Hoje é impossível olhar notícias de tecnologia sem tropeçar no termo Big Data. E isso não é uma surpresa, já que os benefícios obtidos pela análise de dados em insights são comprovados e muito significativos. Assim uma grande questão é lançada: quem vai realmente cuidar de todos esses dados?
Analistas e cientistas de dados são as profissões quentes agora, dado o valor que eles podem entregar para as empresas – especialmente aquelas que estão guardando os grandes volumes de informação digital que estão sendo reunidas a cada minuto.
No entanto, não há profissionais suficientes para preencher todas as posições abertas e isso significa que oportunidades de descobrir novos insights estão sendo perdidas enquanto as empresas se esforçam para preencher esses papéis cruciais.
O principal desafio é que os cientistas de dados têm um conjunto de habilidades muito específico: uma experiência nascida de educação, tempo, experiência e capacidade técnica. Qualquer outro que falte um ou dois aspectos desse conjunto não consegue preencher todos os requisitos que as empresas anseiam.
Mesmo que os avanços da tecnologia ajudem a fazer o que costumava estar na seara de Ph.D’s, ainda há muitas vagas abertas que necessitam de qualidades como perícia na análise de dados, uma tendência que não mostra sinais de reversão a curto prazo.
A terceira edição do “State of Business Intelligence”, estudo recente patrocinado pela Teradata, forneceu um olhar profundo da importância de grandes volumes de dados e a aproximação da escassez de talentos. A conclusão foi a descoberta das seguintes peças do quebra-cabeça:
- Empresas não sabem utilizar os recursos de Big Data
As companhias sabem que Big Data é importante, mas, infelizmente, nem sempre têm certeza de como tirar o máximo proveito dela. Entre os entrevistados pelo estudo, 72% disseram que querem obter um melhor controle e compreensão de seus dados. Já 66% eram a favor de colocar os dados mais “suaves” (incluindo conversas de mídia social) entre as análises também.
- Faltam profissionais
Há uma grande escassez de talentos em ciência de dados e recém-formados de tecnologia estão perpetuando o problema. A pesquisa constatou que os recentes graduados de tecnologia da informação não têm nessa área sua primeira prioridade. Eles têm se centrado em funções em TI ou sistemas analíticos (35%), desenvolvimento de programas (32%), gerenciamento de dados (30%) e análise de negócios (22%).
- Terreno desconhecido para os profissionais de TI
A viabilidade e a segurança das carreiras de ciência de dados não correspondem à demanda por seus talentos. Mesmo com posições em aberto, muitos deixam o campo depois de menos de seis anos no cargo. Eles enfrentam preocupações sobre quanto tempo as suas posições vão durar, quais os tipos de padrões que estão sendo esperados e quanto as empresas estão dispostas a investir em seus esforços – e resultados.
O que pode ser feito para corrigir essa situação? Veja algumas sugestões:
- Profissionalizar por meio da iniciativa privada
Construir uma comunidade de ciência de dados mais forte com o apoio das empresas que utilizam os grandes volumes de informações. Isso significa a criação de recursos mais profissionais, oferecimento de mais oportunidades para realizar conversas e mais reconhecimento para os profissionais qualificados.
- Parametrizar a função
Criar uma descrição do trabalho e, em seguida, explicar isso para todos os outros. É difícil ter sucesso quando ninguém entende o seu trabalho. Ao oferecer aos empregados uma maior compreensão das responsabilidades de um cientista de dados, é possível criar mais oportunidades de colaboração, reconhecimento e apreço.
- Recrutar formandos
Chegar aos futuros formandos com informações sobre as chances nessa carreira em sua empresa é uma ótima maneira de chamar o talento que você precisa. Uma ideia é oferecer orientação de profissionais de dados dentro de sua equipe, bolsas de estudo e programas de reembolso de matrícula, entre outros recursos, para assegurar o caminho certo e direto para as suas portas.
-Investir em talentos
A ciência de dados não é apenas uma função. É necessário também promover uma cultura de analistas inteligentes dentro das equipes de TI – ou das equipes de operações de marketing – e em funcionários que demonstram habilidade natural. Se você vê potencial na inclinação natural de um funcionário que manifesta interesse em Big Data, por que não oferecer educação e outros recursos para incentivar uma mudança na sua carreira?
Cientistas de dados estão cada vez mais conhecidos como as estrelas de rock do mundo da tecnologia, mas simplesmente não há um número suficiente deles. Se as empresas podem desenvolver condutas de carreira que se conectam mais diretamente às suas necessidades internas, eles têm mais chances de promover e manter esse talento!
Fonte: Boehnlein, Bob . "Como superar a escassez de talentos em ciência de dados - CIO." CIO - Gestão, estratégias e negócios em TI para líderes corporativos. http://cio.uol.com.br/tecnologia/2013/07/05/como-superar-a-escassez-de-talentos-em-ciencia-de-dados/ (accessed July 8, 2013).
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