Rejeitar as retificações sugeridas pela Google no âmbito da investigação sobre práticas anti-concorrenciais movida pela Comissão Europeia é o que propõem as organizações que têm avaliado as propostas da empresa. E há quem sugira até a regulação da busca online.
Na opinião de Michael Weber, CEO da Hot Map, o período de testes das correções sugeridas pelo Google, com término previsto para a próxima quinta-feira, não foi suficiente para uma boa avaliação. “Não se pode fazer um estudo científico sério em um mês”, disse. Ele e outros, solicitaram à Comissão uma prorrogação de dois a três meses, mas só foram concedidas mais quatro semanas.
Weber não se impressionou com as correções sugeridas pela Google e disse que uma declaração formal de objeções por parte da Comissão Europeia teria sido melhor do que as negociações em curso. A Google propôs, por exemplo, rotular de forma distintiva as suas ligações preferenciais para os seus próprios sites nos resultados de pesquisa.
Mas os editores dizem que isso vai levar os consumidores a pensarem que os links foram de alguma forma constituídos sob medida para certas consultas e interesses, causando danos ainda maiores à concorrência. A empresa propôs também incluir os links para os serviços de busca rivais nos resultados de pesquisa sobre restaurantes especializados (que geram receitas para a Google).
Os serviços pagos da Google seriam separados da pesquisa geral e tratados mais como publicidade. Finalmente, a Google concordou em remover cláusulas de exclusividade de todos os contratos futuros e de quaisquer contratos de publicidade legados.
E prometeu que irá oferecer ferramentas para evitar a extração automática e em massa de informações de sites, permitindo que os proprietários de conteúdos optem por não aderir a esse sistema. Mas muitos queixosos reuniram-se em Bruxelas esta terça-feira, 25/6, para apresentar a sua posição sobre as propostas, e a opinião geral é de que a busca online é como uma ferramenta na Internet e por isso deve ser regulada como um serviço de telecomunicações ou de eletricidade.
“Todos dependem dela”, disse Weber. “Infelizmente, ninguém pensou que uma única empresa controlasse o acesso à Internet.” A Google tem 95% do mercado de buscas na UE.
Muitos queixosos dizem que as correções propostas não vão suficientemente longe, por não se aplicarem às buscas redirecionadas para novos domínios de topo, tais como “fly” ou “Hotel”.
“Google vai explorar as brechas”
Outros pensam que as correções não fariam muita diferença para a empresa de qualquer maneira. “A Google vai explorar as brechas. Olhem para o que faz com os impostos”, disse Kate Sutton, diretora comercial da Streetmap.
Centenas de editores e suas associações comerciais escreveram uma carta aberta a Joaquin Almunia, exortando o comissário para a concorrência a rejeitar as propostas completamente.
“Como requisito mínimo, a Google devia manter todos os serviços, incluindo os próprios, sob os mesmos padrões, usando exatamente a mesma capacidade de rastreio, indexação, classificação, apresentação e algoritmos de penalização”, disse um dos signatários, Helmut Heinen, presidente da federação de editores de jornais alemães.
Fonte: Baker, Jennifer . "Adversários do Google defendem que busca online seja regulada - IDG Now!." IDG Now! - Noticias de tecnologia, internet, segurança, mercado, telecom e carreira. http://idgnow.uol.com.br/internet/2013/06/25/adversarios-do-google-defendem-que-busca-online-seja-regulada/ (accessed June 26, 2013).
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