Facebook diz que governo não pode criar perfis falsos na rede social
EUA criou perfil em nome de mulher em liberdade condicional.Agência do governo fala em 'consentimento implícito'.
A rede de notícias "CNN" obteve uma carta enviada pelo Facebook a Michele Leonhart, administradora da DEA, órgão norte-americano de combate às drogas. A mensagem critica a DEA pelo uso de um perfil falso criado no Facebook em nome de uma mulher que havia sido presa e estava em liberdade condicional.
"Pedimos que a DEA cesse imediatamente quaisquer atividades no Facebook que envolvam se passar por outros usuários", diz a mensagem datada de 17 de outubro e revelada pela CNN nesta segunda-feira (20).
A mulher, Sondra Arquiett, não sabia que um agente da DEA havia criado um perfil dela no Facebook. Ela ficou sabendo após ser questionada por um amigo sobre as fotos que ela estava publicando na rede – algumas delas apenas de roupa íntima. O caso foi revelado em uma reportagem do site "BuzzFeed" no dia 6 de outubro.
A DEA não nega a criação do perfil, mas argumenta que Sondra deu "consentimento implícito" para uso de seus dados após autorizar que informações armazenadas em seu celular, apreendido pelos agentes, fossem usadas para "auxiliar as investigações".
Timothy Sinnigen, o agente especial que criou o perfil, buscava utilizar o nome de Sondra para ter contato com outros suspeitos de ligação com o tráfico de drogas. Ele e a DEA estão sendo processados pela mulher.
Na carta enviada à Leonhart, o Facebook afirma que os termos de uso do serviço foram violados. "As ações enganosas da DEA violam os termos e políticas que governam o uso do serviço e minam a confiança na comunidade do Facebook", escreveu Joe Sullivan, diretor de segurança da rede social.
A empresa pede uma resposta da DEA em que o órgão declare que não há outros casos de perfis falsos mantidos por seus agentes. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos ainda está "revisando" o caso.
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