Sharon Gaudin
Com apoio da Casa Branca, cientistas e profissionais de saúde vão se reunir nos dias 7 e 8/11 para pensar formas de atuar nas áreas de risco
Pesquisadores de robótica de todos os cantos dos Estados Unidos estão trabalhando juntos para encontrar alternativas de tecnologia que permitam ajudar os profissionais de saúde e as populações nas zonas afetadas pelo Ebola a combater o vírus com mais segurança.
Os especialistas estão considerando o uso de robôs de telepresença, por exemplo, que poderiam atuar como intérpretes e tradutores. Avaliam também o uso de veículos autônomos (drones) para entregar remédios e alimentos, e robôs que poderiam ser encarregados de descontaminar equipamentos e ajudar a dispor dos restos mortais das vítimas do Ebola com menos riscos para os seus operadores humanos.
"O que a robótica pode fazer para ajudar? ", pergunta Robin Murphy, professora de ciência da computação e engenharia na Universidade A&A do Texas, e diretora do Centro de Busca e Recuperação Assistida por Robôs (Center for Robot-Assisted Search and Rescue - CRASAR). Os "roboticistas" precisam aprender com os profissionais de saúde e com as equipes das entidades de ajuda humanitária a aplicar seu conhecimento de tecnologia robótica a favor das equipes nos momentos de crise, diz ela.
Grande mutirão
E para juntar todos esses cérebros na discussão, Murphy está ajudando a coordenar um grande workshop virtual e presencial nos dias 7 e 8 de novembro com múltiplos pontos de presença ao redor do globo. O encontro, chamado Safety Robotics for Ebola Workers, está sendo promovido pelo CRASAR em conjunto com o Departamento de Política de Ciência e Tecnologia da Casa Branca (Office of Science and Technology Policy).
O encontro terá também a participação de membros da Agência de Projetos de Defesa Avançada (Defense Advanced Research Projects Agency - DARPA) e representantes da Worcester Polytechnic Institute (WPI) e da Universidade da Califórnia em Berkeley. Ele terá workshops transmitidos simultaneamente incluindo médicos, profissionais de saúde, pesquisadores acadêmicos, membros das agências humanitárias e empresas comerciais de robótica.
Ouvir para aprender
Murphy disse em entrevista ao Computerworld que ela quer que as pessoas de robótica ouçam diretamente daqueles que estão trabalhando na linha de frente de combate à epidemia o que é necessário fazer para ajudar pacientes, para interromper a disseminação do vírus e proteger os trabalhadores de saúde de serem infectados.
"Criamos o workshop para ouvir, aprender com o que eles vão nos contar e tentar usar isso para ajudar", disse Murphy. "Eles vão dizer o que precisam e nós vamos falar sobre o que podemos oferecer. O que podemos fazer nos próximos meses e o que podemos fazer a longo prazo. O que podemos fazer dentro de cinco anos", diz a pesquisadora.
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