segunda-feira, 23 de abril de 2012

Tribuna da Bahia Online: Enfim, a TV 3D sem óculos


Na tela do televisor de 200 polegadas (5,08 metros) de diagonal, as imagens 3D de alta definição podem ser vistas sem necessidade de óculos especiais e num ângulo de visão muito maior do que os sistemas anteriores. O monitor é tão grande que nele cabe um carro inteiro, um tubarão ou pessoas, em tamanho natural.

É o maior protótipo de TV 3D e alta definição já lançado no mundo e o primeiro que permite a visão tridimensional (3D) sem necessidade de óculos especiais, num ângulo muito maior do que as tentativas feitas até aqui por alguns fabricantes. Na realidade, a sensação tridimensional é produzida por um sistema de retroprojeção de 200 equipamentos de multiprojeção colocados atrás da tela. O desenvolvimento desses projetores e da tela foi feito pelo Instituto Nacional de Informação e Comunicação (NICT, na sigla em inglês), entidade estatal japonesa de pesquisa tecnológica, em colaboração com a JVC Kenwood Corp.

A TV 3D sem necessidade de óculos especiais (Glasses-free 3D TV) deverá chegar ao mercado em 2013, ou seja, dois anos mais cedo do que se esperava, segundo expectativa dos dirigentes do NICT. O novo avanço, demonstrado com grande
sucesso no NAB Show 2012, no pavilhão dedicado à pesquisa internacional, é bem superior ao televisor 3D glasses-free da Toshiba, porque permite boa visão com um ângulo de visão bem maior do espectador.

TV Multissensorial - Muito além da alta definição e das imagens tridimensionais, a TV multissensorial traz novos recursos que até há pouco não passavam de ficção. Diante de um roseiral em flor, a TV pode simular até o perfume das flores. Em cenas de batalha, a plateia sente até o cheiro da pólvora dos canhões. Num filme de terremoto, nossa poltrona vibra e simula tremor.

Esse sistema multissensorial e interativo é outra contribuição do NICT no mesmo espaço do International Research Park, no NAB Show 2012. O laboratório japonês apresentou o protótipo da TV multi-sensorial interativa, também chamada de TV 4D, por tudo que acrescenta à tecnologia 3D, com o objetivo de levar mais realismo à TV e ao cinema.

Segundo os pesquisadores do NICT, o sistema multissensorial e interativo de TV poderá ter aplicações nas áreas científicas, no treinamento e no planejamento de cirurgias, em designs ou projetos de alta qualidade e em sistemas de televendas e comércio eletrônico.

Computação em nuvem

A computação em nuvem chegou ao NAB Show em 2012 com toda a força. Isso significa que, num futuro próximo, leitor, poderemos baixar conteúdos gratuitos ou pagos em qualquer lugar e a qualquer hora (anywhere, anytime). Poderemos assistir a tudo, tanto online, quanto off-line.

O programa de rádio ou de TV que não conseguimos acompanhar ao vivo, em tempo real, poderá estar lá na nuvem, guardado, para ser visto no momento que melhor lhe convier, off-line.

A nuvem chegou ao mundo do audiovisual, em particular ao broadcasting ou radiodifusão, quer dizer, em difusão aberta, pela atmosfera ou pela internet. E o melhor disso tudo é que os radiodifusores de todo o mundo já começam a descobrir o potencial da nuvem – seja para o rádio, para a TV, o cinema ou qualquer outro conteúdo ou outras formas de multimídia, como os serviços híbridos da web.

Inicialmente, a nuvem começa a servir prioritariamente às emissoras, produtoras, distribuidoras e redes em geral. Mas a tendência inexorável é chegar ao usuário final, em especial com a multiplicação das opções de dispositivos móveis capazes de receber conteúdos de áudio, música, vídeo, podcasts, clippings, noticiários e tudo o mais que a indústria do audiovisual puder oferecer.

Este NAB Show 2012 comprovou as vantagens das aplicações da nuvem para dinamizar a cadeia de programação de rádio, de armazenamento de conteúdos de cinema, de produções corporativas de áudio e vídeo e de múltiplos conteúdos gerados pelos usuários.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

deixe aqui seu comentário