Mesmo com crescimento, país caiu para 89ª posição em ranking.
Brasil subiu uma posição e ficou em 7º entre os com mais ataques na web.
A velocidade média da internet no Brasil cresceu no segundo trimestre de 2014, alcançando 2,9 megabits por segundo (Mbps), de acordo com o estudo "Estado da Internet", da Akamai, divulgado nesta terça-feira (30), ao qual o G1 teve acesso. Mesmo crescendo 11% em relação ao trimestre anterior, com o resultado, caiu para a 89ª posição no ranking.
Oito dos 10 países ou regiões com maior velocidade média apresentaram crescimento de dois dígitos percentuais em comparação ao primeiro trimestre de 2014. A Coreia do Sul é líder, com velocidade média da internet de 24,6 Mbps, um crescimento de 4% em relação ao último trimestre do estudo. Em segundo lugar, Hong Kong apresentou pico de 15,7 Mbps, com crescimento de 18%. No comparativo ano a ano, quatro dos dez melhores países do ranking - que considerou 136 participantes - apresentaram aumento de velocidade média de conexão superior a 50%, liderados pela Coréia do Sul, com 84% aumento.
O levantamento considera 238 países ou regiões, porém, o ranking de velocidade média global contempla menos países. Isso acontece pois ele considera apenas os países que tenham mais de 25 mil endereços IPs conectados à rede Akamai.
O pico de velocidade de conexão de internet também cresceu no Brasil. O estudo registrou média de 20 Mbps, um aumento de 13% em relação ao último trimestre e de 8,1% ano a ano. Neste quesito, o país também caiu no ranking, perdendo sete posições e ficando também na 89ª colocação.
A média mundial de picos de conexão de internet foi de 25,4 Mbps, um crescimento de 20% no trimestre. Hong Kong é o local com maior pico, registrando 73,9 Mbps. Os demais registraram aumento que variou de 2,3% no Iraque, com 30,4 Mbps, a 65% em Jersey, com 43,2 Mbps. Na América Latina a velocidade média de conexão variou, trimestre a trimestre, de 5,6 Mbps, no Uruguai, a 1,1 Mbps, na Bolívia. No ranking global, os países estão na 51ª e 137ª colocação, respectivamente. A pesquisa mostra Uruguai, Chile e Argentina, com taxas superiores a 30% de crescimento, com 5,6 Mbps, 4,4 Mbps e 4,2 Mbps, respectivamente.
No comparativo ano a ano o Uruguai foi o país que registrou o maior crescimento, de 225%, ficando a frente dos Estados Unidos e Canadá, países que geralmente apresentam o maior pico das Américas. A Argentina foi o país que apresentou o segundo maior aumento, de 63%.
Ataques
O Brasil está entre os países de onde mais se originam ataques e no segundo trimestre de 2014, o país subiu uma posição neste ranking, da oitava para a sétima colocação. Daqui partem 1,7% de todos os ataques da web. A China lidera no quesito ataques, que partem em um total de 161 países. 43% de todos os ataques na internet se originam no país. Os EUA, que figuravam em segundo lugar no último trimestre, caíram para a terceira posição, com 13%, e a Indonésia assume a segunda posição do ranking, com 15%.
No período, 270 ataques de negação de serviço (DDoS) foram reportados pelos usuários Akamai, o que representa uma redução de 5% em relação ao trimestre anterior e de 15% no comparativo ano a ano. Apesar da redução no montante de ataques, quando analisado por regiões, as Américas apresentam um crescimento de 11%, representando 57% do registro total do período. No segundo trimestre, os ataques no setor de tecnologia mantiveram ritmo crescente, com aumento de 60%, já o setor público foi o que registrou maior queda, de 54%.
Conexões móveis
O estudo da Akamai também contempla velocidade de internet móvel. No segundo trimestre de 2014, 56 países entraram para o ranking, que tem a Coreia do Sul na liderança com velocidade média de 15,2 Mbps. O Brasil ficou registrou velocidade média de 1,5 Mbps.
Em relação à adoção de banda larga móvel (considerando velocidades maiores do que 4 Mbps), a Dinamarca teve a maior taxa, 92%, enquanto Brasil, Croácia, Paraguai, Bolívia e Vietnã tiveram taxas abaixo de 1%, sendo 0,5%, 0,4%, 0,2%, 0,0% e 0,2%, respectivamente.
Penetração de internet
O estudo da Akamai contemplou pela primeira vez queda na contagem global de endereços de IP únicos, com redução de 0,9% no comparativo trimestre a trimestre. Mesmo assim, houve aumento de 4,8% em relação ao mesmo período de 2013.
Apenas dois dos 10 primeiros países considerados no levantamento (Brasil e Japão) apresentaram aumento no número de endereços em relação ao primeiro trimestre de 2014. Isso pode ser atribuído a dois principais fatores: o fato de alguns provedores trabalharem para conservar os endereços IPv4 ou o resultado do aumento da conectividade IPv6 e adoção entre principais fornecedores de rede.
Dentre os 10 países com mais endereços, o Brasil figura na terceira posição, com 6,7% de crescimento no trimestre. Se comparado ao mesmo período de 2013, o país foi o único dentre os dez que apresentou crescimento de dois dígitos e permanece na primeira posição na adoção de endereços IPv4, com 43% de aumento.
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