Segundo diretor da NetBR, as redes definidas por software exigem que engenheiros de projeto e operação de data centers revisem sua forma de operar
O avanço da tecnologia SDN (ou Redes Definidas por Software) vai obrigar engenheiros de projeto e de operação dos data centers a revisar completamente sua forma de operar.
Segundo André Facciolli, especialista em data centers e diretor da NetBR, como a SDN permite que inúmeras redes virtuais convivam na mesma estrutura física, ela vai exigir muito mais instrumentos de visibilidade e um volume de serviços de suporte maior do que o atual. Facciolli acredita que há necessidade de automatizar os data centers para colocá-los em sintonia com a virtualização e com a capacidade de criar redes sem depender de novas infraestruturas físicas.
Para o especialista, o ambiente de SDN requer experts com conhecimento integrado de todo o processo, dominando desde o desenvolvimento até a operação de data centers. Este tipo de técnico, diz Facciolli, forma uma nova classe de profissionais conhecidos no meio como "DevOPs".
"Se hoje há um profissional que desenvolve a rede, um outro que faz aplicações e um terceiro que gerencia as operações do data center, na era SDN essa departamentalização se esgota. Ela dá lugar a profissionais que concebem a rede com uma visão centrada em apps, e não mais na infraestrutura e em seus diversos componentes", explica Facciolli.
O executivo enfatiza a necessidade urgente dos profissionais de redes e data center deevoluir suas visões sobre a automação de processos de gerenciamento e suporte dos ambientes de TI. "Há um paradoxo na área de TI, que é o de automatizar vários processos de negócio e, ao mesmo tempo, ter de fazer uso intensivo de mão de obra para tarefas tão corriqueiras quanto a de configurar um servidor ou instalar uma aplicação no desktop do usuário", diz Facciolli.
Recentemente, André Facciolli apresentou, num evento do Gartner sobre Data Center, um novo modelo para a robotização de tarefas no data center - o RBA Logic - criado pela NetBR em parceria com as multinacionais Kelverion, Lieberman e BalaBit, além de explorar a tecnologia System Center Orchestrator, da Microsoft.
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