Com a liberação do iOS 8 na última quarta, 17, a Apple lançou também uma nova política de privacidade. Nela, a empresa afirma que não entregará dados de usuários para polícia e outras entidades ou órgãos, nem mesmo com mandados de busca.
Trata-se de uma reação às denúncias de que companhias de tecnologia teriam sido forçadas a coletar dados pelo governo norte-americano. "Quero ser absolutamente claro que nós nunca trabalhamos com qualquer órgão do governo de qualquer país para criar um backdoor em algum dos nossos produtos ou serviços. Nós nunca vamos permitir o acesso aos nossos servidores", afirma comunicado assinado por Tim Cook.
Agora, ao invés de concordar com pedidos de cortes ou órgãos, a Apple mudou seu sistema de encriptação, prevenindo que nem a empresa ou outra pessoa que não seja a dona do dispositivo tenha acesso aos dados. No iOS8, informações como fotos, notas, contatos, e-mail e outros serão protegidos pelo código de acesso (em inglês, "passcode").
"Ao contrário dos nossos concorrentes, a Apple não pode ignorar o código de acesso e, portanto, não pode acessar esses dados. Portanto, não é tecnicamente viável para nós para responder a mandados de governo para a extração de dados a partir de dispositivos em sua posse com o iOS 8", explica a empresa na política de privacidade.
Vale lembrar, no entanto, que a Apple ainda terá a capacidade - e a responsabilidade legal - de entregar dados armazenados em outros locais, como o seu serviço da nuvem iCloud. Usuários que quiserem evitar qualquer tipo de acesso deverão desativar o backup pela nuvem.
Apesar de revelar esforços para evitar problemas como o escândalo da NSA (Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos), como lembra oWashington Post, a nova política da Apple traz problemas como a descoberta de hackers que armazenarem dados ilegais em seus aparelhos. É o caso do recente vazamento de fotos de celebridades que, agora, nem sempre poderão recorrer por ajuda.
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