terça-feira, 14 de outubro de 2014

IdgNow: Novas baterias duram 20 anos e recarregam em poucos minutos

Criada por pesquisadores da universidade da Singapura, nova tecnologia permite recarga de 70% em dois minutos e pode chegar ao mercado daqui dois anos.

Com o passar dos anos, os aparelhos eletrönicos melhoraram quase que em todas as maneiras, tornando-se mais finos, leves e com mais pixels, além de sempre melhorar o desempenho. Mas no coração de muitos gadgets e até carros elétricos está uma tecnologia que não acompanhou esse mesmo ritmo de inovação: as baterias – mais especificamente, as baterias de lítio e íon.

A tecnologia de bateria é um fator limitante no desenvolvimento de muitas das tecnologias atuais. Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Nanyang, em Singapura, afirmam ter descoberto uma maneira de construir uma bateria melhor – que pode ser recarregada em poucos minutos e dura incríveis 20 anos.

Por que isso importa

Caso essas novas baterias sejam fabricadas em grande escala, elas poderiam acabar com dois dos principais problemas dos aparelhos eletrönicos atuais: longo tempo de recarga e obscolescência forçada.

Os benefícios da recarga rápida não precisam de explicação, mas muitos dos smartphones e tablets atuais não te permitem remover suas baterias (como no caso da Apple, por exemplo), essencialmente te forçando a comprar um novo aparelho quando a bateria de lítio interna começa a ficar fraca após 500 cargas ou mais.

Assim, uma bateria que dure 20 anos iria mudar drasticamente o tempo que as pessoas ficariam com seus smartphones, especialmente com a tendência mais recente de separar os preços dos aparelhos das assinturas por serviços.



Nanotubos de dióxido de titânio

Especificamente, os pesquisadores da NTU alegam que essa nova tecnologia de bateria possui um ciclo de 10 mil recargas – ou seja, você poderia recarregar seu aparelho 10 mil vezes antes que a sua carga máxima comece a ser reduzida.

E permitir esse “truque” bacana não exige uma reimaginação completa de como nós desenvolvemos as baterias. Os pesquisadores substituíram a grafita usada no anodo (eletródo positivo) das baterias de lítio com um gel feito a partir de nanotubos de dióxido de titânio “mil vezes mais fino que o diâmetro de um cabelo humano”.

Usar pequenos nanotubos de dióxido de titânio em vez de grafita também acelera a velocidade com que os elétrons e íons fluem para dentro e fora da bateria. Os pesquisadores afirmam que a bateria deles recarrega mais rapidamente do que baterias tradicionais de lítio, indo de vazia para 70% da carga em apenas dois minutos. Dois minutos!

O professor associado da NTU, Chen Xiaodong, responsável pela invenção, afirma que as baterias feitas com esse gel de dióxido de titânio, podem chegar ao mercado em cerca de dois anos – segundo ele, uma empresa não revelada já está licenciando a tecnologia.

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