A
fabricante de antivírus Kaspersky Lab informa que ataques a usuários de
internet banking em Portugal estão utilizando códigos de vírus brasileiros. A
praga, conhecida como “Cossta”, é utilizada principalmente no Brasil, mas
algumas versões da praga já estão atuando quase que exclusivamente em Portugal,
segundo Fábio Assolini, analista de vírus da Kaspersky
Uma das pragas encontradas em Portugal consegue monitorar o acesso a quatro bancos do país. Depois que a senha for digitada pelo internauta, as
informações são enviadas aos criminosos. “As técnicas empregadas para roubar
clientes portugueses são basicamente as mesmas utilizadas no Brasil”, afirma
Fábio.
Os ataques começam por e-mail, tentando convencer a vítima a
clicar em um link na mensagem. O download do vírus é então oferecido e, se for
executado, ficará ativo no sistema operacional. Esse modelo é idêntico ao
adotado pelos criminosos brasileiros.
Os vírus também foram detectados em Angola. De acordo com a
Kaspersky, há usuários de bancos portugueses no país, por isso a existência de
ataques com as mesmas pragas disseminadas em Portugal.
Segundo estatísticas recentes, 30% dos correntistas
portugueses – 2,2 milhões – acessam a conta bancária pela internet. No Brasil,
que produz um em cada três vírus bancários do mundo, esse número é de 38
milhões– 40% do total.