Gustavo Gusmão
Segundo a pesquisa, o Facebook é a rede social mais utilizada pelo público de 11 a 16 anos; Instagram e Twitter vêm em seguida
Uma nova pesquisa divulgada pela AVG revelou que, tanto no Brasil quanto no resto do mundo, crianças e adolescentes parecem entrar nas redes sociais cada vez mais cedo. Parte da série Digital Diaries, o estudo mostra que 99% dos jovens brasileiros entre 11 e 16 anos que fizeram parte da amostragem já têm contas em sites como Facebook e Twitter, um percentual consideravelmente maior do que a média de 78% verificada no resto do mundo.
O levantamento foi feito pela web e envolveu 4 000 crianças e adolescentes de nove países – além do Brasil, foram envolvidos Austrália, Canadá, República Tcheca, França, Alemanha, Nova Zelândia, Reino Unido e EUA. É uma parcela pequena, portanto, que ainda engloba apenas jovens com acesso à internet (o que logicamente aumenta a probabilidade de conseguirem entrar em uma rede social). Mas os dados não deixam de ser surpreendentes, especialmente se levarmos em consideração que a idade mínima para fazer cadastro no site de Mark Zuckerberg é 13 anos.
Mas nem tudo é notícia ruim. A pesquisa mostra também que, do total de entrevistados, 71% disseram saber o que é privacidade online e 70% deles ainda contou já ter alterado configurações de segurança em seus perfis no Facebook, dificultando a vida de bisbilhoteiros.
De acordo com a AVG, a rede social é a mais utilizada por esse público, seguida de Instagram e Twitter. Fora as três, os usuários desta faixa etária ainda têm muito interesse em serviços que dizem garantir o anonimato, como o Secret e o popular Snapchat, conforme explicou a INFO Tony Anscombe, Evangelista de Segurança Sênior da empresa, durante um café.
No entanto, mesmo com a aparente preocupação com privacidade, uma parcela de 28% disse já ter se arrependido de alguma postagem feita em redes sociais. Pedidos de remoção de conteúdo também têm razoável frequência: 32% dos jovens de 11 a 16 anos já pediram para algum parente ou amigo apagar algum conteúdo sobre eles postado online.
Boa parte desse grupo de usuários também não se preocupa muito com quem adicionam ou conversam online. De acordo com a pesquisa, só 29% de seus participantes disse conhecer todas as pessoas que têm adicionadas nas redes sociais, o que faz com que compartilhem informações pessoais com usuários estranhos. Isso tudo sem que os pais saibam, visto que são poucos (28%) os jovens que liberam as senhas de seus dispositivos móveis aos responsáveis.
Porém, isso não é necessariamente culpa dos adolescentes, de acordo com Anscombe. “Os pais deveriam saber com quem seus filhos estão falando – então os adultos são parcialmente responsáveis por isso”, disse o especialista. Aliás, apenas 48% dos mais velhos disse prestar atenção no que os jovens fazem online, o que reforça o ponto levantado.
E por que esse descuido acontece? Para Anscombe, a resposta é simples. “Muitos acabaram indo de um mundo ‘sem tecnologia’ para isso”, disse ele, apontando para um smartphone que deixou sobre a mesa. Ou seja, a evolução “brusca” não deu tempo para eles se adaptarem – e o processo todo ainda deve levar algum tempo, talvez mais uma geração, na visão dele.
O levantamento foi feito pela web e envolveu 4 000 crianças e adolescentes de nove países – além do Brasil, foram envolvidos Austrália, Canadá, República Tcheca, França, Alemanha, Nova Zelândia, Reino Unido e EUA. É uma parcela pequena, portanto, que ainda engloba apenas jovens com acesso à internet (o que logicamente aumenta a probabilidade de conseguirem entrar em uma rede social). Mas os dados não deixam de ser surpreendentes, especialmente se levarmos em consideração que a idade mínima para fazer cadastro no site de Mark Zuckerberg é 13 anos.
Mas nem tudo é notícia ruim. A pesquisa mostra também que, do total de entrevistados, 71% disseram saber o que é privacidade online e 70% deles ainda contou já ter alterado configurações de segurança em seus perfis no Facebook, dificultando a vida de bisbilhoteiros.
De acordo com a AVG, a rede social é a mais utilizada por esse público, seguida de Instagram e Twitter. Fora as três, os usuários desta faixa etária ainda têm muito interesse em serviços que dizem garantir o anonimato, como o Secret e o popular Snapchat, conforme explicou a INFO Tony Anscombe, Evangelista de Segurança Sênior da empresa, durante um café.
No entanto, mesmo com a aparente preocupação com privacidade, uma parcela de 28% disse já ter se arrependido de alguma postagem feita em redes sociais. Pedidos de remoção de conteúdo também têm razoável frequência: 32% dos jovens de 11 a 16 anos já pediram para algum parente ou amigo apagar algum conteúdo sobre eles postado online.
Boa parte desse grupo de usuários também não se preocupa muito com quem adicionam ou conversam online. De acordo com a pesquisa, só 29% de seus participantes disse conhecer todas as pessoas que têm adicionadas nas redes sociais, o que faz com que compartilhem informações pessoais com usuários estranhos. Isso tudo sem que os pais saibam, visto que são poucos (28%) os jovens que liberam as senhas de seus dispositivos móveis aos responsáveis.
Porém, isso não é necessariamente culpa dos adolescentes, de acordo com Anscombe. “Os pais deveriam saber com quem seus filhos estão falando – então os adultos são parcialmente responsáveis por isso”, disse o especialista. Aliás, apenas 48% dos mais velhos disse prestar atenção no que os jovens fazem online, o que reforça o ponto levantado.
E por que esse descuido acontece? Para Anscombe, a resposta é simples. “Muitos acabaram indo de um mundo ‘sem tecnologia’ para isso”, disse ele, apontando para um smartphone que deixou sobre a mesa. Ou seja, a evolução “brusca” não deu tempo para eles se adaptarem – e o processo todo ainda deve levar algum tempo, talvez mais uma geração, na visão dele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
deixe aqui seu comentário