Líderes de TI estão entre os profissionais que mais mudam de emprego
Alta rotatividade é maior no alto escalão, por causa da grande procura e pouca oferta de talentos qualificados no País
Com a grande demanda por especialistas em TI e a pouca oferta de talentos qualificados, os profissionais da área estão entre os que mais mudam de emprego no Brasil. A constatação é de um estudo realizado no País pela Hays Executive, consultoria especializada na contratação de executivos para o alto escalão.
De acordo com a Hays, o setor de TI apresenta maior rotatividade entre altos executivos, ou seja, entre os CIOS, CTOs e outros líderes de tecnologia. Uma pesquisa por amostragem realizada pela consultoria comprovou que estes profissionais de tecnologia fazem transição em sua carreira, em média, a cada 2,6 anos.
A Hays comparou o período que esses profissionais permanecem nas empresas com executivos do mercado de bens de consumo, por exemplo (um dos mais tradicionais e aquecidos devido ao aumento da renda do brasileiro), que mantém sua posição por 3,8 anos antes de mudar. É uma diferença de 31,08% entre o ciclo médio, por setor.
“Umas das explicações para isso é que o mercado de tecnologia é dinâmico e os profissionais são contratados para projetos de curto prazo. Cada vez mais empresas estão migrando para plataformas de TI e essa é a missão destes profissionais. Quando o processo se conclui, chega a hora de buscar novos desafios”, afirma Paulo Moraes, associado de Hays Executive.
O levantamento da Hays foi elaborado com base nas contratações realizadas pela consultoria no mercado brasileiro. Moraes conta que, ao mesmo tempo em que existe abundância de vagas no mercado, encontrar os talentos solicitados pelas empresas não é tarefa fácil. Isso em razão da escassez de profissionais qualificados.
Segundo o consultor, atualmente as companhias estão procurando profissionais quase perfeitos. Dominar as mais variadas tecnologias e comprovar conhecimento por meio de certificações; ter experiência, ser fluente em inglês e transitar com desenvoltura no mundo dos negócios não bastam.
Cada vez aumenta mais a exigência de competências dos talentos e as organizações querem escolher os melhores do mercado, constata Moraes, que avalia que o Brasil tem mão de obra em TI de boa qualidade, apesar da escassez.
Leilão pelos melhores
A intensa busca das empresas por bons talentos gera um leilão para a seleção dos que atendem ao perfil procurado com ofertas de salários mais agressivas.
Prova disso, é que a pesquisa da Hays aponta que o setor de TI recebe uma média de salário bruto mensal 16,54% maior, sem contar bônus, benefícios e outras premiações.
“A área de tecnologia paga acima da média em relação a muitos outros setores. Mesmo assim, notamos que a gestão e o direcionamento da empresa importam mais que os salários na hora de mudar de emprego”, diz Paulo.
Na avaliação de Ana Cláudia Reis, responsável pelas práticas de Tecnologia, Mídia & Telecomunicações e Serviços Profissionais e sócia da CTPartners no Brasil, outra consultoria especializada no recrutamento de executivos de alto escalão, a rotatividade no setor existe porque os que conhecem TI estão mais disputados pelas companhias.
"O profissional que domina TI no seu setor de atuação e tem boa qualificação, está bem contado", confirma Ana Cláudia.
Planos de retenção
Para o consultor da Hays, a alta rotatividade no setor de TI não é saudável, principalmente quando as mudanças acontecem no alto escalão. Segundo ele, a saída de um líder pode gerar perdas para companhia.
A recomendação de Moraes para evitar que isso aconteça é que as companhias sejam mais agressivas em suas estratégias de retenção. Ele constata que algumas organizações já perceberam que não é apenas o salário que segura pessoas no emprego.
Os talentos estão buscando mais que remuneração, como locais que ofereçam qualidade de vida e flexibilidade de horário, com opção de home office.
Ana Cláudia, da CTPartners, destaca que é importante que as companhias criem planos diferenciados para retenção de seus talentos. Ela destaca que o que mantém a satisfação do profissional é remuneração atrelada ao cargo adicionada a outros fatores.
Edileuza Soares
Alta rotatividade é maior no alto escalão, por causa da grande procura e pouca oferta de talentos qualificados no País
Com a grande demanda por especialistas em TI e a pouca oferta de talentos qualificados, os profissionais da área estão entre os que mais mudam de emprego no Brasil. A constatação é de um estudo realizado no País pela Hays Executive, consultoria especializada na contratação de executivos para o alto escalão.
De acordo com a Hays, o setor de TI apresenta maior rotatividade entre altos executivos, ou seja, entre os CIOS, CTOs e outros líderes de tecnologia. Uma pesquisa por amostragem realizada pela consultoria comprovou que estes profissionais de tecnologia fazem transição em sua carreira, em média, a cada 2,6 anos.
A Hays comparou o período que esses profissionais permanecem nas empresas com executivos do mercado de bens de consumo, por exemplo (um dos mais tradicionais e aquecidos devido ao aumento da renda do brasileiro), que mantém sua posição por 3,8 anos antes de mudar. É uma diferença de 31,08% entre o ciclo médio, por setor.
“Umas das explicações para isso é que o mercado de tecnologia é dinâmico e os profissionais são contratados para projetos de curto prazo. Cada vez mais empresas estão migrando para plataformas de TI e essa é a missão destes profissionais. Quando o processo se conclui, chega a hora de buscar novos desafios”, afirma Paulo Moraes, associado de Hays Executive.
O levantamento da Hays foi elaborado com base nas contratações realizadas pela consultoria no mercado brasileiro. Moraes conta que, ao mesmo tempo em que existe abundância de vagas no mercado, encontrar os talentos solicitados pelas empresas não é tarefa fácil. Isso em razão da escassez de profissionais qualificados.
Segundo o consultor, atualmente as companhias estão procurando profissionais quase perfeitos. Dominar as mais variadas tecnologias e comprovar conhecimento por meio de certificações; ter experiência, ser fluente em inglês e transitar com desenvoltura no mundo dos negócios não bastam.
Cada vez aumenta mais a exigência de competências dos talentos e as organizações querem escolher os melhores do mercado, constata Moraes, que avalia que o Brasil tem mão de obra em TI de boa qualidade, apesar da escassez.
Leilão pelos melhores
A intensa busca das empresas por bons talentos gera um leilão para a seleção dos que atendem ao perfil procurado com ofertas de salários mais agressivas.
Prova disso, é que a pesquisa da Hays aponta que o setor de TI recebe uma média de salário bruto mensal 16,54% maior, sem contar bônus, benefícios e outras premiações.
“A área de tecnologia paga acima da média em relação a muitos outros setores. Mesmo assim, notamos que a gestão e o direcionamento da empresa importam mais que os salários na hora de mudar de emprego”, diz Paulo.
Na avaliação de Ana Cláudia Reis, responsável pelas práticas de Tecnologia, Mídia & Telecomunicações e Serviços Profissionais e sócia da CTPartners no Brasil, outra consultoria especializada no recrutamento de executivos de alto escalão, a rotatividade no setor existe porque os que conhecem TI estão mais disputados pelas companhias.
"O profissional que domina TI no seu setor de atuação e tem boa qualificação, está bem contado", confirma Ana Cláudia.
Planos de retenção
Para o consultor da Hays, a alta rotatividade no setor de TI não é saudável, principalmente quando as mudanças acontecem no alto escalão. Segundo ele, a saída de um líder pode gerar perdas para companhia.
A recomendação de Moraes para evitar que isso aconteça é que as companhias sejam mais agressivas em suas estratégias de retenção. Ele constata que algumas organizações já perceberam que não é apenas o salário que segura pessoas no emprego.
Os talentos estão buscando mais que remuneração, como locais que ofereçam qualidade de vida e flexibilidade de horário, com opção de home office.
Ana Cláudia, da CTPartners, destaca que é importante que as companhias criem planos diferenciados para retenção de seus talentos. Ela destaca que o que mantém a satisfação do profissional é remuneração atrelada ao cargo adicionada a outros fatores.
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