O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) realizou há pouco no Rio o seminário Internet das Coisas: Oportunidades da Nova Revolução Digital para o Brasil.
O termo "internet das coisas" é gozado. Ele sintetiza a tendência de que tudo, absolutamente tudo, tende a se conectar à internet. Da geladeira ao ar-condicionado, do carro às próprias estradas, passando por plantas, animais, pessoas e produtos.
É gozado também o uso do termo "nova revolução". E também o fato de ter sido organizado pelo BNDES. É possível que a "internet das coisas" seja responsável pelo surgimento da nova onda de empresas bilionárias.
Por isso, o tema já virou política pública em outros países há tempos. Na China, há mais de dez anos a política industrial do país foca-se nele, com vultosos recursos.
Assim, é salutar que o Brasil esteja entrando na onda, ainda mais com o apoio do BNDES. No entanto, ao menos dois passos importantes precisam ser tomados.
O primeiro é fazer com que o decreto presidencial que vai regulamentar o Marco Civil exclua a "internet das coisas" da obrigação de guarda de dados por parte de provedores.
A razão é simples: como serão bilhões de dispositivos conectados, o volume de dados será extraordinário. Se o decreto não criar uma exceção para a internet das coisas, pode inviabilizar a área antes mesmo dela decolar.
O segundo passo é reconhecer que parte da inovação nesse campo virá de garotos e garotas do chamado movimento "maker". São os novos Mark Zuckerbergs, que, a partir dos seus quartos, criam ideias capazes de gerar grandes empresas.
No seminário do BNDES só vi pessoas de paletó. Na próxima edição, deveria estar cheio de jovens. Essa é uma área típica em que quem está de jeans pode mostrar o caminho para quem está de terno e gravata.
JÁ ERA
Mercados imobiliários obscuros como o do Brasil
JÁ É
Sites como o Trulia.com, onde você pode ver quanto custou a casa do vizinho
JÁ VEM
Homesnap.com: você tira foto de uma casa e sabe quanto ela custou na hora
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