MIKE ISAAC
Se você não consegue vencê-los, junte-se a eles.
As autoridades regulatórias de Chicago aprovaram um plano para criar um ou mais aplicativos que permitiriam que os usuários chamem táxis de qualquer frota da cidade, usando um smartphone. Em Nova York, um vereador propôs app semelhante na segunda-feira (8), para permitir que os moradores façam uma "chamada eletrônica" em busca de um dos 20 mil táxis que circulam na cidade diariamente.
É uma nova orientação para as autoridades das duas cidades, em reação à ascensão de apps como o Uber e o Lyft que permitem contratar carros para transporte.
As autoridades regulatórias de Nova York ainda não votaram sobre o projeto de lei que promoveria a criação do app, proposto inicialmente por Benjamin Kallos, vereador que representa o Upper East Side e Roosevelt Island.
Julio Cortez - 21.nov.14/Associated Press
Smartphones com o aplicativo Uber aberto em Newark, Nova Jérsei
Em Chicago, o plano de criar um app como esse é parte de um pacote conhecido como Reforma Justa para os Taxistas, plano aprovado pelo sindicato dos taxistas e por vereadores, que atualizaria a regulamentação quanto a tarifas de táxis e violações como multas de trânsito, entre outras coisas.
A cidade deve convidar produtores autônomos de software a desenvolver o app ou o conjunto de apps oficiais de Chicago. O Legislativo municipal não forneceu outras informações sobre seu critério de seleção, e nem informou sobre como a iniciativa seria financiada.
"Essas reformas representam o que é necessário para modernizar ainda mais esse segmento em crescimento", afirmou Rahm Emanuel, o prefeito de Chicago, em comunicado. A William Morris Endeavor, agência de talentos na qual Ari, irmão de Emanuel, é um dos sócios dirigentes, é um dos investidores no Uber.
Em apenas cinco anos, o Uber e o Lyft, empresas iniciantes sediadas em San Francisco, abalaram o mercado de táxis e limusines, ao oferecer uma abordagem mais tecnológica para o uso de carros compartilhados. Depois de baixar os apps dessas empresas, os consumidores podem chamar carros escolhendo-os com base em sua localização por GPS, detectada por meio de celulares iPhone ou Android; não é mais necessário chamar um táxi na rua.
Muitos sindicatos de taxistas e motoristas de limusines argumentam que as startups conquistaram espaço em centenas de cidades do planeta sem respeitar as leis e regulamentos locais. Os legisladores de muitas cidades vêm reagindo ao Uber e Lyft, apelando por legislação mais abrangente e normas mais severas sobre como as empresas selecionam os motoristas participantes.
Outras empresas iniciantes tentaram combinar a infraestrutura de transporte existente a novas tecnologias. A Flywheel, por exemplo, permite que usuários chamem táxis eletronicamente em San Francisco, Seattle e Los Angeles, usando um app em seus smartphones. A Hailo, outra empresa iniciante, criou um app que oferece serviço parecido.
Mas Uber e Lyft superam em muito esses concorrentes, no que tange a popularidade e capital: o Uber levantou US$ 2,7 bilhões junto ao setor de capital para empreendimentos, até agora, e o Lyft mais de US$ 300 milhões.
Neste ano, a Hailo suspendeu suas operações na América do Norte para se concentrar inteiramente na Europa; na época, o presidente-executivo da Hailo mencionou o custo "astronômico" de divulgar o serviço nos Estados Unidos e a popularidade do Uber como motivos para sua companhia parar de operar no país.
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