Rio de Janeiro - Pesquisadores brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil, de quaisquer áreas, com idade até 35 anos, poderão disputar o prêmio TR35, que o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos, está trazendo ao país. A iniciativa conta com apoio da Incubadora de Empresas da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ).
O objetivo da premiação é destacar trabalhos inovadores capazes de revolucionar o mundo da tecnologia e dos negócios em um futuro próximo. Para a gerente de Operações da incubadora da Coppe, Lucimar Dantas, é uma oportunidade inédita que os pesquisadores no Brasil têm para participar de um prêmio que já existe há dez anos. Segundo ela, os dez vencedores da primeira edição brasileira passarão a ter “visibilidade internacional”.
Embora não haja prêmio em dinheiro, a gerente ressaltou que a iniciativa poderá render frutos mais adiante para os pesquisadores, facilitando, inclusive, a atração de investimentos para os projetos. “Haverá uma visibilidade dessas pessoas para investidores, parceiros estratégicos. Com certeza, é uma janela de visibilidade”, reiterou em entrevista à Agência Brasil.
Em uma década de premiação, foram contemplados com o TR35 pesquisadores como Mark Zuckerberg e Sergey Brin, criadores, respectivamente, da rede social Facebook e da empresa desenvolvedora de serviços pela internet Google.
Os interessados podem desenvolver seu trabalho em universidades e centros de pesquisa brasileiros, públicos e privados, e também em empresas. Não há exigência de vinculação com a incubadora da UFRJ.
As inscrições podem ser feitas até o dia 30. A seleção dos dez melhores trabalhos ocorrerá entre agosto e novembro, quando está prevista a entrega dos prêmios. Biotecnologia, desenvolvimento de novos materiais, energia, softwares (programas de computador) e transportes são algumas áreas englobadas pela premiação.
Existente há 18 anos, a Incubadora de Empresas da Coppe faturou, em 2011, R$ 182 milhões, com aumento de 13% em comparação ao ano anterior. Atualmente, a incubadora tem 15 empresas residentes e 48 graduadas que, juntas, geraram mais de mil empregos. “Há esse viés de empregos altamente qualificados e uma grande incidência de mestres e doutores. Esse é um ponto diferenciado desses empregos”, destacou Lucimar Dantas.
A incubadora lançou este mês um edital para ingresso de mais quatro empresas até o final do ano. “Em setembro, passaremos a ter 19 [empresas residentes]”, comemorou ela. Empresas voltadas a negócios nos setores de petróleo, energia, meio ambiente e tecnologia da informação (TI) são maioria na incubadora.
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