Quanto tratamos de perícias em redes sociais, temos que fazer uma grande distinção. A primeira área é aquela que envolve coleta de grandes volumes de dados ou a utilização de data minning aplicado a computação forense. Esta área é embrionária e esbarra em questões de privacidade e desafios para a computação forense.
Nicole Beebe, uma pesquisadora da Universidade do Texas, tem um trabalho interessante sobre o tema. Uma outra área envolve a análise de uma máquina que realizou o acesso à redes sociais. A este padrão, já é possível aplicar muitos conceitos da Forense Convencional e as pesquisas já estão mais avançadas.
Para quem pretende pesquisar a área, alguns artigos são leitura obrigatória:
Já existem softwares desenvolvidos para a perícia digital no Facebook, como oFFS A aplicação permite que o examinador faça um clone de um perfil, realizando um parsing dos dados para uma análise na estação forense.
Não resta dúvida que o Big Data vai mudar a forma de se coletar e analisar informações de incidentes. O mercado anseia por scripts, soluções ou mesmo um padrão de interconexão que atenda a demanda das autoridades e ao mesmo tempo preserve a privacidade dos cidadãos e estrangeiros, não esbarrando em normas de proteção. Já existe um projeto do tradicional software forense Sleuth Kit para o Hadoop Framework, o que permitirá implantar soluções para processamento de grandes volumes de dados, mas muito precisa ser desenvolvido ainda neste setor.
Este ponto de equilíbrio é o desafio para os próximos tempos, considerando que as redes sociais são o “combustível do Big Data”, riquíssimas em informações que podem ser transformadas em predição e conhecimento sobre crimes e incidentes, mas por outro laudo, não se pode coletar e analisar dados de todos, sob o pretexto de “combater o crime”.
Alguém já ouviu esta fala antes?
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