terça-feira, 30 de dezembro de 2014

G1: Hacker diz ter clonado digital de ministra alemã

Hacker diz ter clonado digital de ministra alemã
Caso amplia dúvidas sobre segurança da biometria por impressão digital - método usado para identificar eleitores no Brasil.  
Ursula von der Leyen, ministra da Defesa da
Alemanha, pode ter tido sua digital clonada

Um membro da rede de hackers Chaos Computer Club (CCC) diz ter clonado a impressão digital de uma política alemã usando imagens feitas de seu dedo durante uma entrevista coletiva.

Jan Krissler garante que teria conseguido falsificar a impressão digital da ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, a partir de fotos feitas com uma câmera fotográfica comum.

O caso parece reforçar a ideia, defendia por alguns especialistas, de que a biometria por impressão digital - que começou a ser usada em urnas eletrônicas no Brasil - deixou de ser um método seguro para proteger dados e identificar pessoas.

As declarações de Krissler - também chamado de "starbug" no circuito dos hackers - foram feitas em uma convenção para integrantes do CCC, que, aos 31 anos, diz ser "a maior associação de hackers da Europa". Sua palestra também foi transmitida online a partir do site da associação.

Segundo o hacker, as fotos de Von der Leyen teriam sido feitas em outubro. Um "close" de seu dedo e algumas outras fotos de ângulos diferentes teriam sido suficientes para falsificar a digital da ministra.

"No passado já havia sido demonstrado como é fácil 'roubar' a impressão digital de uma pessoa se ela tocar uma superfície polida (como um vidro ou um celular)", diz o texto de apresentação da palestra de Krissler no site da CCC.

"Agora, uma nova e às vezes surpreendente maneira de fazer isso será demonstrada. E com esse conhecimento não haverá mais a necessidade de se roubar objetos com as digitais (a serem clonadas)."

Foto de dedo de ministra teria sido tirada durante entrevista coletiva

Durante seu discurso, Krissler sugeriu que, após ouvirem sobre sua descoberta, "os políticos provavelmente passarão a usar luvas ao falar em público" .

Falhas e alternativas

Além de ser usado durante as eleições brasileiras, o sistema de identificação por impressão digital também é utilizado como medida de segurança em dispositivos da Apple e da Samsung.

"Não é fácil falsificar um teste de biometria que depende de informações estáticas - como identificação da face ou de impressões digitais, mas há um certo reconhecimento de que esses sistemas têm falhas", diz o especialista em segurança cibernética Alan Woodward, da Universidade de Surrey.

Woodward diz que já há métodos que reconhecem características mais difíceis de serem replicadas, como as veias dos dedos ou o movimento do corpo.

Em setembro, por exemplo, o banco Barclays lançou para clientes corporativos esse sistema de reconhecimento que identifica as vasos sanguíneos dos dedos.

A técnica também seria utilizada em caixas eletrônicos no Japão e na Polônia.

Segundo a empresa Hitachi, que fabrica aparelhos que fazem esse reconhecimento, ele é possível porque as veias têm uma composição única em cada indivíduo.

Testes feitos na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Geral de Southampton em 2013 indicam que esses padrões não são alterados por mudanças na pressão arterial. 

G1: Gmail é bloqueado na China

Gmail é bloqueado na China  
Usuários do serviço disseram que ele não funcionava nesta segunda.
Tráfego diminuiu desde sexta-feira (26). 

O Gmail, do Google, foi bloqueado na China após meses de interrupções do maior serviço de email do mundo, e um grupo de ativistas anticensura sugeriu que a culpa era da intervenção do país asiático na internet.

Vários endereços do Gmail na internet foram cortados na China na sexta-feira (26), disse o GreatFire.org, um grupo de defesa de liberdade de expressão com sede na China. Usuários disseram que o serviço ainda estava sem funcionar nesta segunda-feira (29).


"Eu acho que o governo está apenas tentando eliminar a presença do Google na China e até enfraquecer seu mercado no exterior", disse um membro do GreatFire.org, que utiliza um pseudônimo.

"Imagine se os usuários do Gmail não puderem entrar em contato com clientes chineses. Muitas pessoas fora da China podem ser forçadas a trocar o Gmail".

O Relatório de Transparência do próprio Google, que mostra o tráfego de serviços do Google, mostrou uma diminuição do tráfego do Gmail na China na sexta-feira.

"Nós checamos e não há nada errado na nossa ponta", disse em um email um porta-voz do Google em Cingapura.

Quase todos os serviços do Google estão sendo pesadamente interrompidos na China desde junho deste ano, mas até a semana passada os usuários do Gmail ainda podiam acessar emails baixados via protocolos como IMAP, SMTP e POP3. Eles permitiam que as pessoas se comunicassem usando o Gmail em aplicativos como o email do iPhone, da Apple, e o Microsoft Outlook.

A China mantém controle pesado da Internet, impedindo quaisquer sinais de dissidência ou desafios ao Partido Comunista.

G1: '3 horas para ver um clipe': cubanos relatam drama de interagir em redes sociais

'3 horas para ver um clipe': cubanos relatam drama de interagir em redes sociais
#SalaSocial Reaproximação com EUA deve impactar telecomunicações na ilha; 'Ter internet em Cuba hoje é mais difícil que ter telefone fixo há 30 anos no Brasil', diz dono de site.
Cuba ocupa 160º lugar em um ranking mundial que mede acesso a telefonia, banda larga, residências com internet e computadores

Cubanos natos, moradores e visitantes da ilha governada pelos Castro a rigor podem acessar o YouTube com liberdade. O problema é que, na prática, a maioria não consegue assistir a nenhum vídeo.

Velocidade, qualidade de conexão, preço e quantidade de pontos de acesso à internet sempre foram pedras no caminho de quem passa pelo único país comunista das Américas. Agora, se depender das promessas recentes de Raúl Castro e Barack Obama, líderes de Cuba e dos Estados Unidos, a barricada tecnológica pode cair.

Em discurso simultâneo feito em 17 de dezembro, ambos anunciaram, entre outras medidas, que provedores americanos de telecomunicações poderão instalar sua infraestrutura e exportar serviços para a ilha caribenha. Para "melhorar a comunicação entre os países", a Casa Branca disse por comunicado que quer estimular a oferta de "serviços comerciais de telecomunicações e internet" - inclusive via smartphones.

À BBC Brasil, moradores da ilha disseram que uma única hora de acesso à rede hoje pode custar até US$ 8. O valor equivale a 40% do salário mensal de 8 em cada 10 cubanos - cuja renda é de aproximadamente US$ 20 por mês.

Incomum em residências, o acesso é realizado normalmente em universidades ou espécies de lan houses estatais criadas pelo governo em 2013 - há 154 no país, segundo fontes oficiais.

Mas enquanto o Estado afirma que 25% dos cubanos têm acesso à rede, entidades internacionais de direitos humanos alertam que apenas 5% acessam a "internet total", isto é, sem restrições, páginas controladas ou bloqueadas.

De acordo com relatório divulgado em novembro pela UIT (União Internacional de Telecomunicacões), Cuba ocupa o 160º lugar em um ranking mundial que mede acesso a telefonia, banda larga, residências com internet e computadores.

A lista inclui 166 países - considerados piores que Cuba, só a Eritrea, a República Democrática do Congo, a República Centro-Africana, Chade, Mianmar e Madagascar.

Revolução

Governo cubano diz que falta de internet é fruto de bloqueio dos EUA; americanos dizem que limitação é estratégia cubana para controlar cidadãos

Duas justificativas distintas são frequentes para explicar a dificuldade de conexão da ilha, segundo os cubanos entrevistados.

Por um lado, simpatizantes de Raúl Castro atribuem as limitações ao embargo econômico imposto pelos Estados Unidos. Outros argumentam que a má qualidade do acesso seria uma forma conveniente de dificultar o contato dos moradores da ilha com outras pessoas e com as informações em circulação.

"Posso deixar um videoclipe carregando por três horas e sei que não vou conseguir assisti-lo", disse ao #SalaSocial da BBC Brasil o documentarista cubano Ismael Perdomo, de 43 anos, que vive em Havana.

A ligação para o telefone fixo do cineasta caiu quatro vezes durante uma hora de conversa.

Criador do site Cuba24horas.com, onde publica minidocumentários como Havana-Miami: Os tempos mudam (série de histórias sobre a vida dos cubanos que vivem nas duas cidades), Perdomo lamenta que seus conterrâneos tenham "perdido muita coisa do mundo digital".

"Ter internet em Cuba hoje é mais difícil que ter telefone fixo há 30 anos no Brasil", diz. Ele se refere à época em que uma linha telefônica comum chegava a custar US$ 3 mil nas principais capitais brasileiras e demorava anos para ser instalada.

O cineasta, entretanto, defende o regime comunista que rege a ilha desde o início do castrismo, em 1959.

"A pressão financeira nos fez um país pequeno", argumenta. "Cuba precisa de muitas mudanças, mas nossa revolução foi autêntica, legítima e durou muitos anos. É uma etapa importante que passou e agora queremos alcançar o resto do mundo."

Sua opinião não coincide com a de muitos moradores da ilha - caso da espanhola Libia Pérez, que vive em San Antonio de los Baños, a 27 quilômetros de Havana. "Quem vive fora da ilha tem muito mais facilidade de se informar sobre o que acontece em Cuba do quem vive dentro", ela diz.

À reportagem, por meio de mensagens privadas no Facebook, Pérez questiona o argumento de que a internet ruim seria culpa do bloqueio. "Agora é hora de comprovar. A suspeita geral é contra o governo, que parece não querer abrir esta janela ao povo", diz.

Redes

Mas qual será o alcance local das redes sociais - reconhecidas em todo o ocidente como espaços de discussão política, críticas a governos e organização de eventos como as "primaveras" que se espalharam por vários países?

Segundo o documentarista Perdomo, elas são mais usadas como ferramentas de comunicação do que fonte de informação ou questionamento.

"Fizemos uma pesquisa local e, para a maioria dos garotos, as redes sociais são apenas espaços para conversar com amigos distantes e familiares no exterior", diz.

A conclusão foi que as redes funcionam em Cuba como um "telefone mais moderno", e não como espaço para troca de notícias e dados, diz o morador de Havana.

Leia mais? `Os cubanos não têm sentimentos antiamericanos'

Nas palavras do conterrâneo Pablo Nuñez, de 19 anos, os cubanos "não tiveram chance" de criar o hábito de usar as redes como ferramenta crítica. "Com a baixa velocidade, as redes aqui servem para o básico: mandar e receber notícias, às vezes fotos, para as pessoas que amamos", diz.

Graças ao mercado negro, as redes sociais por lá acabam se tornando "analógicas": para driblar restrições, os cubanos têm o hábito de fazer circular HDs externos, CDs e até disquetes com vídeos, fotos e textos que poderiam ser questionados pelo governo ou demorar muito para serem acessados pelo computador.

O estado das comunicações digitais é complicado pelo fato de boa parte dos cidadãos usar o que se chama internacionalmente de "intranet cubana".

De acordo com o jornal Washington Post, a internet para a maioria dos cubanos se restringe a um sistema local que inclui e-mails, sites favoráveis ao governo "e um punhado de outros serviços". A "internet completa" fica restrita a estrangeiros em hotéis e universidades e alguns profissionais cubanos autorizados pelo governo.

Pablo desconversa quando questionado se poderia criticar o que não lhe agradasse no governo. "Há muitas maneiras de se mostrar o que se sente. Não precisa ser na frente do computador." 

IdgNow: Facebook pede desculpas após app de retrospectiva relembrar momentos ruins

Facebook pede desculpas após app de retrospectiva relembrar momentos ruins


Web designer criticou recurso da rede social por trazer foto de filha recém-falecida entre "os pontos altos" de 2014.

O Facebook se desculpou na última sexta-feira, 26/12, após o seu aplicativo de retrospectiva trazer memórias ruins para o web designer Eric Meyer.

Em seu blog, Meyer analisou e explicou o erro do aplicativo Year in Review, do Facebook, que junta um “pacote” os posts e fotos mais curtidas do usuário. Mas, para o designer, isso significou ver uma foto da sua filha que faleceu há pouco tempo, cerca por ícones “alegres” da rede social.

O usuário também criticou o fato que a ferramenta foi exibida no seu feed padrão no Facebook e que não havia um recurso fácil de acessar para conseguir esconder a retrospectiva em questão.

Facebook se desculpa...

No final de semana, o jornal Washington Post publicou um pedido de desculpas do gerente de produtos do Facebook, Jonathan Gheller, sobre o incidente. “O aplicativo foi incrível para muitas pessoas, mas claramente nós trouxemos tristeza em vez de alegria neste caso.”

...e o usuário também

Meyer confirmou o recebimento de um pedido pessoal de desculpas enviado diretamente pelo Facebook e disse que sua intenção com o post foi alertar para o fato de que o design na web quase nunca leva em conta os chamados “piores cenários possíveis”.

Por fim, o designer pediu desculpas à equipe responsável do Facebook por “derrubar a Internet na cabeça deles durante o Natal”.

IdgNow: Microsoft prepara novo navegador para o Windows 10, diz site

Microsoft prepara novo navegador para o Windows 10, diz site

Segundo página especializada, novo browser da empresa seria chamado Spartan e teria características dos rivais Chrome e Firefox. IE continuaria sendo oferecido.
A Microsoft trabalha em um navegador totalmente novo para o Windows 10 que teria o codenome de Spartan, segundo informações do site especializado ZDNet.

De acordo com a página, esse novo browser não é o Internet Explorer 12, possível próxima versão do velho conhecido browser da empresa que ganha uma atualização com a chegada de produtos importantes.

Com esse novo navegador, a Microsoft estaria planejando começar do zero nesse segmento com um browser que tenha características dos rivais Chrome, do Google, e Firefox, da Mozilla, aponta a ZDNet.

No entanto, a possível chegada do Spartan não significaria o fim do Internet Explorer, que continuaria sendo oferecido juntamente com o Windows 10 por questões de compatibilidade – assim, o novo sistema chegaria aos consumidores com dois browsers diferentes.

Vale lembrar que a Microsoft agendou um evento especial sobre o Windows 10 para o próximo 21 de janeiro. Pode ser que a empresa já fale sobre essa novidade muito em breve, pelo jeito.

G1: Fabricante de smartphones Xiaomi levanta US$ 1,1 bilhão de investidores

Fabricante de smartphones Xiaomi levanta US$ 1,1 bilhão de investidores
'Apple da China' é terceira maior fabricante de smartphones do mundo.
Valor de mercado da companhia alcançou US$ 45 bilhões.
A chinesa Xiaomi, uma das fabricantes de smartphones de maior crescimento no mundo, levantou US$ 1,1 bilhão em uma rodada de captação que cimenta seu status como uma das empresas privadas de tecnologia mais valiosas do mundo, com valor de US$ 45 bilhões.

Os investidores incluem fundos de private equity como All-Stars Investment, DST Global, Hopu Investment Management e Yunfeng Capital, assim como o fundo soberano de Cingapura GIC, disse o presidente-executivo da empresa, Lei Jun, nesta segunda-feira (29) em Weibo.

A operação representa um dos primeiros investimentos de alto nível do All-Stars, um fundo estabelecido recentemente e liderado pelo ex-analista de tecnologia do Morgan Stanley Richard Ji. Também fortalece as ligações entre Lei Jun e o magnata de tecnologia Jack Ma, presidente do Conselho do grupo Alibaba que investe de forma privada por meio de seu fundo Yunfeng Capital.

Dados das vendas da indústria dos últimos trimestres mostram que a Xiaomi elevou-se em apenas três anos para se tornar a terceira maior fabricante de smartphones do mundo -- atrás apenas da Samsung Electronics e da Apple -- e sua última rodada de investimentos reforça sua posição como uma das companhias privadas mais valiosas do mundo.

Agora avaliada em US$ 45 bilhões, a Xiaomi alcançou aproximadamente três vezes o valor de mercado da Lenovo, maior fabricante de PCs do mundo, e mais do que o quádruplo da avaliação de US$ 10 bilhões de dólares que tinha em sua última rodada de investimentos, em 2013. 

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Secom: Projeto RH Bahia conclui segunda fase das ações em fevereiro de 2015

Projeto RH Bahia conclui segunda fase das ações em fevereiro de 2015 
 
A segunda fase das ações do Projeto RH Bahia, iniciativa da Secretaria da Administração (Saeb), em parceria com a Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb), está com a conclusão prevista para o mês de fevereiro de 2015.
Sessenta e sete órgãos, incluindo empresas públicas, autarquias e outras instituições da administração direta e indireta, estão envolvidos neste processo, que resultará no novo sistema de gestão de recursos humanos do Estado, promovendo a racionalização e otimização dos gastos com o funcionalismo e mais transparência para a sociedade. Em 2014 foram planejadas e executadas as fases 1 e 2, do total de cinco fases.

A segunda fase, em andamento, é denominada de Business Blueprint (BBP) e consiste da discussão dos processos de recursos humanos, contemplando as respectivas revisões para, posteriormente, consolidar a implantação do sistema SAP, tendo como premissa a máxima sistematização desses processos. Ao todo, 27 processos já foram revistos e homologados. Para tanto, a equipe do projeto se reuniu com representantes dos órgãos para discutir, atender e contemplar todas as necessidades específicas das instituições.

A iniciativa é pioneira no país na modernização da gestão pública. Desde o início, outras ações foram realizadas para envolver os órgãos e empresas públicas. O objetivo é a utilização do SAP, como ocorreu no encontro com os gestores de RH do Estado, realizado em maio deste ano, e do talkshow com representantes das empresas públicas que farão parte da primeira fase de implantação do projeto, ocorrido em setembro.

Benefícios

Entre os ganhos com a implantação do SAP, está o resgate do histórico funcional - informações veiculadas no Diário Oficial do Estado e nos prontuários nos últimos 33 anos - dos 186 mil servidores ativos. Em outra frente, está o aprimoramento dos processos de gestão de carreiras e talentos, alto nível de integração e segurança, maior economia financeira para o Estado com a automatização dos processos e a redução da quantidade de possíveis inconsistências na folha de pagamento.


Info: Hackers atacam rede Tor e grupo Anonymous reage

Hackers atacam rede Tor e grupo Anonymous reage
                                                                                                                                Lucas Agrela

Depois de supostamente promover ataques às redes dos consoles PlayStation e Xbox, os hackers do Lizard Squad fizeram um novo alvo nesta semana: a rede Tor, que permite navegação anônima na internet, bem como acesso à Deep Web.

Os autointitulados hacktivistas do grupo Anonymous não foram favoráveisao ataque e publicaram mensagens no Twitter pedindo que o bombardeio de acessos simultâneos, que poderia tirar o Tor do ar, parasse.

“Não mexa com a rede Tor. As pessoas precisam desse serviço por causa dos governos corruptos, fiquem longe”, escreveu o grupo Anonymous em um de seus perfis no microblogue.

Segundo o The Verge, os responsáveis pelo Tor identificaram o ataque no começo da semana e criaram cópias de segurança para os diretórios para que a rede se mantivesse no ar. A técnica usada é a criação de relays maliciosos, o que pode permitir roubo de dados de usuários. Em certo momento durante o ataque, dos 10 mil relés, entre 3 mil e 6 mil eram do Lizard Squad.

Os responsáveis pela rede Tor informaram que o ataque não causou danos e os relays estão sendo removidos. Contudo, o Anonymous diz ter hackeado o e-mail de um dos integrantes do Lizard Squad, como forma de retaliação.

Info: Este drone pode te salvar de um afogamento

Este drone pode te salvar de um afogamento  
Adeline Daniele

Os drones começaram a se popularizar e se tornaram item de desejo de muitos norte-americanos nesse Natal.

Além disso, eles já possuem uma bela reputação por várias funções bem úteis para a humanidade, seja como ferramenta de monitoramento de áreas, entrega de encomendas, localização de pessoas perdidas ou flagrando a caça ilegal de animais em determinadas regiões.

Mas, nada faria de um drone tão útil quanto salvar a vida das pessoas evitando, por exemplo, que elas se afoguem no mar. E é exatamente esse o objetivo do Projeto Ryptide.

Criado por Bill Piedra com um grupo de alunos da escola King Low Heywood Thomas, em Connecticut, a pequena boia salva-vidas pode ser acoplada em qualquer drone que possa carregar uma GoPro.

O uso do equipamento é bem simples e rápido. Basta voar com o robô até o local onde uma pessoa está se afogando e apertar um botão para jogar o salva-vidas na água. Ao tocar na superfície molhada, o equipamento libera uma carga de CO2 para encher a boia em formato de anel.

Os criadores do projeto pretendem lançar o produto pelo Kickstarter no próximo ano, em um modelo compatível com o popular drone chamado DJI Phantom, que pode ser comprado por 99 dólares.

Se a iniciativa der certo, quem sabe no próximo verão não teremos uma solução eficaz para evitar que centenas de banhistas se afoguem nas praias brasileiras?

Info: Empresa inventa papel luminoso que pode até ser dobrado

Empresa inventa papel luminoso que pode até ser dobrado                                                                                                                             Maurício Grego

O que você faria com uma folha de papel que pode funcionar como luminária, emitindo luz branca e intensa? A empresa americana Rohinni está tentando descobrir.

Seus engenheiros criaram o Lightpaper, um material inovador que parece papel, mas se ilumina quando energizado. Para fabricá-lo, a empresa misturou LEDs microscópicos com uma tinta branca especial. São LEDs tão pequenos como um glóbulo vermelho em nosso sangue.

A tinta é aplicada a uma superfície condutora de eletricidade. Depois, essa lâmina é recoberta por duas outras camadas, uma em cada face. Basta, então, ligar alguma fonte de eletricidade às duas superfícies. A corrente elétrica que flui entre elas faz com que os LEDs se acendam.

O Lightpaper não serve para telas de dispositivos digitais, já que ele não pode exibir imagens. Além disso, por enquanto os engenheiros ainda não conseguiram fazer com que os LEDs fiquem perfeitamente uniformes. Isso faz com que haja irregularidades na luz emitida.

Mesmo assim, essa tecnologia pode ter aplicações em sinalização e iluminação. Poderá ser usada em logotipos impressos em aparelhos eletrônicos e automóveis, por exemplo.

Placas de trânsito seriam muito mais visíveis à noite se fossem feitas de Lightpaper. Ciclistas poderiam pedalar com mais segurança no escuro se usarem roupas com faixas desse material.

A empresa disse ao site FastCompany que vem negociando o uso prático do Lightpaper com outras companhias. É possível que as primeiras aplicações comerciais apareçam já na metade de 2015.

Info: Startup transforma veículos em roteadores Wi-Fi pelas cidades

Startup transforma veículos em roteadores Wi-Fi pelas cidades

Adeline Daniele


A cidade de Porto, em Portugal, inaugurou um novo recurso que permitirá o acesso à internet por milhares de cidadãos ao transformar mais de 600 ônibus e táxis em roteadores Wi-Fi.

Além de transformar os meios de transporte em pontos de acesso à internet, a tecnologia ajudará a prefeitura a coletar dados para ajudar no planejamento urbano da cidade.

Por meio de sensores instalados nos veículos, será possível detectar os pontos que precisam de reparos nas estradas, já que o aparelho registra e transmite qualquer colisão que possa acontecer devido a buracos e outros problemas.

Sensores instalados pelas lixeiras da cidade também poderão dizer se elas estão cheias para que a prefeitura faça a coleta do material, mantendo a cidade sempre limpa.

Criada por uma startup chamada Veniam, originada na Universidade do Porto, a tecnologia serve cerca de 70 mil pessoas por mês e já atraiu entre 50 a 80% de tráfego de usuários que antes tinham que usar os dados móveis para navegar na web.

A empresa recebeu 4,2 milhões de dólares por meio do financiamento de capital de risco e já estabeleceu sua sede em Montain View, na California. Ao site Mashable, o fundador da Veniam e professor associado da Universidade do Porto, João Barros, afirma que pretende expandir o serviço para mais cidades.

Info: Claro acaba com velocidade reduzida de internet móvel a partir de hoje

Claro acaba com velocidade reduzida de internet móvel a partir de hoje

Lucas Agrela
A partir deste domingo (28), a operadora Claro passa a cortar a internet móvel dos clientes que já tiverem consumido o pacote de dados previamente contratado, deixando de oferecer a navegação com “velocidade reduzida”.

Quem quiser continuar a acessar a internet após o consumo da cota de dados precisará comprar pacotes adicionais de 10 MB, 20 MB ou 40 MB, ou pacotes mensais de 225MB e 450MB.

“A medida visa permitir que nossos clientes utilizem seus pacotes de internet sempre em alta velocidade, sem o incômodo de ter a velocidade de navegação reduzida após o consumo de sua franquia”, de acordo com nota oficial da Claro, enviada a INFO no começo do mês.

Os clientes da operadora podem consultar gratuitamente o saldo do pacote de dados ligando para o número *1052#.

As operadoras TIM, Vivo e Oi também anunciaram medidas semelhantes.

G1: Coreia do Norte acusa Obama de agir como 'macaco em floresta tropical'

Governo norte-coreano usou ofensas racistas contra o presidente em reação à exibição do filme 'A Entrevista'.
Cartaz do filme 'A entrevista'; longa pode ser poderoso contra regime norte-coreano, segundo correspondente da BBC (Foto: Reuters)

A Coreia do Norte acusou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de agir como "um macaco numa floresta tropical", em mais uma crítica pelo lançamento do filme "A entrevista", e culpou o governo norte-americano pela interrupção da internet no país.

A comédia, que gira em torno de um plano fictício para matar o líder norte-coreano, Kim Jong-un, foi lançada no Natal, após a estreia ter sido cancelada pela Sony Pictures devido a um ataque virtual e ameaças.

A decisão de cancelar o lançamento foi fortemente criticada, inclusive por Obama, sob o argumento de que a liberdade de expressão estava sob ameaça.

Em comunicado divulgado neste sábado, o porta-voz da Comissão de Defesa Nacional norte-coreanA criticou fortemente os EUA pelo "filme desonesto e reacionário que fere a dignidade da liderança suprema da Coreia do Norte e provoca terrorismo".

Segundo o documento, Obama é "o principal culpado que forçou a Sony Pictures Entertainment a distribuir indiscriminadamente o filme", chantageando cinemas nos EUA.

"Obama é sempre imprudente em palavras e atos, como um macaco numa floresta tropical."

A grande dificuldade de Kim Jong-un é que A Entrevista - que apresenta o líder norte-coreano como um bobo maligna e vão - tem sido amplamente visto como engraçado e perspicaz, disse o correspondente da BBC em Seul, Stephen Evans.

Se ativistas contrabandearem o filme para a Coreia do Norte em pen-drives, como já fazem com outros filmes, o longa poderá revelar-se bastante poderoso, disse Evans.

O ataque
A comissão norte-coreana também acusou Washington de, "sem fundamentos", responsabilizar a Coreia do Norte pelo ataque virtual à Sony.

Inicialmente, a Sony Pictures havia cancelado a extreia do filme, após sofrer um ataque cibernético sem precedentes de um grupo que se autodenomina Guardiães da Paz.

Os hackers que invadiram a Sony também ameaçaram atacar cinemas que exibissem o filme.

O polêmico filme foi exibido em alguns cinemas dos EUA e na internet. Centenas de salas independentes se ofereceram para exibir o longa. No entanto, cinemas maiores decidiram não divulgar a comédia.

Na semana passada, o FBI culpou a Coreia do Norte pelo ataque à Sony, mas muitos especialistas em segurança cibernética disputaram essa versão.

A Coreia do Norte negou estar por trás do ataque, mas o descreveu como um "ato justo".

Depois, o país sofreu uma grave interrupção no seu acesso à internet.
Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte; governo norte-coreano tem criticado fortemente a divulgação do filme 'A entrevista'Ingressos para o filme 'A entrevista'; Sony havia cancelado lançamento, mas voltou atrás após duras críticas, inclusive de Obama 

Info: Cyberseguro e Cyberhigiene

O escândalo da invasão dos servidores de email internos da Sony Pictures continua a gerar impactos no mundo, especialmente por se tratar de (de acordo com o governo norte americano) um ataque feito por norte coreanos como represália do filme “The interview”.

Além desse, a empresa americana Home Depot também recentemente revelou ter tido seu cadastro de clientes exposto ao mundo por hackers. Também, a famigerada exposição das contas da Playstation network em 2011 e tantos outros que acabamos nem sabendo.

A verdade é que muitas vezes governos precisam investir capital próprio para tentar mitigar os escândalos gerados por hackers em empresas nacionais. Não raro, assim, o país e a população termina pagando por problemas gerados por empresas irresponsáveis ou funcionários corruptos ou irritados.

Sim. Grande parte dos ataques a empresas que geram enormes vazamentos se dão por erros de funcionários em protocolos de segurança, irresponsabilidades no uso de dispositivos externos, checagem de emails, navegações arriscadas e assim por diante. Muitas vezes, também, trata-se de vingança de um funcionário desligado injustamente (em sua própria concepção).

Pensando no prejuízo gerado aos consumidores e aos governos (até mesmo por conta dos custos impostos ao judiciário, que é abarrotado de processos advindos de ataques cibernéticos), começa a pipocar pelo mundo a necessidade de um cyber seguro e a necessidade de um conceito de cyber higiene.

O cyber seguro, de acordo com a recente prática defendida pelos EUA, seria o modo (bem comum) de evitar que problemas seja custeados pelo governo direta ou indiretamente. O jornal New York Times publicou isso recentemente.

É um modo de obrigar todas as empresas envolvidas com negócios que envolvem risco de violação de valores informáticos – especialmente a confidencialidade de dados informáticos – a arcarem com os custos relativos a eventuais prejuízos que seus consumidores venham a enfrentar.

E a cyber higiene? Esse termo, ainda não popularizado, trata dos padrões mínimos de segurança e proteção de dados que cada empresa de TI deve possuir e oferecer. Seriam as regras básicas para que uma empresa seja apta a estar no mercado e a partir da qual os cyber seguros poderiam incidir. Isso forçaria que se criasse um padrão de proteção na rede e tudo abaixo disso poderia fazer com que empresas fossem multadas ou administrativamente obrigadas a se adaptarem ou fecharem suas portas.

Ademais, seria motivo de responsabilização objetiva para quaisquer situações em que um consumidor saísse prejudicado.

Ao final, novas palavras estão surgindo mas o objetivo é sempre o mesmo: demonstrar que a sociedade está mudando e que as regras para proteção do ambiente informático começam a se montar para que esse mundo seja mais socializado. Será o futuro das redes sociais também? 

Info: Mercedes-Benz e LG desenvolvem carros com freios automáticos

Lucas Agrela

A Mercedes-Benz e a LG anunciaram nesta semana uma aliança para desenvolver carros parcialmente autônomos. O sistema inteligente pode ativar os freios de forma automática para evitar colisões e atropelamentos, bem como monitorar o motorista.

A fabricante sul-coreana irá fornecer os sistemas de câmeras mono e estéreo que são usadas para detectar o ambiente, dessa forma, reunindo informações cruciais para manter o veículo na faixa correta, acender faróis quando necessário e parar automaticamente quanto encontrar pedestres ou ciclistas a frente.

Além disso, a LG será a responsável pelos sensores biométricos que podem identificar se o motorista está acordado, qual é o seu nível de cansaço e, com base nisso, o sistema fica para o caso de possíveis distrações.

Em troca do forncecimento das câmeras, a Mercedes-Benz irá licenciar parte da tecnologia de condução autônoma chamada 6D Vision para que a LG a utilize com outras montadoras de veículos.

O resultado dessa parceria entre as empresas será revelado durante a feira de tecnologia CES 2015, que acontece entre os dias 4 e 9 de janeiro, em Las Vegas, nos Estados Unidos.

A linha de carros inteligentes da empresa, a S-Class, começará a percorrer as ruas da Califórnia e identificar padrões de trânsito em breve. Os automóveis com essa tecnologia só devem chegar ao mercado em aproximadamente dez anos e eles não são totalmente autônomos, somente auxiliam o motorista. O sistema de condução, que pode chegar ao nível de dispensar o motorista em alguns momentos, é semelhante ao usado pela Mercedes em caminhões.

Uma série de empresas trabalham em veículos parcialmente autônomos, como Volvo, Audi e até mesmo o Google.

G1: Apple disponibiliza o filme 'A entrevista' no iTunes

Apple disponibiliza o filme 'A entrevista' no iTunes
Na semana passada, a Sony lançou a comédia online e em salas nos EUA.
Paródia da Coreia do Norte motivou um ciberataque contra o estúdio.

 
A Apple disse que sua loja iTunes agora tem disponível o filme "A entrevista", da Sony, que enraiveceu a Coreia do Norte e motivou um ciberataque contra o estúdio.

"Estamos felizes em oferecer 'A entrevista' para aluguel ou compra na loja iTunes", disse o porta-voz da Apple Tom Neumayr em comunicado.

A notícia vem após a Sony Pictures ter lançado o filme online por YouTube e Google Play, do Google, pelo videogame Xbox, da Microsoft e por um website dedicado da Sony na semana passada.

Info: Como um app de empresa pode impulsionar o negócio

Como um app de empresa pode impulsionar o negócio

A rede de cafeterias americana Starbucks anunciou no início de dezembro uma novidade para seus clientes nos Estados Unidos. Em 2015, quem tiver o aplicativo da marca instalado em seu smartphone poderá fazer pedidos a distância e buscá-los na loja que escolher.

Essa será a 40ª atualização da plataforma, que foi lançada em 2009 e oferece aos consumidores uma série de facilidades, como conhecer o caminho para a loja mais próxima e pagar pelo celular ainda na fila do caixa.

Ao permitir que as compras online e físicas se complementem, a Starbucks está impulsionando o negócio: hoje, 16% dos pagamentos da rede nos Estados Unidos são feitos pelos smartphones — o que faz da empresa a líder em pagamentos via celular no país. O aplicativo também está disponível no Canadá, no México e no Reino Unido, no entanto não há data prevista para que ele chegue ao Brasil.

“Ainda não estamos preparados para lançá-lo aqui, mas faz parte de nossa estratégia”, afirma Renato Grego, gerente de marketing da Starbucks no Brasil.

Não há motivos para dúvidas sobre o que ele está dizendo. Afinal, as empresas já perceberam que os aplicativos podem resolver problemas concretos de seus clientes. Em 2013, segundo dados da consultoria americana IDC, pela primeira vez as vendas de smartphones chegaram a 36 milhões de aparelhos e superaram as dos celulares tradicionais no Brasil.

É algo que irá se repetir neste ano, em que as projeções apontam para 53 milhões de unidades vendidas. É muita gente com um smartphone em mãos, e essas pessoas passam, em média, 2 horas e meia por dia de olho na tela do aparelho — mais do que à frente do laptop, da televisão e do tablet.

A estimativa dos especialistas é que durante boa parte desse tempo — cerca de 80% — elas estejam usando um aplicativo. No ranking de downloads da loja de aplicativos Google Play, por exemplo, o Brasil só aparece atrás dos Estados Unidos.

“Se as pessoas estão usando mais aplicativos, as empresas querem estar neles também, independentemente do produto que vendem”, afirma Rodrigo Tafner, professor de mar­keting digital da faculdade ­ESPM, de São Paulo.

E existem provas de que as empresas estão de olho na febre dos aplicativos por aqui. De acordo com um levantamento da Pontomobi, agência de marketing para dispositivos móveis do grupo gaúcho RBS, das 275 marcas que mais investem em publicidade no país, 110 possuem algum aplicativo para celular e tablet.

A questão que se impõe para as empresas, porém, é a seguinte: em meio a uma profusão de aplicativos disponíveis, como ter um que se faça notar aos olhos dos consumidores? A tarefa é hercúlea. Há quase 3 milhões de opções de aplicativos — mas 40% nunca foram baixados.

Para piorar, o ato de baixar um aplicativo não significa muito. Uma pesquisa realizada em dezembro pela Associação de Mobile Marketing no Brasil e os institutos Nielsen e Ibope revelou que 84% dos usuários de smartphones no país têm até 30 aplicativos no aparelho, porém usam apenas dez.

“Não basta às empresas criar algo para expor a marca, os apps precisam ter um propósito claro e ter ligação com o negócio”, afirma Vinícius Porto, sócio da empresa Porquenão?, desenvolvedora de aplicativos.

No afã de entrar nessa onda digital, a cervejaria Heineken lançou, em 2011, seu primeiro aplicativo no Brasil. Ele divulgava os resultados dos jogos da liga europeia de futebol, campeonato que a marca patrocina. Um ano depois, o aplicativo foi tirado do ar.

“Percebemos que competíamos em desvantagem com os sites de esportes e não falávamos com os consumidores sobre o que mais nos interessa: cerveja”, diz Chiara Martini, gerente de mídia e conteúdo da Heineken Brasil. Desde 2013, um novo aplicativo vem sendo testado.

Nele, os clientes avaliam o atendimento em quase 3 000 bares e restaurantes onde são servidas as cervejas da marca. Em troca, somam pontos para trocar por produtos Heineken, como caixas de som e malas de viagem. A empresa já recebeu 200 000 avaliações e, com base nelas, fez ajustes em sua operação. Resultado: até outubro, as vendas da cerveja em estabelecimentos nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro aumentaram 16% e 4%, respectivamente.

Cautela

A administradora de shoppings Sonae Sierra Brasil teve medo de colocar no ar um aplicativo que não caísse nas graças dos consumidores e, por isso, no fim de 2011, delegou a alguns funcionários a missão de estudar o tema. Durante dois anos eles avaliaram sugestões de aplicativos de cerca de 50 startups.

Finalmente, no Natal de 2013, a empresa lançou uma plataforma que permite aos clientes dos 12 shoppings de sua rede cadastrar pelo celular notas fiscais para concorrer ao sorteio de prêmios. Desde então, em média, 35% dos cadastros nas datas festivas são feitos online. Com isso, a administradora reduziu 22% os gastos com os balcões e atendentes necessários para a troca dos cupons.

E houve mais um ganho: “Ao analisar os CPFs dos clientes percebemos que, no Dia das Mães, 63% dos cadastros foram de novos participantes, ou seja, gente que nunca teve paciência para enfrentar filas”, diz Laureane Cavalcanti, gerente de marketing da rede de shoppings.

Não são todas as empresas que conseguem mensurar, de maneira concreta, os resultados que obtêm com seus aplicativos. Ainda assim, estão convictas de que apostar neles vale a pena. A montadora Fiat é um exemplo. Desde 2010, a companhia colocou na internet sete jogos diferentes nos quais exibe seu portfólio de veículos.

Em última instância, toda e qualquer ação de mar­keting da Fiat tem o propósito de fazer com que o consumidor vá até a concessionária da marca, mas hoje a empresa não tem meios de saber quem já fez isso por causa dos aplicativos. Por enquanto, o único indicador de sucesso da iniciativa é que 700 000 pessoas já baixaram os joguinhos. E no cenário atual é inegável que isso se trata de uma conquista. 


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Inovação tecnologica: Operações fundamentais da computação feitas com luz

Operações fundamentais da computação feitas com luz

Computação fotônica
A corrida para fabricar componentes de computadores menores e mais rápidos e que usem menos energia está forçando os limites das propriedades dos elétrons nos materiais usados pela indústria eletrônica.

Os sistemas fotônicos deverão substituir os eletrônicos, mas os fundamentos da lógica computacional - misturar duas entradas para obter uma saída definida - atualmente exigem muito espaço e potência para serem feitos com luz.

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, construíram um sistema baseado em nanofios que abre caminho para solucionar esse problema.

"Misturar dois sinais de entrada para obter uma saída é a base da computação. É fácil fazer isso com sinais elétricos, mas não é fácil fazer com luz, uma vez que as ondas de luz normalmente não interagem umas com as outras," explica o professor Ritesh Agarwal, cuja equipe foi responsável pela primeira emissão de luz com base no silício.

O sistema combina duas ondas de luz para produzir uma terceira com uma frequência diferente e, a seguir, usa uma cavidade óptica para amplificar a intensidade da saída para um nível utilizável.

Misturando ondas de luz
A dificuldade de "misturar" a luz pode parecer contraditória, dada a gama de cores nas telas das TVs e dos computadores que são produzidas apenas por combinações de pixels vermelhos, verdes e azuis.

Ocorre que os amarelos, laranjas e roxos e todas as demais cores que esses monitores produzem são um truque de percepção, não de física - as cores vermelha e azul são simplesmente experimentadas simultaneamente, em vez de combinadas em um único comprimento de onda roxo, por exemplo.

Os chamados "materiais não-lineares" são capazes de fazer uma mistura autêntica de cores, mas mesmo os melhores candidatos nesta categoria ainda não são viáveis para aplicações computacionais, devido à alta potência exigida e às grandes dimensões dos componentes.


A luz de saída é emitida pela base do componente - o pontilhado representa o nanofio de sulfeto de cádmio mostrado no esquema da primeira imagem. [Imagem: Universidade da Pensilvânia]

Para reduzir o volume do material e a potência da luz necessária para fazer uma mixagem útil de sinais, a equipe revestiu parcialmente um nanofio de sulfeto de cádmio em um invólucro de prata, que funciona como uma "câmara de eco" para a luz.

"Ajustando a estrutura de modo que a luz fique em sua maior parte confinada dentro do sulfeto de cádmio, em vez de na interface entre ele e o revestimento de prata, podemos maximizar a intensidade enquanto enquanto geramos a segunda harmônica," explicou Ming-Liang Ren, responsável pela fabricação do novo componente.

Fotônica computacional em nanoescala

Exatamente como uma segunda harmônica tocada em uma corda de violão, o nanocomponente faz a duplicação da frequência da onda de luz. As informações em um sistema computacional fotônico podem então ser codificadas na frequência de uma onda - o número de oscilações que ela faz em um segundo.

Manipular essa propriedade de uma onda de luz usando outra onda de luz permite então executar os fundamentos da lógica computacional usando apenas luz - tudo com nanofios, componentes ainda menores do que os atuais transistores eletrônicos.

E, mais importante, com uma eficiência muito alta: a cavidade óptica foi capaz de aumentar a intensidade da onda de saída em mais de mil vezes.