terça-feira, 18 de dezembro de 2012

TI INSIDE: Mudanças na ferramenta de buscas deve livrar Google de multa milionária



A Comissão de Comércio Federal dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) deve encerrar a investigação antitruste relativa ao domínio do Google no setor de buscas na internet, que já dura dois anos. A medida, se confirmada, pode desagradar os rivais por não contemplar uma punição por práticas anticompetitivas.

Segundo pessoas ligadas ao assunto ouvidas pelo The Wall Street Journal, a FTC irá suspender as investigações até o fim desta semana devido a série de mudanças voluntárias feitas pelo Google para adequar as buscas às normas das agências reguladoras. Assim, o Google não teria que firmar um acordo ou qualquer documento formal.

A empresa é investigada por favorecer seus serviços em seus resultados de busca e prejudicar empresas rivais. As práticas foram discutidas pela FTC e a Comissão Europeia. A questão é que o Google detém cerca de dois terços do mercado de buscas americano, segundo a comScore, e mais de 80% em outros países. O argumento das autoridades é que a ferramenta influencia diretamente o acesso de novos consumidores a diversos tipos de serviços.

Entre as alterações colocadas em práticas pela companhia desde 2010, estão a não utilizar trechos de páginas incorporadas nos resultados de buscas e a separação da página de consultas de produtos vendidos online, o Google Shopping, em um serviço independente do buscador principal.

O acordo não contempla o uso das patentes herdadas com a compra da Motorola Mobility, a qual provavelmente renderia um termo de compromisso similar ao imposto à Apple e à Microsoft. Sobre esta questão em particular, a FTC acredita no uso desleal das tecnologias e ainda pode obrigar o Google a assinar um acordo no qual garanta a licença a concorrentes a um preço razoável e justo.

Procurada pelo The Wall Street Journal, a empresa enviou um comunicado no qual afirma continuar a “cooperar com o trabalho da FTC e estar disposta a responder a qualquer questão do órgão”. Já a FTC não quis comentar a o assunto. 

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