segunda-feira, 23 de setembro de 2013

CIO: Cresce a preocupação com a qualidade das aplicações móveis



As empresas estão alocando um quarto do seu orçamento de TI para testes e garantia de qualidade das suas aplicações, revela a útima edição do estudo mundial World Quality Report, realizado pela Capgemini, Sogeti e a HP Software.

Consoante “as empresas avançam nos processos de transformação digital, e a confiabilidade das aplicações torna-se cada vez mais crítica para o desenvolvimento das suas operações e da reputação dos seus negócios”. Assim, “os testes e a garantia de qualidade das aplicações (Testing & Quality Assurance ou T&QA) estão ganhando protagonismo crescente”, dizem as empresas realizadoras do estudo em comunicado.

No entanto, “muitas empresas estão atrasadas no que diz respeito aos testes das suas aplicações móveis, e não conseguem avaliar efetivamente a sua rentabilidade e impacto”.

Segundo dados do estudo, “o aumento constante do parque aplicacional das empresas é proporcional ao crescimento do peso dos processos de garantia de qualidade nos orçamentos de TI (18% em 2012, contra 23% em 2013). Apesar disso, ainda são muitas as organizações que se debatem com dificuldades para demonstrar o verdadeiro valor que os processos de T&QA têm para os seus negócios.

Ainda que a mobilidade seja um canal privilegiado de relacionamento com os seus clientes e colaboradores, cerca de metade dos inquiridos (45%) não consegue validar eficazmente as funcionalidades, o desempenho e a segurança das suas aplicações e dispositivos móveis. Embora o estudo sublinhe que as empresas estejam testando cada vez mais as suas aplicações móveis (55% em 2013 contra os 31% em 2012), mais de metade dos inquiridos (56%) referiram que a maior barreira à implementação de práticas de teste e garantia de qualidade é a ausência de métodos específicos para as suas respetivas áreas de atividade.

Outra das dificuldades considerada relevante, e que foi apontada neste âmbito por 48% dos inquiridos, é o fato das empresas não possuirem o número necessário de especialistas nesta matéria.

Nesse sentido, “o World Quality Report revela também que a procura por profissionais especializados em testes e conhecedores da sua área de atividade, ou do setor onde operam, acontece em número cada vez maior. Quase dois terços dos participantes da pesquisa (63%) afirmaram que é fundamental que os seus colaboradores da área de testes conheçam as atividades das suas empresas, porque a garantia de qualidade tem que estar cada vez mais alinhada com as prioridades estratégicas dos seus negócios”.

Ainda segundo o comunicado, “cerca de um quarto das empresas pesquisasas este ano (26% contra 8% em 2012), revelou ter procedido à consolidação da função de garantia da qualidade nos seus projetos, linhas de negócio e nas suas organizações, de forma transversal. Cerca de uma em cada cinco das empresas (19%) afirmou possuir um centro de testes e excelência completamente operacional para servir as necessidades do seu negócio, contra apenas 6% no último ano, com os procedimentos de teste tendo tornado-se cada vez mais industrializados dentro das organizações”.

O estudo identifica ainda “métricas de retorno de investimento do negócio mais globais, como por exemplo o contributo do T&QA para a redução do ‘time to market’ (45%), ou para otimização dos custos através da prevenção de eventuais falhas (39%). No entanto, muitas organizações ainda não procedem à recolha destes dados, limitando-se apenas a identificar o número de falhas (73%) e os custos envolvidos com cada teste (55%). Por outro lado, 45% das empresas ouvidas revelaram que os testes nos processos de criação das aplicações ocorrem tardiamente, inviabilizando a possibilidade de melhorarem realmente as aplicações.

“As aplicações são cada vez mais a principal interface entre as empresas e os seus clientes”, nota Michel de Meijer, Leader Global Service Line Testing da Capgemini & Sogeti. “Estas aplicações são frequentemente disponibilizadas através de vários canais e dispositivos, e os usuários finais são cada vez menos tolerantes às falhas funcionais, aos níveis de desempenho fracos e à existência de falhas de segurança”.

O World Quality Report 2013-14 baseia-se em entrevistas telefônicas com 1.5 mil CIOs, gestores de TI e responsáveis de aplicações e gestão de qualidade em 25 países, incluindo o Brasil.

Confira outros dados:


Fonte: "Cresce a preocupação com a qualidade das aplicações móveis - CIO." CIO - Gestão, estratégias e negócios em TI para líderes corporativos. http://cio.uol.com.br/gestao/2013/09/19/cresce-a-preocupacao-com-a-qualidade-das-aplicacoes-moveis/ (accessed September 23, 2013).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

deixe aqui seu comentário