Atingimos essa marca em apenas seis meses”, afirma ele. Para ampliar sua presença no Brasil com mais rapidez, o Baidu planeja comprar uma empresa de internet no país.

“Já estamos negociando com uma delas”, diz Yan Di, sem revelar qual é a empresa (os portais IG, da portuguesa Ongoing, e Terra, da Telefônica, seriam bons candidatos a uma aquisição).

Buscador de resultados

Para atrair os usuários, o Baidu tenta tornar sua página de resultados de buscas mais informativa que a do Google. Há poucos links para sites nela, e muito conteúdo visível diretamente na página.

Uma pesquisa por uma banda de rock, por exemplo, traz listas de músicas e álbuns. Traz também fotos e vídeos que podem ser abertos na própria página, além de informações em forma de texto.

Quem pesquisa “Metrô de São Paulo” encontra os resultados organizados em abas, uma para cada linha de metrô da cidade. Clicando numa delas, são exibidas informações como horário de funcionamento e um diagrama com as estações.

Quando se busca um aplicativo para PC, o resultado vem acompanhado do botão Baixar Agora, que leva a páginas onde se pode fazer o download. Já pesquisas por produtos geralmente trazem o site oficial do fabricante, o comparador de preços Buscapé e lojas online em destaque. 

Em muitas situações, o usuário que faz uma pesquisa no Baidu não precisa sair da página de resultados para encontrar o que procura. O conteúdo exibido nela vem de parceiros do Baidu. Uma empresa pode pagar para aparecer em destaque entre os resultados de buscas.




É uma política diferente da do Google, que separa claramente resultados determinados pelo algoritmo de pesquisa (conhecidos como resultados orgânicos) de links patrocinados.

“Buscamos o equilíbrio entre links orgânicos e conteúdo de parceiros”, diz Yan Di, diretor geral do Baidu no Brasil. “Quando não há conteúdo relevante de parceiros para o termo pesquisado, só o resultado orgânico é exibido.”

O Baidu ainda não tem, no Brasil, um sistema de links patrocinados como o do Google. Mas pretende implantá-lo futuramente.
Jardim de gadgets
No recém-inaugurado escritório do Baidu, na Zona Sul de São Paulo, chamam atenção os gadgets e objetos de decoração em estilo geek. 

Logo na entrada, há uma campainha com câmera que se comunica com smartphones de alguns dos funcionários. De longe, via internet, um deles pode autorizar a entrada de alguém.

O escritório tem apenas três salas interligadas. Numa delas, ficam os menos de 20 funcionários, sentados lado a lado. Yan Di também fica lá. Num dos cantos, há uma cabine que pode ser usada (em pé) por quem precisar falar ao celular com alguma privacidade. 

Uma segunda sala tem um videogame Xbox One ligado a um televisor e diversos pufes coloridos. Além de servir para jogar, o Xbox é usado para fazer reuniões por videoconferência com a matriz chinesa. 

Nessa sala, há também bonecos, um capacete do Homem de Ferro, um escudo do Capitão América, uma balança que se comunica com smartphones vai Bluetooth e um aspirador de pó robótico. 

No teto, a luminária pode ter sua coloração ajustada por meio do smartphone. O escritório se completa com uma sala de reunião onde cabe a equipe inteira.

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