Se você já se sentiu indeciso a sobre qual smartphone comprar por conta da variedade de modelos, saiba que essa não é apenas uma impressão de quem tem pouca intimidade com tecnologia. A avalanche de modelos existe mesmo. E os fabricantes começam a admitir que exageraram.
Samsung e Sony anunciaram que reduzirão o número de modelos lançados no ano que vem. E há rumores de que até a Apple pode estar em um caminho parecido.
Nos casos das gigantes asiáticas, a notícia veio no mês passado após o anúncio dos resultados fiscais mais recentes, que mostraram encolhimento de suas divisões de dispositivos móveis.
Apesar de ser uma das duas únicas empresas do mundo a ter lucros com smartphones, segundo a consultoria Canaccord Genuity, a Samsung não teve um bom ano. No último trimestre, o lucro da companhia caiu 49% –e sua divisão de dispositivos móveis teve redução de 74% no lucro.
O resultado colocou em dúvida a permanência de JK Shin, chefe da divisão dos aparelhos portáteis da Samsung. Na semana passada, contudo, a companhia confirmou que ele fica.
Uma das medidas para reduzir custos anunciadas pela empresa foi cortar em até 30% a produção de modelos em lançados no ano que vem.
Em 2014, a Samsung foi a fabricante que mais lançou aparelhos únicos. Foram 56 no total –o site brasileiro da companhia mostra 54 modelos à venda no país.
A medida é um recuo na estratégia da companhia de lançar modelos em muitas categorias, chamada em alguns sites estrangeiros especializados de "gadget spam".
O corte deve afetar principalmente modelos medianos, pois a Samsung avalia que deve reinvestir forças no seus aparelhos mais caros –as vendas do Galaxy S5 ficaram muito abaixo do esperado.
Na Sony, os modelos medianos também estão na linha de frente. Kazuo Hirai, presidente da Sony, afirmou que a companhia focará em dispositivos mais caros cortará custos.
No último trimestre, a divisão de celulares da empresa teve prejuízo de US$ 1,2 bilhão, impactando de forma negativa todo o resultado do conglomerado.
Aparelhos lançados pela Samsung em 2014
"Não estamos olhando para tamanho e participação do mercado, mas para um melhor lucro", afirmou Hiroki Totoki, responsável pela divisão de dispositivos móveis.
Em 2014, a Sony lançou 14 modelos –o tamanho do corte não foi anunciado.
PRECAUÇÃO
A redução de custos visa também o planejamento para um período de esfriamento do mercado mundial de smartphones. Na semana passada, a empresa de pesquisa de mercado IDC fez estimativas paras os próximos quatro anos.
No período, o segmento deve ter taxas anuais de crescimento médio de 10%. Em 2014, por exemplo, a expansão deve ficar em 26% em comparação a 2013.
A firma também indica que a margem de lucro por aparelho vendido deve ser puxada para baixo em parte pelo crescimento de fabricantes chinesas, como a Xiaomi, que ultrapassou a Samsung na China como maior a maior vendedora de celular.
Em 2014, o preço de venda médio de smartphones é calculado em US$ 297 (cerca de R$ 775) pelo IDC. Em 2018, o número deve ter caído para US$ 241 (R$ 630). "É uma corrida rumo aos preços mais baixos", disse Melissa Chau, gerente-sênior de pesquisa da consultoria, em comunicado.
Com isso, até a Apple estaria repensando a existência de seu telefone mais barato, o iPhone 5c. Segundo a consultoria KGI Securities, a produção será encerrada no ano que vem por conta das baixas vendas do aparelho.
Aparelhos lançados pela Samsung em 2014
"Não estamos olhando para tamanho e participação do mercado, mas para um melhor lucro", afirmou Hiroki Totoki, responsável pela divisão de dispositivos móveis.
Em 2014, a Sony lançou 14 modelos –o tamanho do corte não foi anunciado.
PRECAUÇÃO
A redução de custos visa também o planejamento para um período de esfriamento do mercado mundial de smartphones. Na semana passada, a empresa de pesquisa de mercado IDC fez estimativas paras os próximos quatro anos.
No período, o segmento deve ter taxas anuais de crescimento médio de 10%. Em 2014, por exemplo, a expansão deve ficar em 26% em comparação a 2013.
A firma também indica que a margem de lucro por aparelho vendido deve ser puxada para baixo em parte pelo crescimento de fabricantes chinesas, como a Xiaomi, que ultrapassou a Samsung na China como maior a maior vendedora de celular.
Em 2014, o preço de venda médio de smartphones é calculado em US$ 297 (cerca de R$ 775) pelo IDC. Em 2018, o número deve ter caído para US$ 241 (R$ 630). "É uma corrida rumo aos preços mais baixos", disse Melissa Chau, gerente-sênior de pesquisa da consultoria, em comunicado.
Com isso, até a Apple estaria repensando a existência de seu telefone mais barato, o iPhone 5c. Segundo a consultoria KGI Securities, a produção será encerrada no ano que vem por conta das baixas vendas do aparelho.
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